sobrevalorização pessoal do facebook

Costumo ter a página de facebook do blogue ligada durante o dia. Por outro lado, com o passar do tempo deixei praticamente de usar a minha página pessoal. Porém, mesmo nos momentos de maior fulgor, nunca vi no facebook mais do que aquilo que ele é. Uma simples rede social. Que tem vantagens e desvantagens, como todas as outras. Por exemplo, permitiu-me encontrar pessoas com quem não falava há muito. Reencontrar amigos de infância. Rever fotos de que já nem me lembrava, entre muitas outras coisas.

Mas nunca permiti que o facebook, ou outra qualquer rede social, superasse domínios reais que não deve superar. Se quero falar com uma pessoa, ligo-lhe. Ou envio uma mensagem escrita. Ou um email se for algo profissional. Mas não recorro às redes sociais como primeira opção. E nem sequer dou importância nas mesmas a uma pessoa que ignoro na vida real. E muito menos dou os parabéns a alguém que é especial para mim apenas na sua página do facebook. Poderá ser um complemento mas nunca a única hipótese. Algo que cada vez mais pessoas fazem. 

“Posso contar contigo para a festa de logo?”, foi algo que já me perguntaram. “Qual festa?”, respondi. “Aquela que te enviei o convite pelo facebook”, ouço. “Mas eu não uso o facebook com frequência, por isso não sei do que falas”, refiro. Também já aconteceu amigos meus, que também são colegas de profissão, precisarem de um contacto de uma pessoa, que sabem que tenho. Em vez de me ligarem ou mandarem uma mensagem, recorrem ao facebook. Quando vou à rede social, a mensagem tem dias e o número já não é necessário. E sempre que partilho estes episódios com alguém, essa pessoa diz-me que se passa o mesmo consigo.

Acho que existe uma sobrevalorização pessoal das ferramentas disponíveis no facebook. Que conseguem ter maior destaque do que um telefonema ou uma mensagem escrita enviada através de telemóvel. Podem chamar-me “old fashion” mas irei sempre preferir ligar a alguém em vez de deixar um comentário ou uma mensagem numa página de uma qualquer rede social. Isso irá sempre ser a última opção a que recorro.