Vamos recuar até 2004. Nessa altura Portugal "inteiro" tinha uma bandeira ou um cachecol de Portugal na janela/varanda. E a culpa/mérito deste feito foi de Scolari. Na altura Portugal disputava o Euro 2004. E o sonho transformou-se em desilusão em poucas semanas. Ainda hoje recordamos as duas derrotas com a Grécia - uma a abrir a competição, outra a fechar - e dificilmente as iremos esquecer.
Mas 2004 não foi feito apenas de futebol. Também foi feito de música. E todas as pessoas andavam a cantar Yeah! e Burn, ambas de Usher. If I Ain't Got You, de Alicia Keys e This Love dos Maroon 5. E refiro estas músicas porque foram consideradas as melhores daquele ano. Mas mesmo no domínio da música, muito mais foi feito do que estas músicas.
Pode não parecer mas Mr. Brightside, dos The Killers, é de 2004. Ou seja, esta música tem 13 anos. Em tempos partilhei esta música nas redes sociais e disse que passados cem anos ainda seria faladas. Não sei se isso vai acontecer. Aquilo que sei é que este brilhante tema está nos tops desde a data de lançamento. Passados 13 anos, Mr. Brightside continua nos top (britânico). Nunca deixou de estar naquele top. Qual o motivo? Ninguém sabe ao certo. Mas é um feito extraordinário.
Ninguém sabe explicar o motivo da permanência no topo mas ligo isso à magia da música. Uma das coisas que não depende da velocidade alucinante da vida hoje em dia. A qualidade não está associada ao imediato. Não depende disso. E basta recordar alguns exemplos. Como foi o caso do lançamento do primeiro álbum dos Foo Fighters. Que foi arrasado pela crítica. Que mais tarde acabou rendida ao talento do grupo e do disco. Infelizmente nem tudo tem esta possibilidade. De não estar dependente do sucesso imediato. E isso tem a sua piada.
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