18.9.13

andar na boca dos outros

Nunca gostei de andar na boca dos outros. É certo que todas as pessoas falam sobre outras pessoas, de quem gostam ou não. E que são livres de ter a sua opinião. Tal como ninguém é obrigado a gostar de alguém. Se gostam, tudo bem. Se não gostam, nem que seja porque o penteado é feio, igualmente tudo bem. Cada qual segue o seu caminho e que todos sejam felizes. Mas, não é a isto que me refiro.

Quando digo que não gosto de andar na boca dos outros estou a referir-me especificamente ao facto de outras pessoas assumirem coisas por mim. Algo feio. Sendo que o feio passa a ridículo quando se propaga algo que alguém entende ser uma verdade inquestionável. Ou seja, quando alguém, e isto serve apenas de exemplo, pega numa expressão minha generalizada e assume que é algo dedicado a si. Cada qual sabe de si. E é certo que poucas pessoas que por aqui passam sabem quem eu sou. Mas, quem me conhece sabe que digo aquilo que tenho a dizer às pessoas que entendo que o devem ouvir. Não mando recados. Não invento coisas. Nem brinco ao adivinha quem disse e tenta adivinhar também para quem é. Porque isso, nem sequer faço com a minha sobrinha que caminha a passos largos para os seis anos.

Na vida, as pessoas adquirem a importância que nós lhes damos. A escala de prioridades dos que me rodeiam, no que à importância diz respeito, é feita exclusivamente por mim. Não depende de mais ninguém. Apenas e só de mim. Eu é que escolho quem importa. E até posso escolher dar excessiva importância a quem não a merece. Por mais avisos que receba. Mas é uma decisão pessoal. Onde ninguém interfere. Algo que aplico a todas as pessoas. Porque isso de ter uma teoria para mim e outra completamente diferente para os outros, apesar do tema ser o mesmo, é algo, como é que hei-de dizer... já sei... patético!

Outra coisa, são aquelas pessoas que acham que têm mais importância do que realmente têm. E que fazem publicidade de uma coisa que não existe. Que não tem razão de ser. Que está naquele ponto exacto onde o ridículo se cruza com o patético. E ainda mais deselegante do que isto, é vender esta mentira a outras pessoas que tendem, de forma natural, a aceitar esta falsidade como uma verdade absoluta. Cada qual sabe de si. Cada qual sabe com que tijolos constrói a sua casa. Mas, que não existam enganos. Na minha casa mando eu. Fui eu que escolhi os tijolos. Um a um. Tal como fui eu que construí a casa. Que a decorei. E, na minha casa entra apenas quem eu quero. E quem não tem categoria para sequer pisar o tapete onde toda a gente limpa os pés, nunca irá entrar. Por mais importância que julgue ter para o fazer.

22 comentários:

  1. Puff ... hoje o dia parece não estar a ser fácil. Desabafos? Força. Abraço

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    1. O dia está a ser bom. E não é bem um desabafo. Só acho ridículo que se espalhe uma mentira como sendo uma verdade. Sem que se tenha a certeza de que é verdade ou não. Isso e acharem que têm importância que não têm.

      Abraço

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    2. Menos mal (o dia está ser bom). Tudo se vai resolver. O tempo é o melhor amigo. Abraço

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    3. Não há nada para resolver. Só acredita na mentira quem quiser :)

      Abraço

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  2. Com mil Diabos, quem é que te andou a enervar??
    Normalmente, não merecem a pena, manda para trás das costas, porque quem é realmente importante sabe-o e fica calado!

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    1. Não se trata de enervar. Trata-se apenas de uma mentira com o meu nome. E isso é feio.

