Nunca compreendo o caso Maddie. Sempre achei estranho os detalhes que marcaram aquela noite, a começar pelo facto de que os pais abandonaram os filhos para “ir para os copos”. Sempre achei estranha a postura dos pais, sobretudo da mãe da criança. Nunca percebi o motivo pelo qual sentiram necessidade de ter um advogado com ligações ao governo britânico e o dinheiro gasto pela Scotland Yard na investigação.
Tudo ficou mais confuso na minha cabeça quando soube que cães detectaram sangue no apartamento e num carro utilizado pelo casal já depois do desaparecimento da filha. Perante tudo isto existiu apenas um mau da fita. Um homem cuja vida nunca mais foi igual: Gonçalo Amaral, o inspector que sempre defendeu o envolvimento dos pais no desaparecimento da filha, mais especificamente na ocultação do cadáver. Gonçalo Amaral defende que a morte foi acidental e que a partir daí os pais tudo fizeram para esconder o corpo da filha.
Seja qual for a teoria que cada pessoa escolha acreditar, acho que ninguém pode acreditar, sem qualquer hesitação, que os pais não possam estar envolvidos nos acontecimentos daquela trágica noite. Dez anos depois do desaparecimento de Maddie é com espanto que ouço uma pessoa da Polícia Judiciária afirmar que todas as hipóteses estão em aberto excepto a possibilidade do envolvimento dos pais que não são suspeitos. Isto é no mínimo incrível e caricato.
Estava em Lagos na altura, e as pessoas com quem falavam na rua acreditavam que os pais eram culpados. Para mim são. Qualquer pai que deixa um filho sozinho em casa, para ir jantar com amigos, ir para discotecas, ou casinos, é culpado do que possa acontecer a essa criança. Mesmo, que não tenha sido ele a provocar a morte ou desaparecimento.
ResponderEliminarOuvi hoje que só a Scotland Yard já gastou mais de 15 milhões em investigação.
Dizem que não há contabilização dos gastos da Polícia Judiciaria, mas decerto foi mais do triplo do que alguma vez gastou com qualquer outro desaparecimento.
Um abraço
Os pais têm culpa. Isso é óbvio. Porque deixaram os filhos sozinhos. Basta comparar esse caso com o dos pais chineses para perceber as diferenças.
EliminarAbraço
É verdade que, de toda esta história rocambolesca, que subtraiu a vida de uma criança inocente, o maior prejuízo recai sobre Gonçalo Amaral, que tem a coragem e a firmeza de defender a sua teoria (bastante plausível, diga-se) até ao fim. Admiro-o muito por isso!
ResponderEliminarJulgo que todos nós, portugueses, com mais ou menos argumentos em relação às hipóteses que (ainda) vão sendo discutidas, tivemos sempre a opinião de que os pais são os principais suspeitos.
Pessoalmente, considero obscena a eterna subserviência do nosso país à Inglaterra, arreigadamente comprovada por factos históricos seculares e, uma vez mais, aqui latente de forma gritante e privada de qualquer pudor... Vergonha.
Existem fenómenos muito muito estranhos em tudo isto.
Eliminar