Ao longo dos anos ponderei várias
vezes a hipótese de emigrar. Uma dessas ponderações esteve perto
de se tornar realidade no ano de 2002, se não estou enganado. Na
altura tinha a oportunidade de me mudar para Angola. Onde me esperava
um ordenado de 600 contos por mês, casa paga, empregada e motorista
para as deslocações casa trabalho. Não minto que me senti bastante
aliciado com um cenário quase “milionário” para um puto com
pouco mais de vinte anos.
Mas recusei. Porque era (e ainda sou)
muito apegado à família. Não me imaginava a viver longe dos meus
pais nem da minha irmã. Nem sequer colocava a hipótese de me
afastar da mulher por quem me estava a apaixonar e que ainda hoje me
atura. Além disso não queria congelar os estudos e acreditava, e ainda acredito, que o meu futuro
estava no país onde nasci. Gostava de fazer muitas coisas lá fora,
pois não me assusta trocar aquilo que tenho aqui por um cargo de
empregado de mesa em Londres ou noutro sítio qualquer, mas acredito
que tenho muito para fazer/conquistar aqui. E é o somatório de tudo
isto que me tem mantido por cá.
Com o passar dos anos abordei o tema da
emigração com a minha mulher. Em momentos onde parece que nos
faltam as forças para lutar por um futuro melhor num país que
sufoca os mais novos. Temos formas semelhantes de ver a vida. Não
nos assusta a hipótese de tentar a sorte lá fora mas queremos
triunfar aqui, junto dos nossos. E por cá temos ficado. Até hoje,
dia em que tomei a decisão de emigrar. Algo que a minha mulher irá
descobrir ao ler este texto.
O meu destino já está escolhido. Vou
para os Estados Unidos da América. Mais especificamente para
Chicago. E parto à procura da aventura o mais depressa possível.
Assim que tiver tudo resolvido apanho o primeiro avião com destino ao país onde toda a gente tem uma oportunidade, segundo dizem. Assim
que aterrar vou à procura do Mario Batali, o dono da marca italiana
Eataly.
Vou à procura dele porque, a bem ou a
mal, vai ser o meu patrão. Este simpático homem teve a ideia de
abrir um bar Nutella naquela cidade. O destaque do espaço vai todo
para o creme de avelã com cacau e leite. Naquela casa é possível
comer iguarias como crepes e torradas barradas com Nutella (no facebook do blogue estão imagens do espaço) Por isso vou para a
porta do bar e não saio de lá enquanto não me derem emprego. Sendo
que rapidamente serei despedido por consumir o stock que deveria
vender. Alguém quer dividir contas comigo e partilhar os boiões de
Nutella?
Quando li o titulo e até metade do post achei que estavas a falar a sério... A partir do momento em que leio "EUA, mais concretamente Chicago", soltei uma gargalhada e soube logo como ia acabar este texto.
ResponderEliminarNutella não é a minha praia, mas mando-te a minha irmã mais nova... Mas cuidado... Ela é bem capaz de te bater por um boião de Nutella.
O texto é sério até à parte da Nutella. A partir daí é brincadeira mas considero o negócio brilhante.
EliminarSou Cyborg
ResponderEliminarBem vindo à realidade, eu já cá estou, no país que me acolheu. Torço para que tenhas toda a força possível para suportares a distância.
Bjs
Confesso-te que é uma hipótese que começa a fazer-me pensar muito.
Eliminarbeijos
Espero sinceramente que o homem cá de casa não leia o teu texto. Se não estou tramada. E decide emigrar também para esse sítio aliciante de Nutelladependentes!
ResponderEliminarcacaucaramelo.blogspot.pt
Diz-lhe para falar comigo e montamos um negócio :)
EliminarGosto do que escreves, e é capaz de ser sensibilidade minha, mas talvez seja de mau gosto brincar assim com os que, seja porque motivo for, se encontram emigrados, especialmente nesta quadra. é que, e mesmo sendo uma brincadeira de suposto bom gosto, passa um bocado a imagem que emigrar é uma coisa de ir ali comer Nutella, ou estritamente de opção. Não é. Conheço alguns casos dramaticos. Não leves a mal estas palavras, so escrevo isto porque ja li aqui muito melhor e de mais bom gosto, sendo isto meramente uma opinião pessoal de alguém que ja esteve em experiencias de emigração. Enfim, é daquelas coisas que so percebe verdadeiramente quem passa por elas, pelo que provavelmente a piada foi gira.
