31.5.17

haters e ofensas

Maria Vieira (ou quem eventualmente escreve por ela nas suas redes sociais) é aquilo a que chamo de hater visível. Isto no sentido de que está constantemente a falar mal de pessoas e de situações. Com a diferença que dá a cara quando faz as suas críticas. A mais recente tem por alvo Salvador Sobral, uma espécie de Éder da música portuguesa. Ou seja, um herói nacional que tornou possível um conquista inédita.

Assumo que Salvador Sobral tem características que não aprecio. Mas diz muitas coisas com que concordo. Uma dela motivou o mais recente ataque de Maria Vieira. Tudo porque o cantor disse algo como "gostava de experimentar um atentado que não fosse noticiado" durante uma entrevista à RTP. A frase, mesmo retirada da entrevista, tem a sua lógica. Sem esquecer que o ideal seria que não existissem atentados. De resto, Salvador Sobral tem razão. Porque um dos factores que alimenta os terroristas é o tempo de antena que as suas "obras de arte" (aos seus olhos) conseguem ter.

Acho que qualquer pessoa percebe que um atentado seria completamente diferente com um impacto mediático bastante reduzido. Será que o fatídico 11 de Setembro teria o mesmo impacto caso as torres não tivesse caído em directo para todo o mundo? Tudo seria diferente. E agora ainda mais. Porque às notícias dos atentados juntam-se as imagens dos corpos mortos. Em alguns casos sem qualquer filtro. Isto tem um efeito duplo ou triplo. Por um lado, une as pessoas. Por outro, espalha o medo e alimenta o ego de terroristas que sonham acabar com a vida do maior número possível de infiéis para depois ser notícia em todo o mundo.

Não é por acaso que os terroristas gostam de ser identificados. Sabem que vão morrer. Mas certificam-se de que vão ser identificados. E tanto aplico esta teoria ao terrorismo como, numa escala menor, à época dos incêndios em que os canais mostram incêndios em directo durante largos minutos. Isto também alimenta os incendiários. Porque muitos deles têm prazer em ver o "seu" fogo na televisão. Uma das maneiras de amenizar isto passa por limitar o tipo de informação dada às pessoas.

Mas limitar a informação, principalmente nos dias que correm, é uma missão quase impossível. Porque há sempre quem dê a notícia de determinada forma. E depois todos dão. Numa corrida louca que todos querem ganhar e que ninguém quer perder. Isto aplica-se a todo o tipo de notícias, nas mais diversas áreas. Mas como em tudo na vida, são as piores notícias que mais mexem com as pessoas. São aquelas de maior impacto. E no que ao terrorismo isso também se aplica.

30.5.17

sexo: filmes vs vida real

Estas ilustrações, da autoria CollegeHumor, pretendem mostrar as diferenças entre o sexo que os filmes dão a conhecer ao público e aquilo que realmente acontece na vida das pessoas. De um lado, a imagem perfeita que um filme transmite. Do outro, as situações diárias que fazem parte da vida de todas as pessoas. Com maior ou menor exagero, e existindo a grande possibilidade de as pessoas negarem a realidade, o que aqui é referido, de forma divertida, não anda muito longe da realidade.

Filme

Realidade

Filme

 Realidade

 Filme

Realidade

 Filme

 Realidade

 Filme

Realidade

trabalhar por turnos

Trabalhei durante muito tempo por turnos. Foi assim no aeroporto, num trabalho de Verão, e mais tarde em diversas lojas. Na altura tinha uma vida diferente. No primeiro emprego era um adolescente. E nos outros, apesar de já namorar com a minha mulher, ainda não vivíamos juntos e esses empregos foram numa altura em que coincidiam com a vida estudantil.

Mais de dez anos depois volto a trabalhar por turnos. Se bem que ao longo deste tempo nem sempre tive horários fixos pois a vida de jornalista é assim mesmo. Agora tenho dois horários. Um deles dá-me a manhã. E outro a tarde. E os pontos positivos destacam-se em relação aos negativos. A começar pelo trânsito. Os dois turnos fazem com que circule quase sempre sem trânsito.

Outro aspecto bastante positivo é a liberdade. Ter a manhã para tratar de diversos assuntos, para ir correr, para fazer o que quiser é muito bom. Tal como é poder fazer essas mesmas coisas durante a tarde. Talvez a minha opinião seja influenciada pela altura do ano em que dou início a estes horários. Mas no Inverno a opinião não será muito diferente. Outro aspecto que faz toda a diferença, e que ajuda a ter esta opinião, é sentir-me muito bem nas minhas novas funções.

pedidos de amizade estranhos

Quando alugámos a casa onde hoje vivemos, tivemos de lidar com uma agência imobiliária. E com uma mediadora. Que nem eu nem a minha mulher conhecíamos de lado nenhum. Vimos a casa. Foi do nosso agrado. O preço foi negociado. E tudo foi tratado. Pouco tempo depois de o apartamento ter sido alugado, a vendedora fez-me um pedido de amizade, na rede social Facebook, e também à minha mulher. Algo estranho para ambos.

Se fosse antes de o negócio estar feito, também considerava estranho. Mas ainda colocava a hipótese de tentar perceber o nosso estilo de vida antes de efectuar o negócio. De resto não percebo as pessoas que confundem negócios com amizade. E são cada vez mais. Pessoas com quem existe uma relação meramente profissional, e ocasional, que fazem um convite de amizade. Até porque levanta diversas questões.

Partindo do princípio que não existem amigos em comum, essa pessoa foi à procura da outra? E qual foi o motivo pelo qual foi à procura? Se a relação já é "fria", porque é apenas profissional, torna-se muito estranha a partir do momento em que existe um pedido de amizade, que provavelmente será recusado. Talvez seja apenas mais um efeito das pessoas que confundem relações profissionais e amizades virtuais com amizades reais.

escolher um namorado igual ao pai... ou ao irmão

Certamente que já todos ouviram dizer que as mulheres têm tendência a escolher o namorado/marido à imagem do pai. Agora, surge um novo estudo que diz que as mulheres escolhem os homens com quem se relacionam à imagem do irmão. Numa primeira análise há quem olhe para estas ideias como absurdas. E talvez um pouco polémicas. Mas na realidade são mais do que normais. Pelo menos aos meus olhos.

As pessoas, sejam homens ou mulheres, passam boa parte da vida - em condições normais - junto dos pais. E refiro-me ao tempo em que se estão a formar enquanto adultos. E, mais uma vez em condições normais, lidam com um ideal de casal que passa pelos pais. Para quem olham como os protagonistas de um ideal de relação. Quem tiver irmãos, também passará muito tempo com eles. E esta realidade familiar acaba por estar muito presente na vida de cada pessoa.

Neste sentido considero normal que as pessoas escolham companheiros à imagem daquilo que conhecem como sendo bom. Por isso é que não olho para aquelas duas afirmações, a mais clássica e a mais recente, como sendo absurdas ou polémicas. Porque são bastante verdadeiras. E aplica-se a quase tudo na vida. Também temos tendência a escolher amigos com base naquilo que somos. Daquilo que conhecemos. E daquilo com que nos conhecemos.

