Recentemente, Cristina Ferreira deu uma
entrevista a Judite Sousa. A dada altura, o tema passou a ser a vida
sentimental da apresentadora. Que referiu não ser fácil ter um
homem a seu lado. Por um lado porque é complicado um homem aceitar
que uma mulher ganha muito mais dinheiro do que ele. Por outro,
porque, segundo a apresentadora, é muito difícil um homem aceitar o
rótulo de “marido de” sendo que a solução é estar “ao lado
mas um passo atrás” da mulher para que tudo corra bem. Mas será
que é mesmo assim?
Em relação ao dinheiro, concordo com
Cristina Ferreira. Infelizmente, nos dias que correm ainda existem
muitos homens que consideram ser inaceitável que a mulher ou
namorada tenha um ordenado superior ao seu. Sentem-se inferiores e
diminuídos perante o sucesso profissional delas. Algo que não tem
qualquer lógica. Quanto maior o sucesso, melhor. Desde que esse
sucesso profissional e monetário não seja transformado numa arma de
arremesso entre o casal.
De resto, discordo do seu ponto de
vista. Em relação ao “marido de” é algo normal. Acontece com
ela como acontece com a maioria das pessoas famosas. Até porque esse
rótulo serve para pouco mais do que legendar uma fotografia numa
qualquer publicação. Supondo que Cristina Ferreira começa a
namorar com um tal de António Pedro que ninguém conhece de lado
nenhum. É normal, nas primeiras vezes que apareçam juntos que ele
seja apelidado de namorado de. Até porque, se na legenda da foto
aparecer Cristina Ferreira e António Pedro, toda a gente irá
perguntar quem é o homem. Agora, Se aparecer, Cristina Ferreira ao
lado do namorado, não há espaço para dúvidas.
Isto é uma coisa. Outra, completamente
diferente é a hipótese deste hipotético António Pedro ser apenas
“namorado de.” Ou seja, não existir uma profissão que o
distinga. Uma carreira por trás desse rótulo. Trata-se de alguém
que nada faz na vida a não ser namorar com alguém famoso com quem
aparece nas festas para mais uma fotografia de ocasião. Se for
alguém que tenha uma vida profissional preenchida mas que é vivida
longe dos holofotes da fama, o rótulo “namorado ou marido de”
nunca será um problema.
Do meu ponto de vista, aquilo que pode
assustar muitos homens é o mediatismo em si. Não o delas mas aquele
que vai alterar por completo as suas vidas. Acredito que muitos
homens tenham receio de ter um fotógrafo à porta de casa durante
semanas na esperança de apanhar a primeira foto do casal junto. O
primeiro beijo, o casal junto que revela que já moram juntos ou que
pelo menos ela dorme na casa dele e por aí fora. Que tenham receio
de ter jornalistas a ligarem para amigos, por exemplo, para quererem
saber tudo sobre eles. Porque isto é algo muito complicado de lidar.
Simplesmente há quem tenha medo disto, o que faz com que não se
queira uma relação com alguém mediático.
Mas, este nem é o maior problema.
Acontece é que muitas mulheres famosas gostam de ser as estrelas de
uma relação. E deixam isso bem claro aos homens com quem se relacionam. Se
a fama é delas, eles são uma espécie de acessório que nunca poderá brilhar. Acessório que escondem
quando vão a festas. Que obrigam a viver o tal passo atrás delas,
não aceitando que estejam a seu lado. E é aí que está o problema.
É isso que faz com que um homem se sinta mal. O problema não é ser
o “marido de” mas sim ser escondido debaixo do tapete. E isso não
gosta um homem tal como não gostaria uma mulher.
Acho que isso foi a maneira de ela racionalizar a solidão. Mas é mesmo assim a vida...por mais "desculpas", as coisas começam, acabam e um dia, chega a que fica para sempre, independentemente das circunstâncias. Ela só tem que admitir (para ela própria) que o amor da vida dela, o que estará ao lado, mesmo quando parece que um deles está à frente (mas sabem ambos que não), está por vir.
ResponderEliminarPodem ser desculpas mas a verdade é que exigem muito dos homens, colocando-se muitas vezes num patamar superior.
EliminarVerdade! bom texto!
ResponderEliminarQue tenhas um excelente 2014!!! bjinho
Obrigado!
