Maria Vieira (ou quem eventualmente escreve por ela nas suas redes sociais) é aquilo a que chamo de hater visível. Isto no sentido de que está constantemente a falar mal de pessoas e de situações. Com a diferença que dá a cara quando faz as suas críticas. A mais recente tem por alvo Salvador Sobral, uma espécie de Éder da música portuguesa. Ou seja, um herói nacional que tornou possível um conquista inédita.
Assumo que Salvador Sobral tem características que não aprecio. Mas diz muitas coisas com que concordo. Uma dela motivou o mais recente ataque de Maria Vieira. Tudo porque o cantor disse algo como "gostava de experimentar um atentado que não fosse noticiado" durante uma entrevista à RTP. A frase, mesmo retirada da entrevista, tem a sua lógica. Sem esquecer que o ideal seria que não existissem atentados. De resto, Salvador Sobral tem razão. Porque um dos factores que alimenta os terroristas é o tempo de antena que as suas "obras de arte" (aos seus olhos) conseguem ter.
Acho que qualquer pessoa percebe que um atentado seria completamente diferente com um impacto mediático bastante reduzido. Será que o fatídico 11 de Setembro teria o mesmo impacto caso as torres não tivesse caído em directo para todo o mundo? Tudo seria diferente. E agora ainda mais. Porque às notícias dos atentados juntam-se as imagens dos corpos mortos. Em alguns casos sem qualquer filtro. Isto tem um efeito duplo ou triplo. Por um lado, une as pessoas. Por outro, espalha o medo e alimenta o ego de terroristas que sonham acabar com a vida do maior número possível de infiéis para depois ser notícia em todo o mundo.
Não é por acaso que os terroristas gostam de ser identificados. Sabem que vão morrer. Mas certificam-se de que vão ser identificados. E tanto aplico esta teoria ao terrorismo como, numa escala menor, à época dos incêndios em que os canais mostram incêndios em directo durante largos minutos. Isto também alimenta os incendiários. Porque muitos deles têm prazer em ver o "seu" fogo na televisão. Uma das maneiras de amenizar isto passa por limitar o tipo de informação dada às pessoas.
Mas limitar a informação, principalmente nos dias que correm, é uma missão quase impossível. Porque há sempre quem dê a notícia de determinada forma. E depois todos dão. Numa corrida louca que todos querem ganhar e que ninguém quer perder. Isto aplica-se a todo o tipo de notícias, nas mais diversas áreas. Mas como em tudo na vida, são as piores notícias que mais mexem com as pessoas. São aquelas de maior impacto. E no que ao terrorismo isso também se aplica.
Acrescento, na minha insignificante opinião, que o DAESH reinvindica como seus todos os actos terrorista, quer sejam cometidos por lobos solitários, quer não, porque pretende mostrar a sua força e poder.
ResponderEliminarNão acredito que muitos actos fossem obra do DAESH.
:)
Também defendo essa teoria.
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