agora que ela tem um namorado giro...

Nota prévia. Este texto serve apenas para as primeiras sete temporadas de Dexter. A última ainda não entra para este campeonato. Como é hábito, costumo ver as aventuras deste serial killer com a minha mulher. Num destes dias vimos o episódio em que morreu Sal Price, o “namorado” de Debra Morgan. Assim que o rapaz morreu, diz a minha mulher: “tinha logo que morrer, agora que ela tem um namorado giro.” Ao que respondi. “Giro?!? Não é nada de especial.” “A comparar com os que já teve, é o melhor”, acrescentou.

Poucos segundos depois a conversa passou a ser sobre as conquistas amorosas de Dexter Morgan. E aqui estamos de acordo. Ele tem mais sorte com elas do que ela tem com eles, no que à beleza diz respeito. “Esta é muito gira”, diz a minha mulher, referindo-se a Hannah McKay. “Eu prefiro a Lila”, disse. “E esta também é jeitosa”, acrescentei no momento em que apareceu Jamie, a ama do filho de Dexter. Porém, confesso que estou a ficar cada vez mais inclinado para a Hannah McKay. Dou os meus parabéns a quem vestiu a personagem. Está perfeita. Também achava piada à Rita mas o facto de ser um pãozinho sem sal não ajuda. O que é certo é que depois desta conversa dei por mim a analisar os romances de ambos. Que partilho aqui.

As conquistas de Dexter:

Hannah Mckay... what else?

Lila ou Hannah. Escolha complicada.

A Lumen não faz o meu estilo.

As características da personagem abafam a sua beleza.

Os namorados de Debra:

Anton (um "bad" boy)

Gabriel (O fuck buddy depois de relações traumatizantes)

Joey (a paixão pelo colega de trabalho)

Lundy (elas e os homens mais velhos)

Rudy (o assassino "feio")

Sal Price, o tal! (segundo a minha mulher)

Sean (já nem me lembrava deste)

Ao analisar as relações percebi algo que ainda não me tinha ocorrido. Que os relacionamentos da série abrangem os diferentes tipos de relações que quase todas as pessoas conhecem. No caso de Debra, existe o homem casado que a usa. O homem (assassino) que se aproveita dela para chegar a alguém. O homem que a faz voltar a acreditar no amor. O homem mais velho onde encontra uma espécie de amor paternal que nunca teve. O colega de trabalho com quem sabe bem dar umas voltas na cama mas que não passa disso mesmo. O fuck buddy depois de relações traumatizantes que nunca poderá ser mais do que isso porque a mágoa leva sempre à desconfiança. E o bad boy que é sempre uma atracção para elas. No caso de Dexter, existe a típica atracção que muitas pessoas sentem por alguém "traumatizado", sendo que ele é ainda mais traumatizado do que as suas conquistas. Neste domínio, acho que a série consegue tocar o amor de uma forma extremamente inteligente e subtil.

No que diz respeito aos parceiros sentimentais, acho que existe um certo equilíbrio entre Debra e Dexter Morgan, que são um casal na vida real. Ela tem praticamente o dobro dos namorados dele. Mas ele ganha na beleza das conquistas amorosas. Ela tem um maior número de cenas quentes. Mas as dele são mais explícitas, envolvem maior nudez e momentos mais acesos. E ambos têm dificuldade em lidar com o que sentem. Ou será que isto é apenas uma visão masculina sobre o assunto?