2.4.14

nem tudo é um ataque pessoal

Existem pessoas para quem uma crítica, que não é mais do que um conselho para melhorar algo, é sempre visto como um ataque pessoal. São pessoas que entendem que são as maiores vítimas. Não sei se essas pessoas acham que fazem tudo bem ou que sabem tudo. Mas sei que não aceitam críticas de ninguém sem que digam que não passa de uma embirração.

Vejo isto no ginásio. Onde diversas pessoas não aceitam uma crítica de um professor numa qualquer aula. “A tua postura está errada. É melhor fazeres assim” e “mete mais carga na bicicleta que estás muito solta a pedalar e isso faz-te mal à anca” são apenas dois exemplos de frases que provocam o caos em algumas pessoas. Que ficam com má cara e que começam automaticamente com um discurso do género “faço tudo mal. Só os outros é que são bons” e por aí fora.

Vejo isto nos diferentes trabalhos que já tive. Onde várias pessoas não aceitam ser corrigidas. Pessoas para quem uma crítica é sempre um ataque pessoal que pretende destruir por completo o seu trabalho. São as pessoas que acham que nada têm a aprender com ninguém. Quanto muito ensinam porque são os melhores no que fazem. Os outros, se tentam corrigir, são sempre mal intencionados.

É certo que existem ataques pessoais. Baseados nos mais diversos factores que vão da inveja à falta de talento e profissionalismo, passando por muitas outras variantes. Isto é um facto que ninguém pode negar. Agora, acho que qualquer pessoa que se dê ao trabalho de analisar aquilo que ouve, certamente conseguirá distinguir os comentários que têm por objectivo a destabilização daqueles que realmente pretendem melhorar aquilo que está a ser mal feito.

As pessoas que colocam todas as críticas no mesmo saco, etiquetado como “ataque pessoal”, mais cedo ou mais tarde vão deparar-se com a estagnação, porque todas as pessoas têm algo a aprender. Além disso, e igualmente mais cedo ou mais tarde, vão deixar de ter pessoas com vontade de corrigir o que quer que seja. “Esse(a) nunca aceita críticas, por isso já nem lhe digo nada”, é o que as outras pessoas vão dizer.

6 comentários:

  1. Eu sou conhecida por ser temperamental e ter feitio difícil. Talvez por não ouvir comer e calar e, por muitas vezes quando chega a hora de falar todos se calam e eu sou a voz que se ouve mais... Dito isto, algumas pessoas julgam que não aceito críticas, o que não considero verdade, uma vez que se for uma critica construtiva e que me dê oportunidade para experimentar fazer as coisas de outra forma para ver se realmente resulta, estou plenamente aberta a isso. O que me custa é ouvir as pessoas a quererem ser mandonas no meu trabalho, mas que não são elas que o fazem, e, nem sequer vão com ideia de criticar, na verdadeira acepção da palavra, mas sim de desmotivar, de destruir o que eu, ou alguns colegas meus, conseguimos obter. Sempre fui aberta a ensinamentos por quem sabe mais do que eu de um determinado oficio. Olha eu agora chegar aqui e dizer-te que para escreveres bem, como jornalista que és, devias utilizar um vocabulário "assim ou assado" só porque me apetece meter veneno? Outra coisa seria, tu dizeres-me, que na tua experiência como jornalista, se eu escrever desta maneira ou daquela obteria um texto mais coerente, por exemplo.

    (mais um dos meus testamentos.....) :)))

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    1. Por isso é que disse que é fácil perceber qual a intenção de quem nos critica :)

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  2. Assim de repente consigo lembrar-me de 2 ou 3 pessoas a quem não se pode apontar uma crítica que é logo um "ai jesus"...

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  3. Ai que essas pessoas irritam-me tanto tanto tanto! É tão, mas tão difícil lidar com elas. Então ter pessoas assim na família é horrível, temos de nos calar e fingir que eles têm razão, só para não causar problemas maiores. E o ambiente? fica tão mau...

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