agressividade ou falta de tolerância?

Num passado recente a Pepsi foi notícia em Portugal e na Suécia. A polémica instalou-se após terem sido divulgadas três imagens na página de facebook sueca da marca de refrigerantes onde aparecia um boneco alusivo a Cristiano Ronaldo, por exemplo, amarrado e deitado na linha de comboio. Na minha opinião foi uma estratégia comercial de péssimo gosto. Mas que não me leva a dizer que a Pepsi é a pior empresa do mundo. Porque tratou-se de uma iniciativa local e não global. Foi um momento de pouca lucidez de um grupo de pessoas que deveriam ser responsabilizadas dentro do próprio grupo.

Agora, a polémica mudou-se para o Brasil. Em vez de refrigerantes, o destaque é de uma operadora telefónica. Neste vídeo, Ronaldo (o fenómeno) e Neymar protagonizam um anúncio em que o ex-jogador liga a Neymar apenas para “gozar” com ele. Esta publicidade foi banida porque o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária do Brasil entende que está a ser dado um mau exemplo aos mais novos.

Há quem defenda que a publicidade é cada vez mais agressiva. Sobretudo num mundo cada vez mais competitivo. Mas será que a publicidade é realmente agressiva ou será que as pessoas dão uma importância excessiva a uma simples publicidade? Será agressividade a mais por parte das agências ou tolerância a menos por parte do público? Se a Pepsi conseguiu chocar milhões de pessoas e se Neymar e Ronaldo são um mau exemplo para os mais novos, o que dizer destas publicidades, é certo que são de outros tempos, onde se enaltece o racismo e o machismo, entre outras coisas?