Também existem aquelas pessoas que se atraem pelo oposto. Outra frase que é um clássico das relações. Nesta já acredito menos. Não numa fase inicial mas num futuro a longo prazo. Porque se as diferenças são muitas, dificilmente as pessoas vão conseguir manter-se lado a lado durante muito tempo. As diferenças acabam por levar a diversos pontos de ruptura no casal.

29.5.17

pesadelo nas cozinhas portuguesas

Sou fã do programa Pesadelo na Cozinha. Tal como já era, há muito, fã de Kitchen Nightmares, de Gordon Ramsay, que é basicamente o mesmo programa. A essência do programa é boa. E está muito bem construído. Existem pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Como os funcionários dos espaços falarem com um ar "desleixado" e "abatido" antes da intervenção do Chef Ljubomir Stanisic e "arranjados" e "animados" após a mudança.

Apesar de existir uma edição muito boa, praticamente perfeita, este programa vive muito de Ljubomir. Tal como Kitchen Nightmares e o programa Hell's Kitchen vivem muito daquilo que é Gordon Ramsay. Estes três programas seriam completamente diferentes com dois homens diferentes. Que não tivessem a postura de Ljubomir e Ramsay.

Méritos à parte, Pesadelo na Cozinha deixa-me com a sensação de que a ASAE anda meio a dormir. E acredito que as pessoas que lá trabalham não devem achar grande piada a que um Chef faça um trabalho que deveria ser seu. Pegando no caso de ontem, trata-se de um restaurante que servia comida podre. Que tinha uma cozinha má de mais para ser verdade. E este é apenas o caso mais recente de uma realidade que infelizmente será comum a muitas cozinhas. E que deixará muitas pessoas com dores de barriga (para ser simpático) sem que percebam o que aconteceu para provocar aquele estado.

Conheço restaurantes que têm visitas regulares por parte da ASAE. Enquanto este programa dá a conhecer espaços que, aparentemente, passam despercebidos ao radar da ASAE. Que acaba por funcionar de forma reactiva em função de um programa de televisão. Mesmo colocando a hipótese de existir um número deficitário de inspectores, entre outras situações possíveis, Pesadelo na Cozinha não só é o melhor programa (nas audiências) como dá um grande bigode à ASAE.

o soutien aos olhos dos homens

Acho imensa piada à imagem. Mas quero acreditar que já não existem homens para quem abrir um soutien é mais complicado do que resolver um cubo de Rubik.

26.5.17

coisas que homens casados não devem dizer às mulheres

nunca vi nada assim

Não me recordo de estar num bar a beber um copo enquanto assisto a um concerto (neste caso de rock) e ao mesmo tempo que estão a cortar o cabelo e a fazer tatuagens. Mas isso vai ser possível. É já amanhã na Mundet Factory. Fica a dica até porque a entrada é gratuita.

25.5.17

amanhã não é feriado ca*****

Quando Fernando Santos anunciou os convocados para o Euro 2016, 99% das pessoas questionaram um nome: Éder! Ninguém queria o jogador na selecção. Era um coxo do pior. Mais valia ter um pino no lugar dele. E outros mimos semelhantes. Até que Portugal foi avançando na competição. E sempre com críticas ao desgraçado do Éder. Que curiosamente resolve a final, marcando o golo que nos deu a inédita conquista de um Euro.

Éder, bem ao estilo nacional, passou de patinho feio a herói nacional. O jogador era o mesmo. A diferença estava num remate. Todos passaram a amar Éder. Que, em euforia, gritou à multidão "amanhã é feriado ca*****". Até foi criado um site para pedir desculpas ao jogador português. O tempo foi passando e chega a altura de Fernando Santos anunciar os convocados para a Taça das Confederações. E Éder volta a ser assunto.

Desta vez o avançado não foi convocado. E aqueles que não percebiam os motivos pelos quais tinha sido convocado são os mesmos que não percebem o motivo pelo qual não foi convocado desta vez. Ninguém o queria. Agora todos o desejam. Todos querem Éder na selecção. O futebol tem a sua piada. Ou melhor... as pessoas têm a sua piada.

o drama de uma miúda de apenas 23 anos

A minha primeira reacção, após o atentado terrorista de Manchester, foi pensar no número de crianças que morreram quando estavam a viver aquela que seria uma das noites mais felizes da sua vida. Algo que não faz sentido. E continuo sem perceber o motivo pelo qual se escolhe fazer um atentado num local onde sabem que a probabilidade de matar crianças é bastante elevada.

Mas também dei por mim a pensar em Ariana Grande. Uma jovem artista de apenas 23 anos. Que já se fartou de pedir desculpas, como se tivesse algo a ver com o atentado. Não quero imaginar o que passará pela cabeça daquela rapariga. Que vê o seu nome arrastado para um terrível drama. Por mais que possa ser uma pessoa fria, acredito que não será fácil voltar a pisar um palco. Sem perceber se voltará a acontecer o mesmo. Sem perceber o motivo pelo qual escolheram um concerto seu quando existem tantos eventos todos os dias.

isto de fazer anos

Existem pessoas que olham para o aniversário como um drama. Ficam aborrecidas com o passar dos anos. Não querem festejar nem nada do género. Não sou assim. Nunca fui. E espero nunca vir a ser. Mas também não sou louco ao ponto de estar sempre a desejar fazer anos. É um dia de que gosto muito. E que, por norma, é marcado por momentos especiais que ficam guardados na memória.

O factor idade é algo que não me preocupa. É certo que tenho apenas 36 anos. E digo apenas porque neste País é uma idade que cheira velhice. Infelizmente é assim em muitas áreas. E não me importa porque gosto mais de mim assim do que quando tinha 20 anos. Eram outros tempos, outras preocupações e praticamente uma total ausência de dores de cabeça. Mas gosto mais do homem que sou hoje do que do projecto de homem que era naquela altura. Aprecio e aproveito mais a vida agora do que naquela altura.

De resto, nos últimos anos recuperei a "tradição" de fazer jantares de aniversário. Pelo simples facto de que gosto de juntar as pessoas que me são mais especiais num jantar de amigos que tem lugar dias depois do jantar de família. Todos os motivos são bons para celebrar aquilo que de melhor temos na vida. Sem fretes, sem convites só porque fica bem. E ainda bem que o fiz.

algo que hoje é desconhecido e desvalorizado

As crianças de hoje desconhecem a energia que em tempos era necessária para abrir o vidro de um carro.

23.5.17

crianças x2 (e tudo em mau)

Acordei com a notícia de um atentado terrorista em Manchester. Um cobarde homem bomba fez-se explodir num local onde pais esperavam pelas filhas (a maioria do público era feminina) que tinham ido ver um concerto de Ariana Grande. A vida de algumas pessoas, entre elas crianças que tinham ido ver alguém que admiram, acabou ali.

Compreendo poucas guerras. E em nenhuma delas aceito crianças como baixas aceitáveis. Quer seja num ataque de um homem bomba ou nrum ataque de um drone. As crianças não são, nem devem ser, arma de arremesso do que quer que seja.

