Gosto de fugir das grandes cidades. Gosto do ar que se respira longe das metrópoles. Gosto da calma que vive nesses locais, como é o caso de Vila Nova de Milfontes, onde estive no fim-de-semana.
E se é verdade que tudo isto é bom, há outras realidades que me deixam muito triste. Descobrir que a realidade dos imensos ordenados em atraso faz parte da vida daquelas pessoas mexe comigo. Saber que existem pessoas que contam tostões para algo tão simples como ter o que comer nessa noite é duro demais. Pessoas que não podem pegar num telefone e pedir ajuda a alguém. Pessoas simples que vão vivendo da ajuda de outros. Pessoas que choram mágoas, é algo duro para quem leva uma vida ainda mais dura.
Nesta estadia, um dos meus rituais nocturnos, que passa por horas de conversa ao luar acompanhadas por uma bebida que não tem metade da importância das palavras, foi protagonizado pelos desabafos de um senhor com idade para ser meu pai.
Dizia ele que eu era o único “puto” de quem era amigo. Depois disto e de algumas brincadeiras, vieram os desabafos de um homem que apesar da sua vida de merda, e tenho mesmo que usar esta palavra por não existir outra, tem sempre um sorriso para quem fala consigo. Partindo do facto de não ter dinheiro, o homem falou de tudo, dos trabalhos que faz, daqueles que usaram a sua mão de obra mas que nunca lhe pagaram e do dinheiro que tinha para receber hoje, que infelizmente não seria suficiente para pagar tudo aquilo de que necessita.
A determinado altura, já levado pelo álcool, veio o desabafo mais duro que se pode ouvir. “Qualquer dia acabo com a minha vida”, disse. Por instantes pensei que não podia ouvir nada mais duro, até que descobri o principal motivo de revolta. Não é o emprego nem a falta de dinheiro. É a falta dos filhos que mais lhe custa.
“Não me ligam nenhuma. Quando tinha dinheiro, estavam sempre cá”, desabafou. Não sei a história de vida do senhor no papel de pai. Não posso defender que tenha sido bom tal como não posso acusar de ter sido mau. O que sei, porque vi, é a angústia e dor com que lamentou a ausência dos filhos. Vida dura!
Depois de conhecermos histórias destas, surge sempre o mesmo comentário e que faz mesmo todo o sentido: "E andamos nós a queixar-nos de tudo...".
ResponderEliminarAcho que tenho vários problemas. Gostava de ver alguns resolvidos, até porque não dependem de mim mas quando me lembro desta conversa, sinto que não tenho problema nenhum a comparar com aquele homem
EliminarÀs vezes não sabemos das vidas dos outros, só do que nos contam, só de um lado da história. De qualquer forma e mesmo assim, acho que não era capaz de ver o meu pai a passar necessidades sem fazer nada.
ResponderEliminarInfelizmente posso afirmar isto, porque os meus pais nem sempre foram os melhores pais do mundo e deixaram marcas que não vão passar mais, mas não sou capaz de lhes virar as costas. Filhos que não só viram como ainda "sugam" os pais, não podem ser gente de muito caracter na vida.
Por isso é que disse não ter argumentos para o defender ou criticar. O que vi, foi um desabafo que me pareceu sincero.
EliminarFelizmente, os meus pais estiveram sempre presentes para mim e não me imagino a afastar deles. Obrigado pelo teu testemunho e tiro o chapeu à tua postura. Parabéns!
Apesar das coisas menos boas que já me fizeram acho que como ser humano é o que se deve fazer. Nem a um animal uma pessoa viras as costas, quanto mais aos pais, sejam quem forem ou como forem.
EliminarObrigada pelas tuas palavras, mas no fundo é a minha obrigação, não como filha, mas como pessoa.
