o beijo é química

Este vídeo anda literalmente na boca de toda a gente. Vinte pessoas foram desafiadas a beijar estranhos. Gostei tanto desta experiência que analisei o vídeo de diversas maneiras. Ou seja, vi a primeira vez. Revi para analisar as posturas corporais. Ouvi o vídeo sem estar a ver a imagem. Resumindo, observei esta experiência de todas as formas de que me lembrei.

E aquilo que destaco é a rapariga de barrete que diz “vamos olhar uma para a outra por um segundo” antes de se beijarem. De resto, é um primeiro beijo a ser um primeiro beijo. São pessoas que nunca se viram mas acho que a reacção não seria muito diferente se fossem pessoas que se conhecem mas que nunca se beijaram e que nunca colocaram essa hipótese. Acho que o nervosismo e a insegurança seriam iguais. Quanto muito, seria mais embaraçoso se fosse com alguém que se conhece e com quem se tem uma história, independentemente do enredo da mesma.

De resto, neste vídeo, há pessoas que aparentemente sabem beijar. Há pessoas que, também aparentemente, não sabem. Há quem não saiba o que fazer às mãos durante um beijo. Há quem deteste o beijo. Há quem adore e queira mais. Há quem tente disfarçar, apesar de não conseguir, a insegurança do momento. Há quem goste do par que calhou. E há quem preferisse ter melhor sorte. Há quem queira que o beijo não acabe e existe que preferisse que nunca tivesse começado. Há quem queria ficar ali a sentir outros lábios e língua e há quem queira fugir a sete pés.

Referi que destacava a rapariga de barrete e a sua postura antes do beijo a uma estranha. Mas, aquilo que sobressai ainda mais é a química. Que é aquilo que realmente define um beijo e até o futuro das duas pessoas que se beijam pela primeira vez. Existe um casal onde a química é evidente. Por eles, e refiro-me ao rapaz de gorro e à rapariga de vestido, aquilo não acabava ali.

Os primeiros beijos são como os ovos kinder. A pessoa sabe o que vai levar à boca mas nunca sabe qual será o presente. No caso dos chocolates, a resposta está na embalagem amarela. No que aos beijos diz respeito, a resposta está na química. É ela que irá ditar o futuro das duas bocas que se tocaram pela primeira vez. Porque, se não houver química no beijo, o interesse entre as duas pessoas acabará por desaparecer.