Ainda sou do tempo em que a ostentação
passava por ter uma borracha branca B20 ou B30 da Rotring, uma
lapiseira Rotring Tikky II 0,5, uma caixa de lápis de cor da
Faber-Castell e ainda uma mochila Monte Campo e o respectivo
mosquetão.
Agora, a ostentação passa pela roupa
mais cara do mercado, pelo telemóvel topo de gama comprado com um
plano xpto que aparentemente é uma pechincha, pelo tablet que se
exibe em cima da mesa do restaurante durante a hora de almoço, pelo
carro com a prestação elevada e que consome mais de metade do
rendimento mensal em combustível e por tantas outras coisas que
alimentam os olhos dos outros.
A diferença é que no meu tempo, quem
não tinha a borracha, a lapiseira, a caixa de lápis e a mochila não
era colocado de parte. Não era “marginalizado” por quem tinha
acesso a todos esses produtos. Nem vivia com a “pressão” de ter
de comprar esses artigos para não ser considerado uma pessoa
inferior às restantes.
Agora, nota-se uma enorme pressão
referente à ostentação. Quem não tem a roupa cara não se sabe
vestir nem tem bom gosto. Quem não tem o telemóvel topo de gama vive na idade da
pedra. Quem não tem um tablet é info-excluído. Quem não tem um
bom carro é porque não tem uma boa vida. Isto leva muitas pessoas a
optarem por ter tudo isto apenas por uma questão de imagem que lhes
permite estar in. Mesmo que não passe de uma ilusão materializada
em objectos sem importância.
mesmo.. agora tem de ter tudo do melhor mesmo que depois falte coisas muito mias importantes...
ResponderEliminarkisses***
Prioridades...
Eliminarbeijos
Hoje em dia o que conta é o que fica bem na fotografia! Nunca irei entender essas mentes que se endividam só para fazer ver aos outros.
ResponderEliminarMais vale parecer do que ser.
EliminarPertgunto:E quem fez com que agora isso seja assim? Nós! Porque a gora é diretamente porporcional ao que era no nosso tempo! Eu nao tinha essas borrachas XPTO..e agora tenho um tablet de marca branca porque precisámos de comprar e nao sai de casa...
ResponderEliminarÉ ridicula a ostentação nos dias de hoje...é so pra o exterior...porque na volta em casa não há para comer ...e sim sei do que falo!
Mais (hoje estou a esticar-me no comentário) acho que há pessoas mesmo aqui no mundo dos blogues que não têm noção do que se passa na realidade...mas a ostentação vem sempre ao de cima! Lamentavelmente.
Dixit!
Tens razão. Somos nós. Mas tudo pode ser controlado. Por exemplo, hoje tenho um iPhone. Antes tinha um Blackberry. Mas tenho porque me foram oferecidos. Sou o primeiro a dizer que era incapaz de gastar tanto dinheiro num telemóvel.
EliminarNos blogues, como em tudo na vida, há pessoas que gostam de fingir ser aquilo que não são. Infelizmente.
Pois, eu sou mãe de uma familia numerosa e nem sempre é pacifico explicar aos miudos que há valores mais importantes...e que as marcas são o de menos, quando se tem 16 anos e os amigos têm tenis de marca...o meu tem tenis normais , mas tem de certeza outros valores!!!! :)
EliminarPois muitos ostentam todos esses bens "da banca" e á mesa são latas de atum e torradas mas só quando há manteiga"
ResponderEliminarSão os que vão para as festas com caixas para levar comida para casa.
EliminarEsse é um tema que no que me concerne não me aquece, nem me arrefece...o que os outros pensam de mim...mas eu já tenho casca grossa.
ResponderEliminarO problema que me faz ferver é o facto de ter duas filhas e de ter de estar constantemente atenta a esse assunto.
Engraçado...ainda ontem à noite conversava com a mais velha sobre "nós próprios criarmos necessidades que na realidade não temos, porque passamos bem sem determinados objetos, mas convencemo-nos do contrário...a propósito de telemóveis..."
jinhoooosssss
Isso é mais complicado. As crianças hoje vivem rodeadas de luxos que quase todas as crianças têm. O mais fácil para um pai é oferecer tudo. Mas acho que é muito mais importante lutar contra isso.
Eliminarbeijos
concordei com tudo mesmo!
ResponderEliminarFico feliz. É sinal de que não ostentas.
