24.10.14

parece mentira mas é verdade

Gosto de passar os olhos pelos comentários deixados nos mais diversos sites da especialidade, onde várias pessoas explicam como foram as suas férias. Dizem o que correu bem (num número menor porque a maioria das pessoas só o faz quando é para falar mal) e/ou o que correu mal. Depois, recomendam ou alertam e afugentam os eventuais interessados. E aquilo que para muitas pessoas não passa de um comentário é, para muitas outras, um factor decisivo na escolha. Segundo sei, os comentários conseguem, em alguns casos, ser mais valorizados do que o valor a pagar.

As pessoas são livres de dizer aquilo que pensam. De partilhar algo que consideram errado. Mas, existe muito boa gente que deveria perder alguns segundos a pensar na crítica que será partilhada com o mundo. O jornal Telegraph deu-se ao trabalho de compilar um grupo de reclamações turísticas que são, no mínimo, caricatas. E que aqui partilho.

Um casal, que esteve de férias numa reserva em África, considerou inadequado ver um elefante excitado. De acordo com a reclamação, foi algo que estragou a lua-de-mel.

Uma mulher quis chamar a polícia porque foi impedida pelos funcionários de entrar num quarto de hotel. Na realidade confundiu uma placa onde se lia “não incomodar” com um aviso para não entrar.

“O topless devia ser proibido na praia. O meu marido queria relaxar e acabou distraído”, foi a reclamação de uma mulher.

“A sopa estava muito grossa e forte”, foi a reclamação de um turista na Austrália. Que já tinha sido avisado que estava a comer molho em vez de sopa.

“A praia tinha muita areia”, foi mais uma reclamação.

“Ninguém disse que a água tinha peixes. Os miúdos ficaram apavorados”, é mais uma.

Um casal de noivos reservou um quarto com camas individuais. Sendo um casal de noivos, foi-lhes dada uma suite com cama de casal. Ela acabou grávida e acusaram o hotel. Se tivessem ficado em camas separadas ela não engravidava, defendem.

“Adquirimos bilhetes para um parque aquático mas ninguém nos disse que era necessária roupa de banho e toalhas”, é mais uma reclamação.

“Tivemos de estar na fila, do lado de fora, e não havia ar condicionado”, é mais uma.

“Fui picado por um mosquito. Ninguém avisou que picavam”, também é uma reclamação real.

“Acho preguiçoso que fechem as lojas à tarde em Puerto Vallarta pois às vezes apetece-me comprar coisas durante a siesta, que devia ser banida”, é mais uma.

“Fiquei indignada na minha viagem a Goa, na Índia, pois quase todos os restaurantes serviam caril e detesto comida picante”, também consta na lista.

“A areia da praia não é igual à da brochura. Essa era mais branca e esta mais amarela”, queixou-se um turista.

“Disseram que a cozinha estava totalmente equipada mas não tinha um fatiador de ovos”, é outra reclamação.

“Fomos de férias para Espanha e tivemos problemas com os taxistas pois eram todos espanhóis”, foi a queixa.

“As estradas eram irregulares e esburacadas, o que impediu que se pudesse ler o guia turístico durante a viagem até ao resort. Por causa disto não soubemos de várias coisas que teriam tornado as férias mais divertidas”, é uma reclamação.

“O voo da Jamaica para Inglaterra demorou nove horas. Os norte-americanos só precisam de três. Isto é injusto”, foi o motivo da indignação.

“Comparámos o tamanho do nosso quarto, de uma cama, com o de uma família amiga, que tinha três camas e o nosso era significativamente mais pequeno”, foi a queixa.

“Na brochura dizia que não havia cabeleireiras no resort. Somos cabeleireiras e achamos que nos fizeram esperar mais tempo por causa disso”, é mais uma reclamação.

Parece mentira. Parece uma brincadeira. Mas são reclamações reais.

28 comentários:

  1. Só me sai uma coisa: Oh, God... Há pessoas muito cretinas... Não pensam que realmente podem prejudicar imenso várias pessoas que dependem do serviço criticado para pôr comida na mesa, por exemplo. É que mais do que referes, que um comentário pode ser decisivo numa decisão, pior do que isso é o número de sinais vermelhos que aparece, estatisticamente, associado ao hotel ou serviço em questao! Muita gente não se dá ao trabalho de ler os comentários e vai directa à classificação geral!

    Sim, porque acreditando um pouco no bom senso das pessoas em geral, quem lesse atentamente esses comentários, teria certamente uma opinião diferente do hotel ou serviço. Sobretudo se lesse aquele comentário da areia em demasia.. Oh God...

    LOL

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    1. Existem por aqui verdadeiras pérolas ;) Praia com muita areia. Também eu ficava indignado ;)

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  2. Se fosse na rubrica "verdade ou mito" ou diria que isto era um mito!! Tenho dificuldade em aceitar que existe gente assim ao cimo da Terra...

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  3. O que eu adorava comentar cada uma, mas ficaria muito longo...
    Mas à 1ª não resisto mesmo, a lua-de-mel estragada?!?... só vejo um motivo, por comparação!