Num outro registo, algumas pessoas decidiram gozar com a filha de Eduardo Beauté. Tudo por causa da roupa com que foi aos Globos de Ouro. Pouco me importa se a menina foi ou não bem vestida - e aos meus olhos foi mal vestida, mas de moda nada percebo - mas é apenas uma menina. Que não é figura pública. E que tem sido alvo de comentários muito feios por parte de pessoas que podiam escolher outros alvos.

É apenas uma menina. Igual a tantas outras Marias com as quais ninguém goza. Hoje ouvi isto: "é preta e filha adoptiva de um paneleiro. Se fosse branca, loura, filha de alguém mais importante e estivesse vestida de princesa já ninguém gozava".

Não sei se será assim. Mas não deve andar muito longe da verdade. Só sei que aquelas crianças não mereciam ser vítimas de uma guerra que não escolheram. Tal como a filha de Beauté não deveria ser vítima de uma guerra estupida que serve para se ter mais uns gostos aqui e ali.

treino para ter o rabo perfeito

A esmagadora maioria das mulheres que vão para o ginásio pedem uma coisa: exercícios para trabalhar os glúteos. Querem ficar com o "rabo perfeito". Os tempos vão passando, as tendências de desporto também se alteram, mas este desejo permanece igual com o passar dos anos. Para quem desconhece os melhores exercícios, e para quem não tem tempo para ir para o ginásio, fica aqui um plano de treinos para ajudar a trabalhar o rabo.

22.5.17

o fenómeno madonna

Não me recordo da última vez em que se falou tanto de Lisboa. E estou a referir-me às constantes notícias desde que Madonna chegou a Lisboa. Recuando um pouco no tempo, talvez encontre paralelo no momento em que Monica Belucci comprou casa em Lisboa. De resto, existem notícias pontuais sobre a cidade. Quase sempre quando a cidade é notícia lá fora. Desde que Madonna chegou até já vi canais com pequenos debates sobre os encantos de Lisboa.

Isto não é uma crítica. Defendo é que tendemos a desvalorizar o que é nosso. Pelo simples facto de que é nosso. É uma realidade diária. Está ali ao lado diariamente. É o mesmo que diversas pessoas falarem de Sintra com encanto quando para mim é ambiente de trabalho diário. Trabalhando em Sintra, não é a primeira opção para um passeio de fim-de-semana. E muitas pessoas pensam o mesmo de Lisboa. Quando têm tempo para passear, fogem daquela realidade diária. Por mais bela que seja.

Não significa que não se goste de Lisboa, uma das mais belas cidades do mundo. Simplesmente está aqui mesmo ao lado. E esta proximidade faz com que os encantos acabem por se desvanecer. Até que chega uma Madonna. E anda a passear por sítios muito bonitos. Que estão aqui mesmo ao lado. E que acabam por ser notícia. E nesse momento é que nos lembramos dos reais encantos com os quais lidamos diariamente e que acabam por ser desvalorizados.

ser pequeno não tem mal nenhum

Somos pequenos! Os portugueses são pequenos. Especialmente aqueles que fazem carreira em Portugal. E não confundir pequenos ausência de talento ou ambição. É o que é! Temos um mercado pequeno em quase todas as áreas. O que faz com que ninguém nos conheça do outro lado da fronteira. Porque não somos um produto que os outros comprem com frequência.

Existem excepções. E Cristiano Ronaldo é a maior de todas. Mas é alguém que fez carreira lá fora. E que acaba por dar reconhecimento ao País de origem. Acontece o mesmo com José Mourinho e numa escala menor passa-se o mesmo com Sara Sampaio, Ricardo Pereira e com mais algumas pessoas. Que foram para fora, acabando por conquistar o seu espaço.

Recordo-de de estar com Diogo Morgado e de lhe perguntarem se tinha receio de que Hollywood se esquecesse de si. "Esquecer? Hollywood nem sabe que existo", respondeu. E esta é a verdade. Reafirmo que ser pequeno e ter noção do seu real tamanho não é sinal de inferioridade. É sinal de sabedoria. De inteligência.

Não podemos ficar ofendidos quando nos recordam disso mesmo. Ou quando gostamos de fingir que olham para nós como gigantes quando na realidade ninguém nos vê! Quando só o nosso reflexo no espelho é que olha para nós com admiração. Somos o que somos. E não é por se tentar vender uma imagem diferente que somos maiores do que o nosso real tamanho.

teste só para génios. és um deles?

21.5.17

no top desde 2004. quem diria...

Vamos recuar até 2004. Nessa altura Portugal "inteiro" tinha uma bandeira ou um cachecol de Portugal na janela/varanda. E a culpa/mérito deste feito foi de Scolari. Na altura Portugal disputava o Euro 2004. E o sonho transformou-se em desilusão em poucas semanas. Ainda hoje recordamos as duas derrotas com a Grécia - uma a abrir a competição, outra a fechar - e dificilmente as iremos esquecer.

Mas 2004 não foi feito apenas de futebol. Também foi feito de música. E todas as pessoas andavam a cantar Yeah! e Burn, ambas de Usher. If I Ain't Got You, de Alicia Keys e This Love dos Maroon 5. E refiro estas músicas porque foram consideradas as melhores daquele ano. Mas mesmo no domínio da música, muito mais foi feito do que estas músicas.

Pode não parecer mas Mr. Brightside, dos The Killers, é de 2004. Ou seja, esta música tem 13 anos. Em tempos partilhei esta música nas redes sociais e disse que passados cem anos ainda seria faladas. Não sei se isso vai acontecer. Aquilo que sei é que este brilhante tema está nos tops desde a data de lançamento. Passados 13 anos, Mr. Brightside continua nos top (britânico). Nunca deixou de estar naquele top. Qual o motivo? Ninguém sabe ao certo. Mas é um feito extraordinário.

Ninguém sabe explicar o motivo da permanência no topo mas ligo isso à magia da música. Uma das coisas que não depende da velocidade alucinante da vida hoje em dia. A qualidade não está associada ao imediato. Não depende disso. E basta recordar alguns exemplos. Como foi o caso do lançamento do primeiro álbum dos Foo Fighters. Que foi arrasado pela crítica. Que mais tarde acabou rendida ao talento do grupo e do disco. Infelizmente nem tudo tem esta possibilidade. De não estar dependente do sucesso imediato. E isso tem a sua piada.

19.5.17

mulher + bolo noiva + ousadia = ???

mulher + bolo noiva + ousadia = ? Ainda estou a tentar perceber o resultado da equação. Se alguém quiser ajudar a decifrar o resultado, agradeço. Será fantasia de alguns homens? Imaginam a noite de núpcias a começar assim?

a moda do fidget spinner

Já perdi conta ao número de pessoas que falam do fidget spinner. Tenho amigos que já compraram vários para os filhos. Outro diz que o filho, irrequieto por natureza, fica mais calmo quando está entretido com aquele que é um instrumento terapêutico. Parece que, em Portugal, já foram vendidos mais de 15 mil numa semana. Concluindo, todas as pessoas falam bem do fidget spinner. Mas sempre que vejo um a rodar, fico sem perceber como é que conquista tantas pessoas. Deve ser daquelas coisas que viciam após a primeira experiência.