Verde,
EliminarAo ler o teu comentário concentrei-o em mim. Sempre fui uma menina rebelde em casa, e sempre do contra. Não me dava bem com o meu pai, tínhamos brigas do mais absurdo possível. Infelizmente o meu pai ficou doente muito cedo, aos 44 anos. Os últimos cinco ano de vida (já passaram seis anos) foram de puro sofrimento. Dia sim, dia não ia ao hospital, ambulâncias de dia e noite, noites mal dormidas com o problema grave que tinha nos pulmões. (n era cancro). Sempre que ele vinha dos tratamentos para "limpar" os pulmões, eu ou a minha mãe tínhamos sempre tudo preparado para ele chegar, ter o quarto quente, cama pronta, tudo pronto para quando chegasse ter tudo ao jeito dele, para se deitar e ligar ao oxigénio e "bip pap". Ele descansava, muitas vezes com suspiros profundos de falta de ar, e quase gritava de desespero... Nunca o deixei e cuidei dele o máximo que pude. Sei que ele foi com uma mágoa muito grande no coração, e entrou em coma a chamar por mim, pq me ouvia em todo o lado... mas eu estava em Lisboa, a trabalhar e esperava vê-lo quando chegasse a Coimbra. Infelizmente, a nossa despedida foi ao telefone em que chorei e disse para comer, que de noite ia vê-lo. Já n fui. Mal cheguei ao hospital, já não me deixaram entrar...
Nunca o deixei, cuidei dele, mesmo tendo anos atrás vários atritos com ele. E com a minha mãe, que felizmente está viva, tenho vários atritos, mas nunca vou deixa-la sozinha... Sou uma filha rebelde, mas sempre presente. Estou farta de viver com ela, é certo, mas nunca a deixarei, pq nenhum ser humano (e animal)merece ser desprezado e maltratado. E ste ano tem sido horrível com ela, pq ela tem-me feito coisas "menos boas"... Mas não a deixarei.
Muita força! :)
Parabéns às duas pelo testemunho e pela forma como são. Fiquei sem palavras...
EliminarA conversa do só acontece aos outros não podia estar mais errada nos tempos que correm, acho que toda a gente tem algum amigo desempregado, ou que teve de emigrar, estas situações estão cada vez mais próximo de todos...Não consegui deixar de ficar triste pelo senhor por sentir tanto a falta dos filhos, faz-me confusão e deixa-me numa tristeza como há filhos que simplesmente não estão lá... I
ResponderEliminarEsta triste realidade pode estar na porta ao lado nas grandes cidades ou nas casinhas mais pequenas nas aldeias.
EliminarEu tinha muito para dizer acerca deste tema mas só digo uma coisa:muita gente só tem ambição na cabeça,e para mim a ambição é um defeito,é um objectivo negativo.
ResponderEliminarcada caso é um caso e generalizar é um erro. Neste, em concreto vi um homem lamentar a ausência dos filhos que estiveram perto sempre que precisaram de dinheiro
EliminarEssas histórias deixam-me sempre de lágrimas nos olhos.
ResponderEliminarEssa indiferença com que tratam os idosos revolta-me.
Esquecem-se que um dia será a vez deles...
Eu emocionei-me ao ouvir e hoje, ao escrever, era como se estivesse a acontecer tudo novamente :(
EliminarBom, tenho tanto para dizer sobre o assunto, mas não me vou alongar. Sou mãe e muitas vezes dou comigo a pensar se o meu filho algum dia vai reconhecer tudo o que faço por ele. Atenção que não digo isto à espera de algum reconhecimento, sou mãe e tenho de zelar pelo bem estar do meu filho, mas inevitavelmente penso se ele vai lá estar sempre para mim. Sei a educação que lhe estou a dar e, apesar da sua tenra idade, já dá sinais de quem me ama incondicionalmente e estou certa que poderei contar com ele.
ResponderEliminarAmo os meus pais e não imagino a minha vida sem eles. Fizeram muito sacríficio para me educarem a mim e às minhas irmãs e hoje, sempre que posso, sempre que precisam ajudo-os, em pequenas coisas, com pequenos gestos que para eles significa muito.
