m-e-d-o

Medo é o estado emocional com que lido da pior forma. E se isto acontece é porque me priva de fazer muitas coisas. Quero ir jogar futebol. E se me lesiono, como é que vou trabalhar? Pergunta o medo, realçando que a minha vida não é o o desporto. E quantas decisões importantes deixam de ser tomadas por medo? Imensas!

O medo é a desculpa ideal para não se arriscar e tentar a sorte, no que quer que seja. E se... é o que se coloca em causa sempre que este sentimento me domina. Ao longo dos anos tenho travado alguns duelos interessantes com o medo, e o saldo de vitórias começa a ser positivo.

Há poucos anos estive parado a centímetros da Dragon Khan, que chegou a ser a montanha russa com mais loops da Europa (oito). Até então, se havia coisa que me apavorava era montanhas russas. Só de olhar para aquele monstro, o meu estômago deu 75 nós. Sem saber se voltava ao Port Aventura, em Barcelona, optei por um leap of faith e andei na diversão que mais temia. Pensava que iam ser segundos de terror, medo e má disposição mas na realidade foram momentos de grande diversão. Assim que a viagem terminou, lamentei o facto do medo me ter impedido de viver aquilo mais cedo. Depois de chamar “estúpido” ao medo iniciei nova viagem.

Nesse dia, o medo passou a ser diferente para mim. Tanto que após a montanha russa, aventurei-me na torre de queda livre mais alta do mundo. Demorei 23 segundos a subir 100 metros e apenas três a voltar ao chão. Destemido, rumei à Furius Baco, a montanha russa mais rápida da Europa, que atinge os 135 km/h em apenas 3,5 segundos. Deu para experimentar forças G na ordem dos 4.7. O medo? Esse não participou nas viagens.

Nesse dia tudo mudou! Não perdi o respeito pelo medo. Esse continua muito presente em mim! Mas desde então que não desperdiço oportunidades com medo do que quer que seja.