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  3. Sei o que isso é. Aliás, aponte o dedo quem nunca foi, por sua vez, falado, comentado, apontado por detrás (ou pela frente) na vida. Contudo, os cães ladram e a caravana passa. Aprendi com o tempo a respeitar-me mais do que a ouvir, acreditar e respeitar os comentários dos outros. Escrito isto, apenas desejo levar este título de publicação para um lado mais ajavardado (woww... não me deu erro, pelos vistos esta palavra existe mesmo!): andar na boca dos outros - para um homem - pode não ser uma imagem muito feliz! ;)

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  4. Não te conheço. É facto! Gosto da maneira como escreves, e quando sinto alguma afinidade com o texto, comento, de uma forma pateta, ou de uma forma séria (acho, eu.....), mas vá.... Já me devias dar alguma importância.... não percebo! Ainda não recebi flores! Nem caixas de bombons (ok, isso eu dispenso, porque não gosto muito de chocolate)...
    De uma forma mais realista... A sociedade está toda trocada... As pessoas falam do que não devem, e não falam do que deviam. Recentemente afastei-me de uma pessoa que considerava bastante amiga. Mas ao que parece alguém bastante sem nada para fazer, foi lhe dizer que eu tinha feito algo, e ela em vez de me vir perguntar, andou a espalhar por toda a empresa que eu tinha feito a suposta cena... Fiquei "fê"... fui ter com ela, e disse-lhe que ela devia ter falado comigo em vez de acreditar em boatos de pessoas que não tem nada para fazer... Claro que a amizade acabou e o que existe agora é um pseudo-relacionamento de escritório, educado, com cumprimentos "Bom-Dia", e "Boa-Tarde", conversa de circunstância, e nada mais...
    Dependo da situação, confronto.... não gosto de ser acusada de coisas, sem as ter feito. Tenho todo o direito de me defender, e chamo as pessoas que falaram. Quero que o digam na minha cara.
    Andar na boca de alguém ? Só na do meu marido... E nessa gosto !

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    1. Aprecio a tua boa disposição. Sempre :)

      Infelizmente, existem muitas pessoas que acreditam na mentira. E muitas sem vergonha na cara que se acham a última coca cola do deserto.

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    2. Conheço... Mas depois veio aqui um senhor, colocar uma daquelas "vending machines", e passaram a haver tantas coca-colas !!!!!! :P
      Já me cruzei com tantas dessas, que nem tenho dedos para as contar.
      Com o tempo, deixam de ter importância. Um dia são tipo uma bigorna gigante, prestes a atingir-te, no outro, é só um grãozinho de areia que está na tua havaiana, e nem dás conta.... As pessoas dão-se demasiada importância, e depois fazem tantas coisas que nos emputecem. É que nós nem queremos ligar, mas têm aquele dom de irritar... é tipo a estupidez. Irrita! Existe estupidez fixe, a dos amigos, a que diverte. Mas existe aquela estupidez que irrita... que enerva. A burrice... tipo erros ortográficos... Cenas que tiram do sério.
      Bem, podemos criar um email daqueles virais tipo "How to enlarge your penis", e podemos enviar-lhe.... mas com imagens.... nada ingénuo.... mas assim à grande !!!! ;)

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    3. Há coisas que cansam muito depressa. E certas pessoas descobrem isso, mais depressa do que julgam.

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  5. Há dias maus e hoje parece-me que conseguiram chateá-lo,respire fundo amanhã é outro dia.
    Força

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    1. Aninhas, trata-me por tu, pode ser?

      Não se trata de irritar. Fui apenas confrontado com algo que supostamente tinha feito. Fui ver o que supostamente tinha feito e afinal não passava de uma mentira.

      Obrigado

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  6. O principal problema reside neste ponto de resposta a muitas questões, a noção de privado e público esbateu-se. Não há mais respeito pela privacidade alheia e as pessoas falam das suas próprias vidas sem qualquer tipo de pudor, desconhecendo que nem todos os ouvintes têm boas intenções.
    Tenho um grave problema com este tipo de pessoas, aliás elas é que têm comigo quando descubro que por portas e travessas tentam tirar nabitos da púcara.

    beijo!

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    1. Já nem vou por aí. Que toda a gente goste de meter a colher na sopa dos outros é uma coisa que depende de cada um. Agora, andar a passar uma ideia errada, vendendo a mesma como certa é algo que abomino.

      beijos

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  7. E quem fala assim não é gago :) ....gostava de se mais um pouco como tu...no sentido de tomar as minhas decisões e atitudes sem estar sempre apensar nas consequências e de cmo os outros podem interpretar...mas ainda tenho esperança de atingir essa...digamos...maturidade...pelo menos algumas "limpezas" já comecei a fazer :)

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  8. Ora conta lá até 10... Já está? Melhor?
    É tramado quando isso acontece... mas infelizmente acontece cada vez mais...

    Beijinhos

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