ResponderEliminarJá acompanhas o blogue há algum tempo. Por isso sabes que o meu registo não passa por gozar com ninguém, muito menos com pessoas que mudam de vida em busca de algo melhor.
EliminarLamento (e peço-te desculpa) que te tenhas sentido melindrado com o texto. Não foi de todo minha intenção. Não me conheces pessoalmente mas posso dizer-te que excepto a parte da Nutella, tudo é verdade no texto.
Se eu achasse que emigrar é "ir ali comer nutella" como tu dizes tinha ido para Angola. Como não tinha hesitado em ir para Inglaterra, Irlanda, Suíça e Holanda, como fizeram tantos amigos meus. Por achar que se trata de algo muito complicado e com muitos riscos, nunca quis dar esse passo.
Mais uma vez, peço-te desculpa. Não tive intenção de gozar com os emigrantes. Apenas li uma notícia do bar da nutella e brinquei com isso. Por achar que é um belo negócio.
Abraço
Também não é caso para tanto. Tal como eu disse, pode, e deve ter sido, sensibilidade minha.
EliminarEu sei mas mereces uma explicação decente.
EliminarEpa! Muito bom :D
ResponderEliminarFiquei colado até ao fim a ver para onde é que ias emigrar e qual o motivo que te tinha levado a tomar tal decisão... a reviravolta com a Nutela no fim... bom, muito bom xD
Mas nos dias que correm a emigração começa a ser vista com outros olhos para estes lados...
EliminarTambém estou a ponderar muito bem se não vou fazer disso a minha maior resolução de ano novo para 2014.
EliminarSe tiver de ser desejo-te a maior das sortes.
EliminarNão vais nada emigrar.
ResponderEliminarNunca se sabe. Não quero mas se tiver de ser, será.
EliminarNutella? Parece-me bem, muito bem mesmo!
ResponderEliminarAbraço
Acho que um bar daqueles em Lisboa era um sucesso.
EliminarAbraço
Pfff!!!!!
ResponderEliminarNão gostas de Nutella?
EliminarUi!!!!
ResponderEliminarQuando estiverem instalados arranjem-me um cantinho para ficar a engordar durante uns tempos!!!!
Combinado :)
EliminarHá quem parta à aventura, tu ias com um objectivo bem definido, era meio caminho para o sucesso .
ResponderEliminarSe alguma vez partir numa aventura destas será sempre com objectivos definidos. Como disse, não me importava de ser empregado de mesa (nem no estrangeiro nem em Portugal) mas era algo que faria como meio para atingir outro fim.
EliminarOra bem... falas a brincar :) mas para mim foi a melhor decisao que tomei. Obviamente nao fui aquilo que sou hoje quando cheguei a Inglaterra. Mas hoje fico feliz por ter feito aqueles trabalho mediocres. Foram um meio para atingir o fim desejado :)
ResponderEliminarFico muito feliz por ti :)
EliminarNão se assusta uma pessoa dessa maneira Bruno!!!
ResponderEliminarPor momentos pensei que ia deixar de ter um dos meus blogues preferidos para acompanhar...
S.
Se isso viesse a acontecer o blogue iria continuar a assistir.
EliminarHilariante! Estive mais de metade do texto a pensar que íamos ficar sem o nosso hsb, depois aparece a nutella e foi só riso.
ResponderEliminarMas, agora falando a sério, emigrar é cada vez mais uma opção bastante apelativa, principalmente para jovens.
Se eu fosse embora o blogue continuava a existir :)
EliminarAhahahaha!
ResponderEliminarNão quer levar a minha sobrinha, 15 anos, consigo?
:)
Claro que sim. Trata-me por tu :)
EliminarO assunto emigração já foi várias vezes abordado cá em casa...e para já, não...
ResponderEliminarContinua a ser uma hipótese...
Quanto à nutella... nunca liguei muito... mas ultimamente tenho devorado! Deve ser da gravidez...
Beijinhos!
É como na minha casa. Excepto a nutella :)
Eliminarbeijos