Atravessei uma fase muito má da minha vida, ainda atravesso, mas agradeço por ter saúde, trabalho, uma casa e principalmente o meu filho e uma familia que me apoia. A familia é a maior riqueza que podemos ter e eu faço questão de estar sempre presente para os meus pais e para as minhas manas.
Beijos
Concordo também tomo conta dos meus pais já idosos com todo o carinho que merecem e não por reconhecimento do que me fizeram mas com porque sinto que não poderia fazer outra coisa.Oxalá o meu filho tenha a mesma forma de ver, mas pelo menos dentro das suas possibilidades é um bom neto."Filho é pai serás "..assim espero!!
EliminarBeijos
O teu testemunho emocionou-me. Espero que tudo corra bem :)
EliminarEstas situações como a que relatas demonstram algo muito mau que existe na nossa sociedade a solidão, essencialmente a que são votados os idosos. E mesmo na cidade são tantos casos . Na minha comunidade anda-se a fazer um levantamento para minorar sofrimento de pessoas assim. Infelizmente hoje em dia são muitos casos, mas mais serão daqui a uns anos com a emigração de tanta gente nova. O pior é que estando ali logo ao lado muitos nem visitam os pais,é a dita pobreza de espírito.Esquecem-se que hão-de lá chegar..
ResponderEliminarFelizmente, aquele senhor tem a companhia de amigos mas não é a mesma coisa.
EliminarQuantos velhotes morrem sozinhos em casa sem que ninguém dê pela sua falta? :(
É uma triste realidade
Também acho incompreensivel ..é desumano mesmo!:(
Eliminar:(
EliminarHistória de vida que descreveste, perturba-me e comove-me. Os nossos problemas são pequenos, confrontados com outras realidades. A sociedade atual progrediu…a nível emocional, afectos e valores morais…tem vindo a decair.
ResponderEliminarQuantas famílias padecem de necessidades, (alimentares, monetárias, exclusão social, dificuldades acesso emprego), ponto partida…bola de neve…consequências levam ao isolamento, desmotivação da própria pessoa.
Palavras como segurança, conforto, otimismo, auto-estima, autoconfiança…perdem o sentido. Como um barco há deriva, (sem rumo), possivelmente como se deve sentir essa pessoa.
Tenho caso, (mais menos familiar), os 2 filhos tiveram uma excelente educação e boas condições financeiras etc…hoje sem mãe. Somente o pai…literalmente sem carinho de ambos, reconhecido unicamente pelo dinheiro, (entrega final mês). Homem só …semblante triste… tanto para escrever…alguém pode ler!!
Amanhã serão eles…futuro…
O futuro para que caminhamos é assustador. Espero que isto ainda dê uma grande volta e que se voltem a valorizar as coisas boas da vida, nem que seja as relações familiares
EliminarTenho um avô com 95 anos que há poucos meses juntou mais de uma centena de pessoas em casa.
ResponderEliminarAcredito que tem momentos que se sente só mas não aceita ir para casa de um dos filhos.
É uma das pessoas que mais admiro, tem uma cabecinha melhor que a minha, dá-me muitas lições, aliás é uma das poucas pessoas que permito que opine na minha vida.
Tem sorte, tem muitos filhos, netos e bisnetos... Tem primos, sobrinhos e familia que nunca mais acaba que quando menos se espera encontramos lá em casa...
Mas tenho infelizmente a noção que é uma excepção, por contacto com pessoas amigas que trabalham nos serviços sociais e não só, tenho a percepção que cada vez mais os idosos são abandonados, muitos vivem com a familia mas praticamente não existe convivio, muitas vezes nem chegam a ver a reforma...
Essa excepção é maravilhosa. És uma sortuda :)
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNunca comentei, mas não posso deixar de o fazer.
ResponderEliminarNão sei de facto nem me interessa na minha linha de raciocínio que me trouxe aqui,se o senhor tinha razão ou culpa, mas o meu dia a dia conta uma parte da história bem diferente desta apresentada.
