Quando visito outro país faço questão
de conhecer o ambiente nocturno das cidades que conheço. Gosto de
descobrir a zona dos bares. Observar os diferentes tipos de pessoas.
Os hábitos das mesmas. Provar as bebidas locais. E até meter
conversa de modo a perceber um pouco mais sobre a realidade que estou
a conhecer. Mas, como em tudo na vida, gosto que isto seja natural. E
não forçado. Acontece, se tiver de acontecer.
Na minha última viagem, a Sanremo, em
Itália, vivi um episódio caricato. Numa das noites fui a um bar
acompanhado por mais quatro homens. Já com as bebidas na mão
encontrámos uma mesa para seis pessoas. Lá nos sentámos, ficando um
lugar vazio. Como a noite para eles acaba depressa (e como para nós
era uma hora mais cedo) permanecemos na mesa até nos pedirem para
sair porque tinham de fechar o bar. Quando havia pouco movimento,
aproximou-se uma mulher de nós. Apesar de falar italiano, era russa.
Devia ter os seus quarenta anos. Ou um pouco mais. Do alto dos seus
cerca de dois metros aparentava ter sido uma jovem muito bela e
sensual. Visivelmente embriagada, aproximou-se de nós.
O motivo da abordagem foi o pedido de
um cigarro. Ainda não tinha acabado de fumar o cigarro quando se
sentou na cadeira vazia. Durante perto de meia hora a mulher
permaneceu junto de nós. Tempo suficiente para pedir mais um cigarro
e ainda para “roubar” a cerveja de um amigo meu. Que bebeu como
se fosse dela e como se estivesse em casa. Além disto, teve a
ousadia de levantar a tshirt duas vezes para mostrar como se fazia a
dança do ventre.
A mulher falava em italiano. Nós em
português. Por isso, o diálogo era quase inexistente. Ela ria-se sozinha.
E nós fazíamos piadas. Adivinhávamos qual seria o eleito dela.
Como disse Ferrari várias vezes, brincámos com o facto de ser dona de
um bólide vermelho. Como dizia goma, brincávamos a dizer que
precisava de ajuda para mudar o pneu ao Ferrari. Nesta espécie de
piadas, foi possível perceber algumas das coisas que ia dizendo. Por
exemplo, disse que eu era um desertor ucraniano. E que devia ter dinheiro pelo relógio que tinha no pulso. A mulher ainda tentou tocar em dois dos homens que
estavam comigo mas sem sucesso. E lá continuava ela. A rir-se
sozinha. E nós a fazer piadas.
Até que um de nós diz isto: “Se
estivessem aqui cinco raparigas e chegasse um rapaz no estado dela já
se tinham ido embora. Mas nós ficamos aqui.” E isto é mesmo
verdade. Acho que os homens são mais tolerantes do que as mulheres
neste aspecto. Elas têm tendência a “fugir” de quem faça algo
do género. De quem tenha uma abordagem destas. Provavelmente com receio do que essa pessoa possa fazer.
Eles são mais tolerantes. Deixam a situação prolongar-se desde que
não existam abusos ou falta de educação extrema.
Acertaste, nós temos uma abordagem diferente "com receio do que essa pessoa possa fazer".
ResponderEliminarE porque não há paciência para bebedos.
Eu compreendo que sejam assim. Mas, por exemplo, neste caso a mulher não foi assim tão chata. E toda a gente se riu.
EliminarTotalmente verdade!
ResponderEliminarAs mulheres não admitem nada. Cortam logo o mal pela raiz ;)
EliminarConcordo. Não tenho a mínima paciência para pessoas embriagadas, salvo raras excepções! ;)
ResponderEliminarUma bebedeira ou outra de alguém próximo de nós é sempre aceitável ;)
EliminarBem verdade. Também já apanhei muitos episódios caricatos, que ainda hoje são motivo de gargalhada no grupo de amigos e recordamos tais personagens (muitas nunca tínhamos visto e nunca mais vimos) :P
ResponderEliminarComo dizes, e bem, desde que não haja abusos é tranquilo... E abusos tipo engates, não tenho nem nunca tive paciência. Nem para engatar nem para ser engatado. Há quem já tenha mentido para ter sexo, eu já menti para não ter: já disse que era comprometido sem o ser xD Não tenho mesmo paciência para abordagens de engate. E a bebedeira é uma desculpa da treta. Sim, o álcool desinibe, mas ninguém vira cabrão do nada só porque bebe - se vira cabrão é porque há um lado cabrão, ponto. Já fui muito boémio (muito mesmo!) e não era o álcool que me fazia aceitar abordagens para engate.
Ainda bem que és assim. Foste tu e fui eu. Deve ser por isso que me cansei depressa.
EliminarJa presenciei um amigo meu a dizer que era comprometido a ver se o largavam, mas isso pareceu que ainda atiçou mais a moça...ate q entao se decide a dizer-lhe q era comprometido com um homem, algo que ela deve ter entendido como " sou mt homem ou algo do genero" devido ao barulho da musica, ate q ele lhe grita bem alto: "sou GAY"...pena que nesse preciso momento a musica tivesse parado e toda gente olhou para ele!
EliminarO lado positivo é que ainda hoje nos rimos disso xD
Já fiz algo semelhante uma vez. Não precisei de gritar para funcionar.
Eliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
LOL vá, eu fiquei-me só por dizer que era comprometido sem o ser :P
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