18.5.17

a decisão de mudar

Nos últimos tempos mudei de vida. Algo que não é novidade pois já tinha partilhado aqui. Mantive-me na minha área – jornalismo – mas passei para um registo bastante diferente em relação aquele em que trabalhei durante muitos anos. Andava desmotivado. Estava farto de determinadas situações. Resumindo, queria mudar. Se procurei essa mudança com a determinação que ela pedia? Não! Se errei ao fazer isso? Sim!

As pessoas habituam-se às zonas de conforto em que vivem. Mesmo que sejam miseráveis do ponto de vista psicológico. Bastante duras. As pessoas querem mudar mas inventam mil “e se” para adiar ou evitar a mudança. E agarram-se muito mais aos receios de mudar do que aos motivos para deixar tudo para trás, sem qualquer receio. Isto aplica-se especialmente ao trabalho. Havendo que também o faça em tudo na vida.

Sabia que mudar seria bom para mim. Especialmente para a minha cabeça. Mas nunca imaginei que fosse tão bom como está a ser. Não existem segundas-feiras extremamente aborrecidas. Não existem viagens de carro que parecem o corredor da morte. Não existem noites mal dormidas. Não existem aborrecimentos desnecessários. Se me prendia muito a tudo isto? Não! Se dava mais importância do que tinha? Não! Mas não é fácil desligar de uma realidade bastante presente. É como não querer ver algo que não sai da nossa frente.

Não sou a pessoa mais medrosa do mundo. Não vivo com medo de mudar. Mas agora noto que poderia ter feito algo mais para que esta realidade não demorasse tanto a chegar. E é o que digo aos amigos que me perguntam “como vai o trabalho novo?”. Respondo com alívio. Com um sorriso no rosto. Com entusiasmo. Com energia. E se as pessoas tivessem a noção – algo que não tinha na totalidade – do peso que isto tem em tudo na vida, nunca mais arranjam motivos para não largar algo que só faz mal. Passavam a procurar motivos para mudar. E agarravam-se a todos.

a decisão de mandar abater um cão

Ao longo da minha vida tive um cão. Na realidade foram dois. Mas quanto tive o primeiro era muito pequeno. E o tempo que esteve connosco foi pouco para que ficassem grandes memórias. Com o Óscar tudo foi diferente. Foram muitos anos a viver com ele. Acompanhou-me no crescimento e no processo em que passei de adolescente a homem. E dele me “despedi” quando fui viver com a minha mulher.

Não quero discutir a forma como cada pessoa ama um animal. Eu amava o Oscar como se fosse um irmão. As pessoas não têm de ser todas como eu. Nem tenho de seguir as ideias das pessoas que não concordam com esta forma de amar. Nem isso importa. Ao longo dos seus anos de vida o Óscar pregou alguns sustos. Até porque tinha ataques epilépticos com alguma frequência. Mesmo medicado. Mas os sustos nunca foram muito intensos. Ou seja, nunca vivi com o receio de olhar para o meu irmãozinho num estado de vida que me deixasse sem saber o que fazer.

O Óscar ficou estranho numa altura em que os meus pais não estavam em casa e em que eu e a minha irmã tínhamos a missão de tomar conta dele. Isto porque nunca passou uma noite sozinho em casa. A minha irmã ligou-me porque tinha visto sangue em casa dos meus pais. Fui imediatamente para lá. Não gostei do que vi e fomos com ele para a veterinária. A meio do caminho parecia ter morrido. Sem saber o que fazer, dei por mim a abanar o Óscar. E a chamar por ele com todas as minhas forças. Vi que estava vivo e cheguei ao veterinário.

Foi imediatamente levado para dentro. A veterinária veio dizer que estava fraco. Mas deu a entender que tudo ficaria bem. Até que vem ter connosco e diz que ele não deve durar muito e que podíamos ir ter com ele. Assim foi e o Óscar morreu perto de mim. Mentia se dissesse que a dor acabou naquele momento. Não há um dia em que não me lembre dele. Em que não pense nele. E nos momentos que vivemos. A dor não desaparece. Muda apenas de formato. De intensidade. Mas nada disto, desta dor, faz com que me arrependa de ter tido um cão. Isso não faz sentido para mim.

Recordo este episódio porque num passado recente, duas pessoas que me são próximas tiveram que tomar a decisão de mandar (ou não) abater os seus cães. Decisão que felizmente nunca tive de tomar. É “fácil” estar do outro lado da barricada. Dizer coisas como “se está a sofrer e se já não vive em condições é melhor tomar essa decisão”. Mas não sou capaz de me colocar no lugar dessas pessoas. De dar o ok a uma decisão que seria incapaz de tomar.

Não consigo imaginar a dor de escolher o momento em que o nosso amigo deixa de viver. Por mais sentido que isso faça. Mesmo sabendo que já não se levanta, que não come e/ou muitas outras coisas. É uma decisão que seria incapaz de tomar. Ao saber destas duas histórias fico agradecido por não ter vivido algo semelhante. Agradeço que o infeliz adeus do Óscar tenha sido rápido, sem o prolongar de uma dor que ninguém deve viver.

semana de merda x2

Primeiro foi a inesperada notícia da morte de uma das pessoas mais especiais que o jornalismo me deu a conhecer. Um Grande homem com quem vivi muitas aventuras profissionais e pessoais. Um mestre. Uma pessoa como poucas que acabou traída pelo coração. Um daqueles imortais que apenas mudou de morada. Agora é a notícia da morte, igualmente inesperada, de Chris Cornell. Pessoa que passei a admirar devido ao enorme talento. Que, na minha leitura, fazia de si um dos imortais. Hoje, muitas pessoas vão partilhar músicas dos Soundgarden e dos Audioslave. Por isso, em jeito de homenagem dupla, deixo aquela que considero ser a melhor música de sempre de um filme James Bond. Que por acaso casa com o melhor filme da saga.



vamos só beber um shot e depois vamos embora


Alguns shots e horas mais tarde é isto. True story!

17.5.17

orgulho nacional

É um daqueles casos em que sinto um grande orgulho nacional. As entrevistas que já vi e li de Bernardo Silva revelam a pessoa que é. E pessoas assim, bem formadas e cheias de talento, merecem o melhor. E este orgulho estende-se a Leonardo Jardim, um dos melhores treinadores portugueses da actualidade, e a João Moutinho. Parabéns pela conquista do campeonato francês!

as pessoas baseiam-se na imagem

Donald Trump ainda agora chegou à cadeira política mais desejada do mundo. Mas todos querem que deixe o lugar que ocupa. Ou que, na pior da hipóteses, chegue rapidamente 2020 para as próximas eleições presidenciais norte-americanas. E se já foi falado o nome de Kanye West para candidato, surge outro nome. Igualmente afastado da política.