De facto pais tristemente abandonados pelos filhos são muitos, estão excessivamente presentes no meu trabalho e aqueles olhares tristes, aquele nó de comoção quando falam dos filhos são de cortar o coração.
Mas tb tenho bem presente o reverso da medalha.
Pais que escravizaram filhos não só ao nível do trabalho e economicamente, mas principalmente ao nível das emoções e afectos.
Pais vampiros que ainda hoje no alto dos seus 80's exigem dos filhos dinheiro, cama e roupa lavada, horas e dias para entrar e sair de casa, tarefas que têm de ser cumpridas.
Filhos nos seus 50's deprimidos, incapazes, que não sabem ser mais do que o que são porque não tiveram outra educação e que hoje são pais de filhos na sua maioria desenquadrados da sociedade.
Pais de 80 anos que dão vergastadas, sim leram bem, dão vergastadas (ainda que muitos deles paralisados por AVC's ou com Alzheimer inicial, mas com uma força física descomunal) porque os filhos estiveram mais 5 ou 10 minutos a falar com a vizinha ou se demoraram na farmácia ou no supermercado e acreditem isto existe tanto na aldeia, como na cidade, tanto na classe baixa como na alta....
"Quem semeia ventos..."
Gostava de dizer que tudo o que contas me choca mas estaria a mentir. Há coisas que me chocam mas outras são uma realidade crescente.
EliminarÉ tudo muito triste, mesmo!
Obrigado por partilhares.
è triste sim...
ResponderEliminarA minha opinião é que talvez tenha sido essa a "educação" que foi imposta enquanto cresciam.... muitos deles não estão para os filhos e manifestam que têm que trabalhar e dão-lhes dinheiro para "amenizar" a ausencia....logo ali começa o processo de "compra"....
Os meninos crescem....
Ainda bem que falas nisso. Realmente é um problema de muitos pais, pensarem que o dinheiro e os presentes pagam a sua ausência. Errado!
EliminarAs questões relacionadas com a educação, relação entre pais e filhos etc… independentemente da classe social. Temos por um lado famílias disfuncionais, podemos englobar (dificuldades económicas etc…disse no poste cima), se uma criança cresce no meio hostil sem amor nem carinho, a probabilidade, de mais tarde dar o amor que não teve…será mais complicada…não é impossível.
ResponderEliminarNo seu percurso de vida, (criança, adolescente e depois adulto), pode ser uma pessoa revoltada, frustrada, baixa auto-estima, ter comportamentos instáveis etc…perante este quadro, essa mesma criança, pode superar as adversidades, da vida, é um ser humano maravilhoso.
Casos classe elevada, terem tudo desde pequeninos, enveredar por caminhos opostos. Muitas vezes, têm dificuldade em ouvir um “não”. É mais fácil comprar os afectos, do que brincar com os filhos.
“ Brenda” linda idade do teu avô…tanto do lado do meu pai como de mãe (ambos avôs), faleceram. Uma enorme cumplicidade, com o lado da minha mãe. O meu avô faleceu perto dos 90 anos. São os meus anjos…
“HSB”- teu post (cada um opina/fala um pouco da sua vida) :))
Tens razão no que dizes.
EliminarNo meu caso, tenho os melhores pais do mundo e nem que tenha de passar fome, não deixarei que lhes falte nada. Em pequeno, fiquei dias sem ver o meu pais que ia trabalhar quando eu estava a dormir e voltava quando eu já dormia. Nunca me comprou com presentes. Antes de sair e quando chegava dava-me um beijo, tal como à minha irmã.
Nunca cobrei a ausência dele porque o meu pai fazia questão de a compensar nos momentos que tinha livres. Hoje, percebo que era um sacrifício para o bem da família. Tanto o meu pai, como a minha mãe, lutaram muito pela vida que têm hoje e são os meus heróis, os meus exemplos. E a história de vida de ambos não foi um mar de rosas. Tenho orgulho em dizer que sou filho deles e isso é o melhor que carrego dentro de mim.