EliminarEspero que tenhas um grande ano.
Beijos
Vi a entrevista e achei muito emotiva. Se já apreciava a Cristina Ferreira, fiquei ainda mais maravilhada com a pessoa que é. E hoje, descobri que nasceu no mesmo dia que eu, o que faz gostar ainda mais! Eheheh
ResponderEliminarVoltando à entrevista... A verdade é que ainda há homens muito machistas a ponto de não aceitarem que uma mulher ganhe mais do que ele, que tenha mais poder, digamos assim. Quanto ao ser "homem de", não vejo nenhum problema e é normal, principalmente quando se trata de uma pessoa desconhecida. Ninguém trata o Pedro Teixeira por "homem da Claudia Vieira".
Enfim... Pode ser que a Cristina encontre o príncipe e gostava mesmo de a ver com alguém que a fizesse feliz. Mas pela entrevista, pareceu-me que o seu coração ainda está no ex. Tantos a quererem uma Cristina Ferreira e outros...!
http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/
Mas o Pedro Teixeira não é uma pessoa 'desconhecida'
Eliminar"... pareceu-me que o seu coração ainda está no ex...."
Eliminarestará? pela expressão dá a ideia que sim.quem cala consente? ou, as aparências iludem?
prof de xadrez
Compreendo o que dizes. No exemplo que dás, o Pedro começou a carreira praticamente ao mesmo tempo da Cláudia. Ela destacou-se muito mais. E ele foi visto muitas vezes como namorado dela. O Dança com as Estrelas mudou isso. Mas ele é um bom exemplo de quem sempre soube lidar com esse "papel".
EliminarBasicamente diria que analisando os fatos expostos neste texto, diria que todos tem direito de ser e exigir o que bem quer, mas vergonhoso mesmo seria um "Homem" ACEITAR tal situação que uma mulher expor a ele.. como por exemplo escondê-lo em baixo do tapete enquanto brilha nas festas. Seria como se ela disse-se ao mesmo; - você só me serve quando eu quero e punto! Sinceramente nem eu sendo mulherrrr aceitaria tal canalhice de um homem, quem diria se fosse macho aceitar de um rabo de saia!! A sua moral, sua capacidade e amor próprio em primeiro lugar, o resto são só coisas que se acrescenta na sua jornada de vida. Por isso digo, ou dois é para serem um ou então sou uma só no meu canto, sempre fiz e faço isso muitoooooooo bem!! Ninguém precisa de ninguém pra viver. e SEGUE sendo.
ResponderEliminarAlvinha.
As relações não podem ser dominadas por cargos ou contas bancárias.
EliminarComo é que essa criatura chegou a sub-diretora ou diretora da TVI, não sei mas alguma coisa deve ter...deve haver muita mulher portuguesa e do povão anonimo que se identifica com a senhora, em particular com a sua voz e alguns dos seus celebres comentários tipo casal ventoso.
ResponderEliminarMas o pessoal gosta e isso dá dinheiro e audiência à TVI...mas para alem de umas belas pernas não consigo vislumbrar nenhum carisma na mulher...mas isto sou eu ...e quem está certo é ela e o povo e não eu.
No fim ela representa um certo Portugal dominante xunga e de xinelo no pé...e isto nada tem a ver com dinheiro ou pseudo-intelectuais que dizem mal de tudo e de todos...é o Portugal no seu melhor tal qual o vemos de lá de fora..
Pratt
Dou-lhe todo o mérito naquilo que faz. Não nego que é muito boa na sua profissão. Quanto a um cargo directivo, não sei o que se terá passado mas julgo que foi a defesa da TVI para o suposto assédio da SIC.
EliminarPrimeira vez que por aqui passo, mas não resisti em comentar esta “crónica” ;)) … um espaço a “descobrir”!!
ResponderEliminarResumia estes pontos num só: quando ambos querem que funcione nada é impeditivo, pode ser difícil para “um” pela sua personalidade, mas quando “ela” coloca a “hipotética paixão” em segundo plano… hummm não é de todo bom sinal! “Ela” só estará à sua frente para “puxá-lo” para o seu lado ;)) ... todo o resto é "materialmente" supérfluo, mas tenho de concordar que a tua observação seja predominante e o meu único ponto transparece, talvez, um certo idealismo ;))