Dwayne 'the rock' Johnson está a ser apontado como um possível candidato. O próprio actor, que ficou conhecido no mundo do wrestling, não coloca essa hipótese de lado. E o mais curioso é que as sondagens são boas para o eventual candidato. As pessoas gostam da sua imagem. E têm uma ideia muito positiva do actor. E acho que o futuro da política poderá começar a passar por aqui.

Isto no sentido de a imagem começar a ganhar um destaque cada vez maior. As pessoas conhecem Dwayne Johnson pelas lutas e, cada vez mais, pela carreira de actor. Poderá haver quem acompanhe mais de perto a sua vida e aquilo que é longe das câmaras. Mas a imagem terá quase sempre base numa imagem pública. Mas as pessoas valorizam isto cada vez mais. Especialmente na política, área onde quase todas as pessoas deixaram de acreditar. Em especial os mais novos, que ligam muito à imagem.

E isto não se aplica apenas à política. Muitas pessoas confundem conceitos com base na imagem. Como quando acontecem aquelas eleições das pessoas mais sensuais e os votos vão para as pessoas que têm uma imagem mais apreciada pelo público. A imagem sempre foi importante. E começa a alastrar-se a muitas áreas. Se bem que na política dos Estados Unidos seja bastante fácil, nesta fase, encontrar supostos candidatos de quem todos gostam. Principalmente quando o termo de comparação é Donald Trump.

um dos motivos pelas quais os homens têm menos roupa do que as mulheres

Regra geral os homens têm menos roupa do que as mulheres. Esta é a ideia que tenho. O que não implica que sejam mais poupados do que elas. E acho que existe uma forma muito simples de explicar a minha linha de raciocínio. A generalidade da roupa dos homens consegue manter-se na moda ao longo dos tempos. Já elas optam por roupa que acaba por sair de moda ao final de uma estação.

Cruzei-me com um artigo da Esquire. Neste são referidas as únicas dez t-shirts de que o homem precisa. E o motivo é porque nunca passam de moda. No meu caso ainda cortava mais um ou dois modelos desta lista. Olhando para o panorama geral, e enquanto homem, concordo que se trata de um exemplo perfeito daquilo que faz falta ao roupeiro de um homem.

1 - A clássica t-shirt branca. Que não necessita de qualquer explicação. Este modelo é da Levi's e custa 90 euros.

2 - A Henley t-shirt. Distingue-se pela gola redonda e pelos botões (entre dois a cinco). Esta custa 40 euros e é da Buck Mason.

3 - Marled Gray t-shirt. Tal como a primeira, é um modelo que praticamente se adapta a todo o tipo de roupa. Modelo Brunello Cucinelli, 312 euros.

4 - A t-shirt do marinheiro. Ficou celebrizada graças à marinha francesa e desde então que é um sucesso. T-shirt Ami, 98 euros.

5 - Mais riscas. As riscas horizontais ganharam fama com o modelo e cores anteriores. Mas existem mais opções. Burberry, 135 euros.

6 - Um modelo menos discreto que os anteriores. Há com desenhos, fotos, frases e tudo mais. É um modelo mais ousado do que os anteriores. 244 euros. Dsquared2.

7 - No mesmo registo da anterior mas com uma discrição muito maior. Modelo Noah, 43 euros.

8 - T-shirt com bolso. Mais um exemplo de algo que vai bem com tudo. A.P.C., 86 euros.

9 - Modelo básico mas com cor. Correndo o risco de ser redundante, mais um exemplo de algo que praticamente dá com tudo. 380 euros, Gucci.

10 - T-shirt de mangas compridas. Ideal para aquelas noites de verão mais frescas. 85 euros, Aime Leon Dore.

O valor das peças escolhidas pela Esquire é uma pequena fortuna. Mas é possível comprar as dez com o dinheiro da primeira. Ou até menos. Preços à parte, qualquer homem irá concordar com esta lista. Eu, que tenho dezenas de t-shirts, concordo com esta lista. O que está aqui basta. Chega e sobra. Até porque os homens têm uma característica especial. Que passa por vestir quase sempre as mesmas peças de roupa. E contra mim falo. Tenho muitas t-shirts para existe um núcleo duro que é muito mais usado do que as restantes. E se for analisar essas peças, enquadram-se nesta lista.

segredos para melhor sexo (sem tabus)

Existem pequenos detalhes que ajudam a que o sexo seja melhor. Quando assim é todos ganham. Porque todas as pessoas concordam que a relação é muito melhor quando existe uma sintonia perfeita no que ao sexo diz respeito. Neste sentido, existem especialistas que defendem pequenos segredos que devem ser seguidos pelos casais. Vamos a eles:

Ver pornografia a dois
Especialistas referem que é importante ver filmes a dois. Escolher os mesmos previamente e aqueles de que mais gostam. E não ter receio ou vergonha de debater, no final, aquilo de que gostam e não gostam. Porque isto acabará por ser passado para o quarto. Esta é a opinião do sexólogo Shan Boody.

Fazer o sexo durar
Existem muitos mitos em relação ao sexo, mais especificamente em relação à duração de uma relação. Muitas pessoas gostam de se gabar, dizendo que as suas relações duram muito tempo. Mas de acordo com diversos estudos, o tempo médio "ideal" de uma relação oscila entre os sete e treze minutos (sem incluir os preliminares).

Dizer-lhe que sabe bem
Está provado que as mulheres que sentem confiança em relação aos aspecto dos genitais estão mais abertas a diferentes actividades sexuais. E mais facilmente atingem o orgasmo porque estão relaxadas. Quando um homem faz sexo oral a uma mulher deve revelar-se entusiasmado com o que está a fazer. Deve elogiar a mulher e dizer que sabe bem, explica Debra Herbenick.

Demorar o seu tempo
A imagem de uma alguém nu mexe com as pessoas. É algo que liberta dopamina e oxitocina. Mas o efeito rapidamente desaparece. O que faz com que a parte em que o casal se despe deva ser vivida sem pressas.

Os ouvidos também são importantes
"A diferença entre um gigolo e um homem normal é que o gigolo ouve e presta atenção aquilo que a mulher quer na cama". Daí que ouvir seja importante. Não deve haver receio de perguntar o que ela quer na cama. E, já agora, convém perguntar quando não estão na cama. É a opinião de Helen Fisher.

Levar a cozinha para a cama
Todos os alimentos que são bons da cintura para cima, também são da cintura para baixo. Uma má alimentação irá ter um impacto negativo na relação. Uma boa alimentação irá ajudar.

Tomar um duche
Não está provada a existência de alguma feromona que faça com que alguém seja irresistível para os outros. Por isso, nada melhor do que um banho antes das relações. Quanto muito podem deixar uma peça de roupa na casa da outra pessoa para que estejam sempre presentes. É a opinião de Tritram Wyatt.

Sem grandes preocupações
É capaz de ser uma declaração mais polémica mas a relação sexual não é tudo. E esta é a ideia que os homens têm de perceber em vez de estar sempre a pensar se vai correr bem ou não. Um conselho é esquecer o sexo (penetração) durante um mês. Fazer tudo menos isso. Quando os homens percebem que a penetração não é tudo, as coisas correm muito melhor, defende Emily Wentzell.

