Estiveste quase uma semana longe de
mim. Os minutos passados a conversar e na paródia no skype souberam
a pouco. Partiste quando a noite caminhava para o seu fim. E chegaste quando a noite caminhava para o seu fim. Pouco passava das
seis da manhã quando tocaste à campainha. Ainda houve tempo para um
sonho curto agarrado a ti. Mas não mais do que isso.
Vim trabalhar a pensar apenas e só na
hora de voltar para casa que, felizmente, já não está fria e
vazia. Merecias passar o dia a dormir. Merecias acordar e ter a mesa
posta. Com duas velas a iluminarem a sala. Com a comida feita. Com
uma garrafa de vinho aberta. E com tudo isto a resultar num
jantar onde apenas os teus olhos e as histórias que trazes para
contar interessam. Mas não vais ter isso. Porque não houve tempo.
Em vez da nossa sala vamos ao
restaurante onde sabes que gosto de ir contigo pelo menos uma vez por semana.
Não vamos jantar na nossa sala. Não vai haver silêncio. Vão
existir gritos, como é normal no restaurante onde as pessoas gostam de falar alto. Também vai haver
vinho. Vai haver bacalhau cozido, que já está encomendado, e que é
o prato que gostas de comer quando voltas de viagem.
É verdade que merecias velas. Mas vais
ter gritos. Porém, da minha parte nada vai mudar. Para mim não vai
estar mais ninguém no restaurante de Tó. Vou estar eu. E vais estar apenas tu. De resto, mais ninguém. E só me vão interessar os teus olhos e tudo aquilo que tiveres
para me contar. Vai parecer o pequeno-almoço do dia em que começamos
a namorar. Nessa manhã falei eu. Nesta noite tu.
Oooooh tão querido...
ResponderEliminarBom jantar
Foi muito bom.
EliminarAdorei este post e imaginei cada detalhe na minha mente. (incluindo a bacalhau)
ResponderEliminarAgora a sério, deve ter sido um momento verdadeiramente apaixonante, como todos nós gostamos de ter com o nosso conjugue.
Andreia,
http://pontofinalparagrafos.blogspot.pt
Foi um momento muito bom e o bacalhau fez parte dele :)
EliminarParece-me bem!
ResponderEliminarQuando se volta, o espaço não é importante... O que interessa mesmo é a companhia!
Eu sempre que voltava, ia ou comer uma francesinha, ou meio panado no pão na roulote "do costume"... (o meio panado quase que dá para duas pessoas... quem pede o panado completo, normalmente pede em 2 pães)...
Beijinhos
O que importa são mesmo as pessoas. De resto, nada interessa.
Eliminarbeijos