Volta e meia surgem notícias de pessoas de outra geração que morrem por amor. Pelo menos é a ideia que retenho. Refiro-me aquelas pessoas que estão juntas a vida inteira e que morrem com uma idade já avançada. Após a morte de uma das pessoas do casal, a outra acaba por morrer pouco tempo depois. Gosto de acreditar, apesar da tristeza da morte, que isto é morrer por amor.
Tal como gosto de acreditar que ainda se morre por amor. Algo que a maioria das pessoas não terá capacidade para perceber. E não percebem por um motivo muito simples. Porque desconhecem o que é amar. A maioria das pessoas julga que o amor se mede com a quantidade de relações sexuais. Ou pelo tamanho das mamas. Ou pelos abdominais definidos. Ou por alguns luxos adquiridos em lojas de acesso reservado.
E isto não é amor! Tal como não é amor não ter paciência para a pessoa que está ao nosso lado. Não ter paciência para ouvir os problemas dessa pessoa. Não querer fazer parte das soluções de tudo aquilo que está mal. Ficar apenas à espera que essa pessoa esteja disponível para nós quando nós precisamos dela. Isto também não é amor.
E enquanto as pessoas não perceberem o que é o amor, vão continuar a achar que não se morre por amor. Até ao momento em que percebem o que é amar. E aí tudo muda. Porque tudo passa a fazer sentido.
Nem mais.
ResponderEliminarAbraço
Obrigado!
EliminarAbraço
Já pude observar este fenómeno a acontecer.
ResponderEliminarE doeu tanto perceber que o tempo passa e se perde o que nos resta: a companhia do outro. As memórias podem ser penosas e há quem não aguente...
É algo "giro" e doloroso.
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