“Que tal uma aula de bootcamp?”,
foi assim que a Leila, da Bootcamp Portugal entrou em contacto comigo
e me desafiou para uma aula. “Convites para sofrer de forma
positiva nunca são de negar”, foi o que respondi. A conversa
continuou e ontem, ao final da tarde, foi dia de experimentar uma
aula de bootcamp.
Já expliquei aqui que adoro desafios.
Que raramente recuso um. Sobretudo quando estão relacionados com
desporto e com testes às minhas capacidades. Combinei encontrar-me
com a Leila meia hora antes da aula para conversar um pouco. Fiquei a
saber que cada vez mais pessoas são adeptas destas aulas e que há
muitas mais mulheres do que homens a inscreverem-se no bootcamp, algo
que tive a oportunidade de testemunhar.
Expliquei à Leila que sentia algum
receio em relação à aula. Porque diziam que o treino militar era
muito duro. E disse que isso era algo que me assustava mas que estava
disposto a descobrir. Nessa altura disse-me que “tudo ia correr
bem.” (Isto assustou-me ainda mais. Quando as pessoas fazem questão
de dizer que tudo vai correr bem é porque vai ser duro. Nunca se
esqueçam disto). Minutos depois começavam a chegar os bootcampers.
Pouco tempo depois estavam quase todos
presentes. A simpatia de todos fez com que não me sentisse excluído,
o que é sempre bom para um membro novo num grupo de pessoas que se
conhecem há muito. Uma das bootcampers disse que o instrutor de
ontem gostava muito de corrida. “Fixe! Estou safo”, pensei. Até
que chegou o Vasco, o instrutor. Com a sua postura e voz de militar.
Falou com as pessoas. Perguntou-me se tinha lesões que devesse ter
em conta. Nesta altura faltavam poucos minutos para o início da
aula.
“Espero que alguém chegue atrasado.
Assim a turma toda enche logo”, disse o Vasco. “Isto vai ser
duro”, pensei. A aula
começou com corrida. Primeiro a direito. Depois com altos e baixos.
Até que chegam dois rapazes. Que tentaram, em vão, de forma
discreta, inserir-se no grupo. A corrida parou. E a turma encheu. Por
outras palavras, sofreu com o alto patrocínio dos dois rapazes.
Depois de alguns minutos de dor
voltamos à corrida. Que foi interrompida para se fazer abdominais
num dos pontões da Expo. Mais meia dúzia de passos de corrida. E
outro exercício adaptado ao local onde estamos (uma das mais valias
da aula é esta adaptação ao que nos rodeia). Desta vez era uma espécie de step nos ferros dos corrimões
da Expo. Duro. E aqui foi a minha vez de oferecer exercícios extra à
turma. Após duas séries de vinte, pensei que a terceira seria
igualmente de vinte. Quando lá cheguei parei. “O camarada pensou
que era para parar. Vamos voltar ao zero”, gritou o Vasco.
O resto da aula teve corrida, muita
corrida, abdominais repentinos no meio da rua, flexões e um
exercício muito duro feito nuns degraus que nunca esquecerei. E no
final mais exercícios e uma série de sprints em equipa em que as
pessoas correm de mãos dadas. Não vou mentir, é duro. Mas é muito
bom. Aquela hora custou-me mas soube-me a pouco. Queria mais. E com a
continuidade é algo que se faz relativamente bem. Pelo menos é
nisso que acredito. Hoje tenho algumas dores musculares. Pareço o robocop e movimentar-se. Mas se
pudesse fazia já outra aula hoje.
Agora, o bootcam vai de férias. Mas,
no dia 28 vai ter lugar uma aula especial com o sugestivo nome de
“treino anti-filhós”, que vai acontecer no Jamor, pelas 10h da
manhã. Esta aula será de 90 minutos. Há por aí corajosos em
formar uma equipa “homem sem blogue” para sofrer a bom sofrer
nesta aula? O preço de inscrição é cinco euros. No mesmo dia, também às 10h, há uma aula no Porto, no Parque da Cidade.
Notas:
Os meus parabéns à minha primeira
parceira de corrida. Ainda a aula não ia a meio e já estava a
treinar de camisola de alças como se estivéssemos no Verão.
Coragem e determinação feminina no seu melhor.
Os meus parabéns à minha segunda
parceira de corrida. Depois de três séries de abdominais, de mais
três séries de abdominais seguidas de dez saltos seguiram-se três
séries de abdominais seguidas de dez saltos e ainda tínhamos de
pegar no parceiro e dar cinco passos com a pessoa ao colo. Ofereci-me
para lhe pegar sempre. Ela recusou. Disse que ia pegar em mim. E
pegou. Os meus parabéns.
O Bootcamp é mesmo assim...bom ambiente, espírito de equipa, muita vontade de treinar, de aguentar até ao fim e de dar o melhor! Acabamos exaustos, mas com a cabeça limpa e alma cheia. :) E queremos sempre repetir... Uma Bootcamper
ResponderEliminarÉ isso tudo :)
EliminarOlá...como eu conheço a simpática Leila, também posso falar. Em tempos comprei uma promoção Bootcamp que vinha na revista Happy. Eram 8 semanas que eu sofridamente adorei...é mesmo o meu género o estilo militar , as ordens , os castigos é um tipo de treino que me incentiva muito. Fiz uma dieta e nesse período perdi 7 kgs. Tenho pena de não ter horário para voltar! Bons treinos.
ResponderEliminarPS-nessa equipa homem sem blogue também se podem inscrever senhoras ???
Um beijinho
Patricia
Claro que podem. Quantos mais melhor!
Eliminarbeijos
Curtia muito experimentar :D
ResponderEliminarTalvez um dia :P
Alinhas dia 28?
EliminarExcelente relatório de uma aula Bootcamp. Venha até Cascais, ao Club MED MAD. Por lá também se sofre com prazer. Palavra de "Presidenta" do club MED. Patrícia
ResponderEliminarObrigado Patrícia :)
EliminarBom! Gostei muito deste relato.
ResponderEliminarFaço BootCamp no norte e já tive oportunidade de conhecer as aulas do instrutor Vasco.
Ainda bem que gostou. É realmente uma experiência motivante que nos conduz a contínuas superações.
TODOS deviam experimentar! :)