16.9.13

foi isto que perderam

Conheci Capital Cities através de Safe and Sound, uma das minhas músicas de eleição. Ideal para me animar e umas das que mais gosto de ouvir quando corro. Mais tarde fiquei a saber que tinham uma música na banda sonora do filme Homem de Ferro 3. Posteriormente, chegou à minha secretária o álbum de estreia desta banda de Los Angeles. Que devorei (e ainda devoro) de ponta a ponta. É daqueles que ouço sem saltar uma única música.

Após tudo isto, fiquei a saber que vinham estrear-se em Lisboa, no Santiago Alquimista. Não descansei enquanto não comprei bilhetes. E fui para o concerto apenas com uma certeza. Que gostava das músicas. Saber que era num espaço pequeno também é algo do meu agrado. Prefiro um espectáculo nestes moldes do que num local gigante onde a proximidade entre artista e público é nula. Com uma sala pequena, quase que cada pessoa sente que o concerto é apena seu. Como se estivesse a acontecer na sala lá de casa. À parte disto, não sabia nada. Já tinha visto alguns vídeos de actuações mas isso não me garantia que em Lisboa seria igual. Podiam estar num dia mau. Podiam ser bons apenas com duas ou três músicas. Mas, felizmente, estas preocupações não passaram disso mesmo. E estive num dos melhores concertos da minha vida.

Com a habitual meia hora de atraso, subiram ao palco. Segundos depois já tinham conquistado a sala. Num concerto que durou pouco mais de uma hora (infelizmente só têm um álbum) houve tempo para tudo. Para falarem em português. Para pedirem que o público traduzisse os títulos de algumas músicas. Para dançar. Para colocar o público a fazer o Capital Cities Shuffle. Para covers dos Bee Gees e de Madonna. Para colocar toda a gente a cantar. Para revelarem o seu amor por uma cidade que acabaram de descobrir. E até para uma pacífica invasão ao palco, a pedido dos artistas. Tudo isto resultou num espectáculo memorável. E tenho a certeza de que quando voltarem (acredito que vão voltar) estarei lá para assistir.

Quando o concerto acabou, já depois do encore, os quatro membros dos Capital Cities não abandonaram o local. Em vez disso, perguntaram ao público se queria dar continuidade à festa. Posto isto, Sebu, um dos vocalistas (o da barba gigante para quem conhece) passou a ser o dj de serviço. Enquanto isso, Ryan (o outro vocalista), Spencer (uma estrela com o trompete) e Manny (baixo) estavam a conviver com o público, sem qualquer vedetismo. Ryan e Sebu até beberam umas cervejas com os fãs.

Disponíveis e acessíveis, os membros da banda tiraram fotos com quem quis, autografaram o que havia para autografar e ficaram à conversa com quem queria conversar. Esta atitude faz com que não exista histerismo à sua volta. As pessoas fazem o que têm a fazer e depois são lugar a outros que querem fazer o mesmo. Passados alguns minutos, os artistas estão apenas a divertir-se. E, para mim, esta é a melhor atitude que podem ter. E que gostava de ver em mais artistas. Ao contrário da habitual postura de seres superiores que estão num patamar inatingível.

11 comentários:

  1. Coisa rara esse tipo de ambiente...mas por acaso este ano também presenciei algo parecido.O concerto era de Cody Chesnutt (uma descoberta muito recente) e foi no Ritz Club...Um concerto bem intimista e muita interação com o público. No final os seus músicos continuaram a festa e estiveram entre os fãs a falarem e conviverem :) Aves raras mas nem tanto :)

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    1. Gosto deste tipo de coisas. E não acontecem muitas vezes, infelizmente.

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  2. Descobri Capital Cities há pouco tempo e gostei também :)

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  3. Já me pediram se podiam tirar uma foto comigo para depois mandarem a foto a uns amigos a dizerem que encontraram o Sebu na rua! hahaha :)
    É o que dá ter barba grande! :D

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  4. Pois claro.. não li o outro, olhei para a lateral do ecran e verifico "foi isto que perderam" que faz alusão ao título que eu dei ao teu micro-vídeo "gasparado" no Facebook. E pronto.. tinha de vir constatar a realidade de que... não quero ler este post também!

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  5. Mas li.... pois... pois.... é isso (um "é isso" diferente do outro comentário, do outro post)... Apre. É que quase de certeza, da próxima vez que voltarem, será já num espaço para "gente crescida" e aí, nada será como de antes..

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  6. .... eu também (e nem sequer lá pus os meus presuntos)... posta vídeos... infelizmente ainda não fizeram um iPhone ou Smartphone ou qualquercoisaPhone que permitisse voltar atrás no tempo. Aquela coisa da ZON (passo a publicidade) não conta.

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