EliminarEssa realidade bem verdadeira diz respeito a um número cada vez mais elitizado de pessoas...! Por outro lado acho que a crise transformou um pouco as coisas para a maioria...a mentalidade será a mesma mas à força ou não com a falta de recursos apregoam-se novos valores..!
ResponderEliminarBjs
Maria
O pior é que muitas pessoas, mesmo com falta de dinheiro, canalizam o pouco que têm para as aparências.
Eliminarbeijos
Ah, mas roupa cara não é sinal de bom gosto! Há coisas de marca que eu não queria nem dadas! Mas quem sou eu...? Afinal sou uma felina da idade da pedra... Não, espera, sou anterior ao Big Bang, porque não só não tenho telemóvel topo de gama (o meu tem 5 anos, que horror!) como não tenho tablet, nem Ai-Podes! E... errr... ando de transportes públicos... Basicamente, eu não existo! :-)
ResponderEliminarLOL eu também não tenho telemóvel topo de gama (por acaso tive que comprar um novo na semana passada, o meu velhinho pifou, mas comprei um baratinho mesmo), nem tablet... Nem sequer tenho facebook, e o que me tentam convencer (sem sucesso) a criar conta -.-'
EliminarROGER: também não existes, portanto! :-)
EliminarGata
EliminarTu és uma pessoa cinco estrelas :)
O mesmo se aplica ao Roger.
É para o lado que durmo melhor.
ResponderEliminarMas a maior parte das pessoas ficam sem sono.
EliminarÉ uma palavra que me passa completamente ao lado. Quem opta pela simples ostentação lá saberá as linhas com que se coze. Eu, por mim, adquiro o que preciso e sei que vou usar!
ResponderEliminarAbraço
E fazes tu muito bem :)
EliminarAbraço
eu tenho, por opção própria, um telemóvel com teclado e não touch. porque não gosto e porque para o uso que lhe dou este me serve perfeitamente. e nem te conto a quantidade de vezes em que me perguntam quando troco por um melhor. e a minha resposta é sempre a mesma: "melhor para quem? se escolhi este não é óbvio que foi deste que gostei?"
ResponderEliminarenfim... nunca vou perceber esta generalização de gostos e necessidades imposta!
Lá está. As pessoas entendem que o bom é um determinado artigo. Não se percebe.
EliminarAí em Lisboa é tudo maluco. Há pessoas a comprar óculos de sol às prestações. Eu sei do que falo! Pessoas que vão à fnac comprar tablets às prestações. Pessoas que vão ao Jumbo comprar pc`s e telemóveis às prestações.
ResponderEliminarPessoas que vão de ferias 2x por ano: praia e neve!
Aqui no norte acontece o mesmo mas em menor quantidade, mas também somos um país pequenino, as pessoas gostam de olhar para o lado, são invejosas! Se não têm dinheiro, não compram. Hoje não posso mas daqui a 1/2 anos a minha vida pode estar melhor e compro. Há sempre coisas novas a sair:)
Mas infelizmente é verdade o que diz: quando saio bem vestida sou tratada de uma forma, quando saio desportiva ignoram-me( comércio). É um país de aparências!
Acabaste de tirar uma fotografia a uma grande parte de pessoas do país.
EliminarTempos felizes os nossos, mas pelo menos eu também passei por alguma ostentação e marginalização com as marcas (Ai as Levi's e outras gangas de marca, as sapatilhas compradas na loja da moda, o blusão de penas...)
ResponderEliminarEram tempos muito mais felizes :)
EliminarAcho que a crise veio mudar um pouco as coisas.
ResponderEliminarAs pessoas começam a dar valor às coisas mais simples como estar com quem se ama numa esplanada, numa praia ou partilhar um croissant.
vidademulheraos40.blogspot.com.
Mudou em algumas pessoas. Outras continuam escravas das aparências.
Eliminar"Mesmo que não passe de uma ilusão materializada em objectos sem importância." e (gostaria de acrescentar) numa conta astronomica de dividas e mais dividas, onde se trabalha unicamente para pagar dividas
ResponderEliminarNem mais!
EliminarIsto é um pouco controverso . E cheguei a uma altura em que já nada disso me importa, se isso servir para fazer os portugueses felizes .
ResponderEliminarE a vida ensinou me que não devemos criticar coisas desta, pois há atitudes bem piores hoje em dia, como falta de civismo, de respeito, falta de.......tudo diria eu.
E por vezes há pessoas que são quase obriga da adoptarem estas novas tecnologias, devido aos empregos que têm.
Sem qualquer duvida de que a crise de valores é o mais grave de tudo.
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