nada acontece por acaso

Considero-me uma pessoa cheia de ideias. Com uma enorme vontade de fazer coisas. De me envolver num número de projectos sem fim. Para mim, quase tudo pode dar origem a algo. A um determinado projecto. Durante alguns anos, tinha a ideia e não descansava enquanto a mesma não fosse colocada em prática. Não perdia tempo a pensar. E tentar perceber se a ideia era boa. Se tinha pernas para andar. Ou se era melhor acalmar-me. E pensar a frio. Atirava-me de cabeça.

Com o passar dos anos, consegui chegar a um ponto de equilíbrio. Que me permite filtrar as ideias. Perceber quais são melhores para mim. Quais devo passar para alguém que poderá fazer o que idealizei muito melhor do que eu. E aquelas que não devem passar de um simples pensamento. Isto permite-me apostar apenas naquilo que considero ser mais indicado.

Mesmo assim, estas apostas levam-me, em certas situações, a pensar se não errei ao dar um determinado passo. Se não fui precipitado. E isto consegue levar-me a um certo estado de desmotivação. De que ninguém se apercebe porque consigo controlar o mesmo, de modo a que ninguém seja uma vítima desnecessária do mesmo. Quando estes momentos são mais profundos, pondero desistir. Algo que, quem me conhece, sabe que não se coaduna com a minha maneira de ser.

Felizmente, nesses momentos o telefone tem tocado sempre. Do outro lado está uma pessoa que acredita em mim. Que está interessada em apostar em mim. E que parece guiada por alguém, algures, que está a par do momento em que estou a ir abaixo. É nestes momentos que percebo que nada acontece por acaso. E que pensamentos positivos atraem coisas positivas.