O ambiente
Para que o sexo seja perfeito a mulher tem de estar relaxada. O ambiente ajuda neste domínio. E aqui "vale" tudo. Desde pouca luz a velas, música e partilha de fantasias. Um estudo prova que um bom abraço de 30 segundos aumenta os níveis de oxitocina e antecipam o desejo de sexo. É o que diz Ian Kerner.

Cowgirl invertida
Descobrir qual a posição sexual que mais a estimula. Normalmente é a mulher em cima, voltada de costas para o homem, posição conhecida com cowgirl invertida. Refere Beverly Whipple.

Tocar-lhe em todo o lado
Um toque sensual liberta oxitocina, que por sua vez mexe com o desejo sexual da mulher. As massagens com óleo são uma excelente opção e algo que tem impacto nos dois. É a opinião de Carol Cassell.

escacar pedra

Faço parte de um grupo no WhatsApp onde estão as pessoas com quem almoço uma vez por semana. Este grupo serve para todo o tipo de coisas. Das mais sérias às mais divertidas. Das piadas futebolísticas aos memes. E é também graças a este grupo que tenho descoberto alguns vídeos que nunca tinha visto. Um deles é este, que data de 2011. Quanto mais vejo este vídeo, mais vontade tenho de rir. Venha de lá esse "escacar pedra".

16.5.17

só para quem não tem receio de se sentir velho

Queres sentir-te "velho"? Faz hoje 31 anos que foi lançado o Top Gun. Perante este facto existem alguns passos a seguir:

1 - Tentar não chorar.
2 - Deitar em posição fetal.
3 - Chorar baba e ranho.



Brincadeiras à parte, é nestes momentos que se percebe a velocidade a que o tempo passa. Quando alguém assinala momentos como este é que se começa a fazer contas. No meu caso, tinha apenas quatro anos. Estava quase a fazer cinco. Agora são quase 36.

isto de chegar em primeiro lugar

Ao longo dos últimos dias tenho ouvido diversas pessoas desvalorizar o feito do Benfica. E estou a referir-me à inédita conquista do tetracampeonato. Curiosamente, ou não, estes comentários são todos feitos por adeptos de outros clubes. Que, com todo o mérito, alcançaram o mesmo feito primeiro do que o Benfica.

Para estas pessoas o feito do Benfica não tem valor. Pelo simples facto de que outros conseguiram fazer isso em primeiro lugar. E isto é algo que não tem qualquer lógica. Basicamente é uma das poucas formas de tentar argumentar a evidente supremacia de um clube em relação aos outros ao longo dos últimos quatro anos.

E digo que não tem sentido por diversos motivos. Ser o primeiro não retira valor aos outros. Tem um impacto histórico que os seguintes não têm. Mas não implica que sejam mais importantes do que os outros. Ou mesmo melhores. Até porque, se assim fosse, muitas coisas não teriam sentido. Qual o motivo de ir à Lua se já lá foi um astronauta. Qual o motivo de fazer algo que já foi feito por outros.

Brincando com a situação, tenho uma sugestão para quem defende que o tetracampeonato do Benfica não tem valor porque já foi conquistado por outros. Esses pessoas podem pensar nas relações que têm agora. E até podem pensar nos momentos íntimos que vivem com essas pessoas. Caso não sejam os primeiros namorados(as) dessas pessoas, podem pensar que outros já estiveram num “lugar” que agora ocupam. Ou sejam, conquistaram algo antes dessas pessoas. Depois, e mais uma vez em jeito de brincadeira, basta associar o raciocínio de que o tetra do Benfica não tem valor por não ter sido o primeiro.

aqui está uma bela moda para elas

O Verão está quase a chegar. O calor aumenta. As noites quentes pedem festas. Tal como os finais de tarde. Multiplicam-se as sunset parties. E os bares e discotecas organizam festas temáticas em quase todas as noites da estação mais quente do ano. Isto levanta uma questão: o que vestir? E as mulheres dão por si a pensar na roupa que vão levar a cada festa.

Levo esta roupa? Mas já levei à festa do outro dia. E se está lá alguém que também estava na outra festa? É capaz de ser melhor levar outra roupa. Mas também não vou levar a peça x que vai ficar a cheirar a tabaco. No final de contas... o que vestir? A resposta é bastante simples. Nada! Vestir nada. E diz que é uma moda internacional que tem cada vez mais fãs.

Isso significa ir nua às festas. Sim! Quer dizer... não! Ou melhor... quase. A moda é vestir fita-cola preta. Sim, isso mesmo. Tal e qual ao que soa. Diversas mulheres, em especial em Miami, nos Estados Unidos da América, optam por este visual ousado na hora de ir sair com as amigas. De forma resumida, recorrem à fita-cola preta para tapar os mamilos e a zona genital. E pouco mais do que isso. O trabalho fica a cargo de "estilistas" especializados nesta arte que tem cada vez mais fãs. Para provar que não estou a brincar, deixo a sugestão para um visual.


PS - Não é brincadeira! É mesmo moda.

not enough whiskey

Este homem faz tudo?

15.5.17

pessoas giras que nunca vão ser bonitas

"É uma pessoa gira que nunca será bonita". Ouvi esta frase num passado recente. Era sobre uma pessoa em específico, não importa quem, e as palavras ficaram na minha cabeça. Porque gosto da frase. Porque casa na perfeição com algumas pessoas. E porque é uma forma quase poética de definir um determinado grupo de pessoas. As tais que tendo tudo para ser bonitas, nunca conseguem ir além disso.

E o que é isto das pessoas giras que não são bonitas. Numa primeira análise soa a algo absurdo. Mas na realidade não é! São aquelas pessoas que gostam de olhar para si num pedestal onde não cabe mais ninguém. E de onde ficam a olhar, sempre para baixo, nunca para cima, para todos os outros. Para os restos da sociedade. Para os inferiores. Para os feios, para manter o mesmo registo no que ao vocabulário diz respeito.

São aquelas pessoas que "gozam" ou dizem mal dos seus pares. Leia-se das pessoas que têm (ou já tiveram) a mesma profissão. Que já estiveram sujeitas às mesmas regras. Que tiveram de cumprir determinados aspectos. Mas que, mesmo assim, parecem ser inferiores. Quando não o são. Quando até são pessoas extremamente simpáticas, que até são simpáticas no momento em que poderiam ser pessoas verdadeiramente lixadas.

A beleza física, sempre discutível, não é tudo. O papel de embrulho não faz o rebuçado. A caixa não determina a qualidade dos chocolates. As roupas caras não dão classe à pessoa. E por isso é que concordo que realmente existem pessoas giras que nunca vão ser bonitas. Por mais que achem que foram abençoadas com toda a, como diria o Fábio Coentrão, boniteza do mundo.

i luv it vicia (fica o aviso)

Psy tem o mérito de ter o vídeo mais visto de sempre no YouTube. Não pretendo discutir a qualidade musical de Gangnam Style nem de outras músicas do género. Há quem goste e quem não goste. No meu caso, não sou dos maiores fãs de Psy. Mas não nego que as suas músicas têm algo que vicia. E quando me cruzo com uma dou por mim com curiosidade para perceber o que aí vem. Acredito que isto aconteça com muitas pessoas pois uma das suas músicas mais recentes (esta) já conta com mais de 18 milhões de visualizações. E o vídeo só foi lançado no dia 10.

e eu a pensar que os abdominais é que ajudavam...

