o assédio sexual pode ser uma coisa boa

Provavelmente o nome Ayda Field não diz nada a quem passa por aqui. Mas talvez o de Robbie Williams já diga algo. Para quem não conhece nenhum dos dois, Ayda Field é uma actriz norte-americana, com raízes turcas, de 35 anos. Que por sua vez é casada com o cantor, de 41. Agora que as apresentações estão feitas, Ayda Field está a ser notícia porque é acusada de assédio sexual.

Gilles De Bonfilhs é quem a acusa. Já agora, este homem é um antigo assistente da actriz que foi despedido no início deste ano. O ex-funcionário acusa a antiga patroa de andar nua pela casa, de lhe pedir apreciações sobre o seu corpo e até de o questionar sobre a sua vida sexual. Quando li isto comecei a rir-me e recordei-me do primeiro filme Chefes Intragáveis. Quando todos estão a falar dos patrões e Dale refere que a sua chefe (Jennifer Aniston) está sempre a assediá-lo sexualmente. E os amigos, que querem matar os patrões, dizem que isso, o assédio sexual, é uma coisa boa.

Imaginei-me no papel de Gilles a contar aos meus amigos que a minha chefe, que tem uma figura física bastante simpática (quem não conhece Ayda Field pode ver uma foto no facebook do blogue), anda sempre nua perto de mim. Imagino-me a lamentar o facto e a ser gozado pelos meus amigos que começavam logo a pedir fotos da mulher sem roupa. E foi por isso que me ri desta história. Já para não dizer que tem tudo para ser uma tentativa de sacar algum dinheiro aos patrões, tentando ainda beliscar a sua imagem.

Agora, imagino também a história ao contrário. Uma mulher a queixar-se de que Robbie Williams, que é bastante apreciado pelo sexo feminino, andava sempre nu perto de si. Provavelmente, algumas mulheres ficariam agradadas com o facto. Outras não. Mas o que é certo, talvez por ser menos comum, é que o mesmo caso parece ser completamente diferente quando o acusado é um homem ou uma mulher. A gravidade é a mesma. O eventual crime é o mesmo. Mas parece que soa diferente aos ouvidos.