Infelizmente conheço casos e muitos deles escondidos, da região que vivo. Pertenci e ainda faço algumas coisas, embora esteja fora do grupo. Ainda no sábado estive a fazer uma declaração de honra para um senhor de 62 anos para receber o RSI. Este senhor tem família, mas ninguém quer saber dele. Vive com ajudar do "grupo", dos vizinhos. Compraram um frigorífico no sábado para ele, pq n tinha onde meter a comida que lhe davam... É horrível. Mexe muito com as minhas emoções ver pessoas de idade e casais mais novos a pedirem leite, fraldas para bebés...
ResponderEliminarMas, ao ler o post recordei-me de uma viagem entre Lisboa e Coimbra. Vinha de Intercidades e do outro lado do corredor ia um senhor sujo, cheirava mal e eu fiquei a pensar.. Como conseguia pagar o bilhete, para onde que fosse? Ia com imensos sacos de plástico... Entramos em Sta Apolónia, eu e muitas pessoas. No Oriente, entra um senhor com cerca de 45-50 anos e começou a engelhar o nariz. Outra seria eu. Mas, para surpresa de todos, o senhor dos sacos começou a meter conversa com o senhor que sentou ao lado. A conversa deles foi sempre animada e sei que ele tinha uma certa cultura, que viajou até Espanha, mas queria ir até Paris, mas não sabia falar francês, pq espanhol j+a tinha ido muitas vezes e conseguia. A conversa começou a animar, o senhor começou a "puxar" por ele, e nisto ouço o senhor dos sacos de plástico a dizer: "eu bem que gostaria de ir a Paris, mas eles só sabem dizer, "oiu, oiu, oiu"!" Bem, as pessoas iam todas a ouvir a conversa ,pq eles falavam alto, uns deram sorrisos baixos, uns colocaram os livros na cara e eu não consegui e ri alto, porque o senhor além de ser bem educado, tinha conversa e resposta para tudo! Ele nem notou a gargalhada que dei. A senhora da frente vira-se para mim, ri-se e só lhe digo: "já não me lembro de ter uma viagem tão fascinante como esta. O que o senhor ao lado dele vai a fazer é um obra de caridade." A senhora concordou e trocamos umas palavras... Falaram em imensas viagens que tinham feito e que ele conhecia. Penso que conhecia as romarias todas de Portugal. :) O senhor ao lado dele, ia também deliciado a ouvir e era um santo.. A certa altura ouço o senhor dos sacos a dizer:" já estamos em Pombal? O tempo voou.. Com companhia é muito melhor viajar... E está a fazer-me mesmo bem esta conversa".
Um sonho dele era andar no comboio "que parece ter uma cabeça de cobra e que dizem que dá 220Km/h ou mais. Mas hei-de andar"!- afirmou ele convicto. Referia-se ao Alfa Pendular... :)
Sei que nesse dia deliciei-me com a conversa deles, coisa que não tenho hábito de fazer. O senhor que subiu no Oriente e lhe deu atenção fez a sua obra de caridade no dia. Brincava com ele em palavras... Tudo de uma forma muito subtil e ingénua. Foi delicioso ouvir, para mim, mas para um "puto" que queria dormir, já não dizia isso. Disse imensas asneiras e não compreendeu a falta de convívio, de falar, da tristeza, da solidão que vivia o senhor dos sacos. É triste quando não entendemos as outras pessoas, que precisam apenas de uma palavra, um conforto...
ocstumo mencionar imensas vezes, o nosso país está da forma como está, pela falta de valores morais, de amor ao próximo. Se fossemos mais unidos e entrar em menos "guerrinhas" sem jeito algum, talvez não estivéssemos tão mal como estamos...
E por aí andam muitos "senhores do saco". Uns com casa, outros vivem na rua, outros perdidos no mundo, como o caso que relataste.
Pão, água e porque não umas palavras simpáticas, são coisas que não se negam a ningué.
ResponderEliminarAdorei esta história.
Obrigado