"Homem que é homem" gosta de ter os abdominais definidos. Tal como - é a ideia que tenho - "mulher que é mulher" gosta de ver um homem com os abdominais definidos. Ao longo dos tempos sempre ouvi dizer que um dos melhores caminhos para chegar a este destino passava pelos abdominais convencionais. Passe a redundância, fazer abdominais ajuda a ter abdominais definidos. Mas parece que não é bem assim...

Um grupo de investigadores de Harvard defende que existe um exercício muito melhor nesta missão. Trata-se da prancha. Que, para quem não sabe, é o exercício em que a pessoa está apoiada nas mãos e nos pés, com o rosto voltado para o chão. Quase como se fosse começar a fazer flexões. Segundo os investigadores, este exercício trabalha mais grupos musculares dos que os abdominais.

Além disso, acrescentam ainda que a prancha não castiga tanto as costas e o pescoço. Até porque muitas pessoas fazem abdominais de forma errada e deste modo provocam lesões nas costas e no pescoço. Por isso, quem está interessado em definir os abdominais deve apostar na prancha.

concordo com o salvador sobral

Já tinha manifestado a minha opinião ao dizer que não sou o maior fã de Salvador Sobral, nem da música com que conquistou o Festival Eurovisão da Canção. O que não implica que não tenha desejado a sua vitória. Sentimento transversal a tantas outras músicas que tentaram aquilo que apenas agora Salvador Sobral conseguiu. Até porque passaram grandes nomes (em épocas diferentes) pelo Festival da Canção. Músicas sem sucesso internacional mas que conquistaram o seu espaço na história da música nacional.

Não sendo o maior fã, assumo que existem ideias de Salvador Sobral com as quais me identifico. A forma como olha para o panorama nacional (e mesmo internacional) da música é uma dessas coisas. É uma indústria muito característica. Em que existem fenómenos, sem qualidade, que são fabricados a pensar no sucesso. Com estratégias muito bem montadas que vão da produção até à forma como as músicas são tratadas nas rádios, fazendo com que as músicas acabem, quase que à força, por conquistar as pessoas que acabam por ser afastadas de outras músicas.

Por outro lado, olho para o caso de Salvador Sobral como um exemplo de outro fenómeno actual. Quando as coisas correm mal, ninguém tem culpa de nada. Poucos dão uma palavra de apreço. Poucos apoiam algo. Todos dizem coisas como "sabia que ia correr mal" e por aí fora. Basicamente ninguém quer estar perto da pessoa. Quando as coisas correm bem, tudo muda. Todos querem uma fatia do sucesso. Todos sabiam que tudo correria bem. Todos estão lá para apoiar e para revelar um amor incondicional que dura desde sempre.

E Salvador Sobral é exemplo da forma como se olha para um caso de sucesso nos dias que correm. E pelas suas palavras, acredito que sabe que é isto que lhe está a acontecer. E como é óbvio só tem que tirar o melhor proveito do "barulho" que é criado ao seu lado. E que nunca existiu quando já revelava o seu talento a cantar nas ruas. Ou que nunca existiu quando lançou o seu primeiro álbum.

Infelizmente, a forma como Salvador Sobral olha para a música (e com razão) não é muito diferente da forma como as pessoas olham para os fenómenos, sejam eles da música, do desporto ou da televisão. Que seja bem sucedido na missão de conseguir alterar o panorama musical nacional. Pode ser que assim também consiga mudar algumas pessoas.

14.5.17

coisas de que me orgulho

Quando o tema é futebol, existem algumas coisas das quais me orgulho. Fico feliz por ter jogador futebol durante muitos anos, por ter sido campeão e por ter disputado o campeonato nacional de juvenis, defrontando grandes nomes do futebol nacional e mundial.

Enquanto adepto também tenho motivos de orgulho. Vi Romário jogar no velhinho estádio da Luz. No mesmo estádio onde vi Portugal (num estádio com 120 mil pessoas) ganhar o mundial sub-20 ao Brasil. Vi Messi jogar. Vi Cristiano Ronaldo jogar. E vi o Benfica ganhar no estádio do Liverpool, um dos mais emblemáticos do mundo.

Estas são memórias de que me lembro no imediato. Existem muitas outras mas agora só consigo pensar no que vivi ontem. É com muito orgulho que estive no Estádio da Luz no dia em que o Benfica entrou para a história, conquistando o inédito tetracampeonato. Não existem palavras que façam justiça ao que vi e vivi naquele estádio. É mais tarde no Marquês de Pombal, onde estiveram 200 mil pessoas. São momentos daqueles que nunca esquecerei.

12.5.17

só gosto destes dois nomes

O Papa Francisco, pessoa que admiro e que tem uma história de vida brilhante (será que as pessoas sabem que foi um desgosto de amor que o levou a querer ser Papa?), chega hoje a Portugal. Como seria de esperar, parte da sua viagem, até Fátima, será feita no mítico papamóvel. Este é provavelmente o melhor nome para um carro. Só consigo colocar no mesmo patamar o batmóvel, que é o carro do Batman. De resto, não me recordo de mais nenhum nome que possa destronar estes dois da lista de melhores nomes para carros.

11.5.17

estranho (e incompreensível) fenómeno

No último texto dei conta de toda a euforia existente em torno de Salvador Sobral e da sua participação no Festival da Canção e agora na Eurovisão. Não está em causa o cantor, o seu talento, nem os programas. Mas a euforia em torno de algo que passa a ser popular. Neste caso específico já perdi conta ao número de pessoas que "odiavam" o festival da canção e que agora estão na primeira fila a aplaudir Salvador e a pedir que represente todos os portugueses!

Este fenómeno é no mínimo estranho. Mas não é raro. Todos querem ser amigos de quem é mais popular. Todos querem ter os ténis que estão na moda. E quem diz ténis pode dizer sapatos, calças, vestidos e por aí fora. Todos querem ir ao cabeleireiro da moda. Ser maquilhados pela maquilhadora da moda. E por aí fora. Mesmo que não se aprecie assim tanto tudo isto que referi.

Não sei se tudo isto passa pela necessidade de aceitação. Pelo medo do rótulo de diferente. Pelo receio de ficar em segundo lugar numa, às vezes cruel, corrida de popularidade. Mas considero tudo isto muito estranho. Não compreendo a necessidade de fazer parte de uma moda. Especialmente quando isso acontece apenas porque sim. Apenas porque é moda. E porque fica bem dizer que se é adepto dessa moda.

10.5.17

serei o único a passar ao lado do salvador sobral?

