Tive a oportunidade de conhecer Maria de Medeiros, com quem estive à conversa durante largos minutos. Quer dizer, já a conhecia. Aliás, acho que todos a conhecem pois faz parte da história de Hollywood. Primeiro, pela sua brilhante prestação na pele de Anaïs Nin, em Henry e June (1990) e quatro anos mais tarde, enquanto Fabienne, a namorada de Bruce Willis, em Pulp Fiction. Que é considerado um dos melhores filmes de sempre e aquele que mudou a história de Hollywood, no que à forma de escrever um guião diz respeito.
Estes são apenas dois marcos do brilhante percurso da multifacetada artista portuguesa, que ainda consegue ser excelente enquanto realizadora e também como cantora. Aquilo que fez e a sua carreira deixaram-me sem saber o que esperar da entrevista. Teria pela frente uma estrela? Ou uma pessoa simples, sem qualquer tique que desse a entender sentir-se superior ao jornalista que a entrevista. E bastaram poucos segundos para perceber do que Maria de Medeiros é feita.
Simplicidade no seu estado mais puro. Com Maria de Medeiros não há lugar a distâncias. Existe proximidade. Existe o “tu” em vez do frio e distante “você”. Existe magia em cada palavra. E algo misterioso no ar de menina envergonhada para quem a sua carreira aparentemente não é nada de extraordinário. Maria de Medeiros é uma estrela. Uma das maiores que Portugal já viu nascer. Uma mulher que brilha em Lisboa, em Paris e onde quer que esteja. Mas que não precisa de tiques ou de placas onde se lê, em letras garrafais, sou uma estrela. Até porque as verdadeiras estrelas não o são. Maria de Medeiros, sendo uma estrela acaba por não o ser numa perfeição rara. Depois, existe algo difícil de explicar que é a forma como Maria de Medeiros seduz a máquina fotográfica, fazendo com que aquele objecto fique indefeso perante o seu jogo de sedução. Um momento único que resulta em fotografias de rara beleza.
Dica
No início do próximo mês, Maria de Medeiros estará em Portugal para uma série de concertos, onde vai dar a conhecer Pássaros Eternos, o seu terceiro álbum. 4 Novembro no Centro Cultural de Belém, 5 na Casa da Música, 6 no Teatro Aveirense e 9 no Centro de Congressos das Caldas da Rainha. O álbum é fantástico e fica a dica para uma bela noite.
Gostei!
ResponderEliminarEu adorei conhecer. Foi uma surpresa muito boa.
EliminarConcordo: as verdadeiras estrelas não têm nariz empinado, são humildes e deixam-te à vontade, quase te esqueces que são estrelas, pela facilidade com que nos colocam à vontade.
ResponderEliminarÉ isso mesmo. Quem tem tiques de estrela nunca o é. Pelo menos à dimensão que julgam.
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