Existem fenómenos que me ultrapassam por completo. Até ontem as pessoas só conheciam o festival da canção no momento em que queriam falar mal do vencedor. Não importava a música nem a pessoa. Interessava falar mal. Ou porque o formato estava mal feito. Ou porque seria um (ou uma) azeiteiro a representar o País na Eurovisão. É por aí fora.

Salvador Sobral conseguiu ser apurado para a final. Algo que Portugal não conseguia desde 2010 e rapidamente o Festival da Canção passou a ser o melhor evento musical do mundo. Quer dizer, o segundo melhor que o primeiro é a Eurovisão. Agora todos dizem ver o festival desde pequenos, sem perder uma edição.

Além disso, todos são fãs de Salvador Sobral, para quem olham como o génio da música portuguesa. No meio de tudo isto sinto-me excluído. Porque não vejo o festival da canção todos os anos. Porque não chamo azeiteiro a quem nos representa. E porque não gosto do Salvador Sobral só porque é moda.

Já tinha dado a minha opinião em relação ao festival deste ano. Fiquei feliz com uma formato que tinha tudo para ser melhor do que os anteriores. Fico feliz por ter o representante português na final. Mais ainda por ser considerado um dos dois favoritos à vitória final. Mas a minha euforia fica por aqui, apesar de desejar (e muito) que consiga aquilo que nunca um português conquistou. E já passaram por lá grandes nomes.

De resto, não escondo que não tenho especial encanto pelo Salvador Sobral. É daquelas pessoas que não me aquece nem arrefece. Tal como a própria música. E seria incapaz de venerar algo ou alguém porque é moda.

Espero que o Salvador Sobral ganhe no Sábado. Espero também não saber disso no imediato pois é sinal de que estarei no Marquês de Pombal em festa! Espero ainda que a visita do Papa Francisco seja memorável. Tudo isto no mesmo dia. Só não vou em modas. Que acabam no instante em que o sucesso ou mediatismo de alguém acaba ou diminui substancialmente.

o motivo pelo qual ganha mais do que os outros

O Benfica tem tudo para se sagrar campeão nacional pelo quarto ano consecutivo. Até pode não ganhar. Mas isso não invalida que tenha sido o clube de maior sucesso ao longo dos últimos quatro anos. E o motivo para isto é simples: o Benfica ganha mais vezes do que os outros porque é melhor do que os outros. Tudo o que vá além disto é não querer ver a realidade.

Ao longo dos últimos dias ouço amigos do Sporting dizer que o Benfica só ganha porque é ajudado pelos árbitros. Fica a ideia que o Sporting tem um palmarés tão pobre (para a história do clube) ao longo das últimas décadas apenas por causa dos árbitros. Não se olha para o mau investimento. Para os constantes erros de casting a nível de jogadores. Para algumas más políticas. A culpa é apenas uma: dos árbitros.

E o mesmo, mas numa escala diferente, pode ser dito do Porto. Quem tem tido, na minha opinião, uma mistura de maus treinadores com maus planeamentos. E mais uma vez, o mérito do Benfica está apenas nos árbitros. Poucos são aqueles que conseguem perceber os constantes erros cometidos, falando apenas nesta época, por Nuno Espírito Santo. Especialmente em momentos cruciais da época.

Num passado (felizmente para mim, enquanto benfiquista) cada vez mais distante, o Porto ganhou bastantes títulos e troféus. E isto aconteceu porque o Porto era melhor do que os outros. Tinha melhores jogadores e uma organização que fazia toda a diferença. Isto numa altura, e ficando apenas pelo meu clube, em que andávamos perdidos com dirigentes de qualidade duvidosa, jogadores sem qualidade e muito dinheiro gasto com quem não devia.

Uma equipa, seja em que modalidade for, não ganha sempre por causa dos árbitros. Achar isto anos a fio é não querer olhar para os verdadeiros problemas da equipa, dos dirigentes, dos clubes. No que ao futebol diz respeito, os três grandes são sempre mais favorecidos dos que os clubes mais modestos. Mas vende-se a ideia de que os árbitros têm culpa de tudo. Ideia que é potenciada com os 239592802384 programas semanais que passam a ideia de que aqueles que não ganham (independentemente da cor do clube) são sempre prejudicados.

Os programas, ou quem lá está, transmitem - na sua maioria - as ideias que alguém quer passar. E os adeptos - mais uma vez na sua maioria - agarram-se a essas ideias. Que defendem com unhas e dentes nas discussões com amigos. Chegando a perder a razão com atitudes menos simpáticas. E no meio deste efeito, potenciado pelos programas, poucos conseguem perceber os verdadeiros problemas dos clubes que não ganham.

9.5.17

ainda se morre por amor?

Volta e meia surgem notícias de pessoas de outra geração que morrem por amor. Pelo menos é a ideia que retenho. Refiro-me aquelas pessoas que estão juntas a vida inteira e que morrem com uma idade já avançada. Após a morte de uma das pessoas do casal, a outra acaba por morrer pouco tempo depois. Gosto de acreditar, apesar da tristeza da morte, que isto é morrer por amor.

Tal como gosto de acreditar que ainda se morre por amor. Algo que a maioria das pessoas não terá capacidade para perceber. E não percebem por um motivo muito simples. Porque desconhecem o que é amar. A maioria das pessoas julga que o amor se mede com a quantidade de relações sexuais. Ou pelo tamanho das mamas. Ou pelos abdominais definidos. Ou por alguns luxos adquiridos em lojas de acesso reservado.

E isto não é amor! Tal como não é amor não ter paciência para a pessoa que está ao nosso lado. Não ter paciência para ouvir os problemas dessa pessoa. Não querer fazer parte das soluções de tudo aquilo que está mal. Ficar apenas à espera que essa pessoa esteja disponível para nós quando nós precisamos dela. Isto também não é amor.

E enquanto as pessoas não perceberem o que é o amor, vão continuar a achar que não se morre por amor. Até ao momento em que percebem o que é amar. E aí tudo muda. Porque tudo passa a fazer sentido.

uma morte que deixa o país mais pobre

porque as mulheres são más

Na sequência deste post, chegou-me este vídeo. As mulheres são más! E continuo a defender que existem coisas que não devem ser partilhadas com a pessoa com quem estamos.

beber tequila faz bem

Não é novidade que sou fã de estudos. Tal como não é algo novo dizer que existem estudos para tudo e mais alguma. Até existem estudos diferentes em que um defende uma coisa e outro defende a oposta. Mas isso pouco interessa. Porque gosto de um estudo recente que acabei de descobrir. E este envolve tequila.

Parece que beber tequila ajuda a manter os ossos saudáveis pois substâncias presentes na planta agave-azul (da qual é feita a tequila) aumentam os níveis de cálcio e magnésio bem como dos minerais que ajudam a manter os ossos fortes. O estudo defende ainda que açúcares presentes na mesma planta podem ser utilizados no tratamento da osteoporose.

Uma coisa é a tequila fazer bem. Outra é consumir tequila como se não houvesse amanhã. Fica é a desculpa (como se fosse necessário) para beber ocasionalmente um shot na companhia dos amigos. Nem que seja com a desculpa de que faz bem aos ossos.