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    1. Acho que algumas pessoas tentam tudo para ter um reembolso e férias de borla.

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  4. Estás sempre a postar coitado do teu patrão, não deves bulir pivea...e depois queixam-se do desemprego!!!

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    1. Tendo em conta que o teu comentário foi feito em hora laboral, será que bules pivea? ;)

      Mas obrigado pela preocupação com a minha vida, carreira e agenda.

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  5. Olá :)
    Eu faço uma grande trabalho de pesquisa antes de escolher um destino, um hotel, etc. Costumo ler os comentários. É inegável o valor da experiência de outros, mas há que saber "lê-los". Estes exemplos são de pessoas acéfalas. só servem para rir. Mas quando ando à procura de alojamento, entre 30 comentários, 10 queixam-se, por exemplo, da limpeza do estabelecimento, confesso que é coisa para me dissuadir.

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    1. Num hotel pediram-me para fazer um comentário porque disseram que é muito importante para eles. Estas reclamações são apenas o espelho da forma como as pessoas lidam com as coisas sem pensar em nada.

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  6. Todas elas são surreais, mais eu gosto particularmente desta “A areia da praia não é igual à da brochura. Essa era mais branca e esta mais amarela”!!
    Eu continue a achar que isto é tudo uma anedota e que vem alguém dizer, "it's a joke!!"

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    1. Eu acredito que muitas pessoas recorrem a tudo para tentar ter umas férias de borla.

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  7. Como é possível. Tristes realidades

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  8. Tocas-te um ponto muito sensível. Os comentários negativos têm o poder que têm. Imagina agora a repercussão que pode ter um post que critique um bem ou serviço, escrito por um blogger mediático. O efeito é de arrastão. E quem posta sabe do poder que tem. E quer arrasar, nem que seja para aplacar a sua ira ou insatisfação momentânea. O mais grave é que, normalmente, só ficamos a conhecer uma versão: a dada pelo autor do post. Os visados até podem desconhecer que o são. Penso que os posts desta natureza têm que ser muito, mas muito, reflectidos antes de serem publicados, privilegiando-se as reclamações nos locais próprios.

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    1. Não te tiro razão mas em relação a isso só posso falar por mim e pelo meu blogue, que não incluo no grupo mediático de que falas. Não sei se costumas acompanhar o blogue mas se por acaso o lês há algum tempo, percebes que quando reclamo em relação a um serviço ou atendimento, tenho o cuidado de não mencionar nomes. Só o fiz num jantar, que correu pessimamente e achei que fui tratado de uma forma que nenhum cliente deve ser tratado e achei por bem deixar o alerta para que ninguém passe pelo mesmo do que eu. De resto, tive uma situação relacionada com uns ténis, por exemplo, fiz a reclamação na loja e no blogue nunca mencionei o nome da loja porque pertence a uma cadeia e não misturo pessoas com lojas ou marcas.

      Pessoalmente, prefiro, para o mal, não mencionar nomes. Excepto em casos graves. E não tenho problema nenhum em elogiar quando tudo corre bem, algo que muitas pessoas esquecem. Tendem a falar apenas do que está mal.

      Neste caso específico, são reclamações reais que foram deixadas em vários sítios do mundo e que foram compiladas num artigo de um jornal. Além disso não existe uma única referência a um hotel.

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    2. Na maior parte das vezes, acho que é esse o caminho: não mencionar nomes, até porque quando o produto não tem qualidade ou o serviço é mau, mais cedo ou mais tarde, morre por si!

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    3. Eu tenho esse cuidado, até porque não misturo coisas.

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  9. Criticam por criticar e já li algumas bem parvas, também.
    É mais fácil dizer mal.

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  10. Eu já conhecia é, tanto na altura, como agora, fartei-me de rir.
    Só me fazem lembrar aquelas histórias, também verídicas, da malta que nos EUA processam por tudo e por nada... tipo sequei o gato no microondas porque não dizia que não se podia, quero indemnização.
    Apetece perguntar: e usar a cabeça e pensar um bocadinho... não? Será que não dá para processar alguém por não pensar?

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    1. No outro dia li que processaram a Red Bull porque não ficaram com asas. As pessoas aproveitam-se de todas as lacunas legais para ganhar dinheiro.

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  11. Qualquer comentário a estes comentários tenderá a ser sectário ou por aí. Hoje em dia toda a gente tem a possibilidade de viajar - o que é bom - mas muitas das pessoas nem percebem muito bem para onde vão nem a realidade em que vivem. Para pessoas "mais simples", é mais fácil reclamar do que tentar entender o mundo que as rodeia... e depois há essa coisa de podermos "postar" opiniões em todo o lado, o que também não ajuda.

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    1. Aquilo que dizes está bem patente no comentário feito na Índia. É claramente de uma pessoa que não sabia para onde ia e não se deu ao trabalho de entender onde estava.

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  12. "Um casal de noivos reservou um quarto com camas individuais. Sendo um casal de noivos, foi-lhes dada uma suite com cama de casal. Ela acabou grávida e acusaram o hotel. Se tivessem ficado em camas separadas ela não engravidava, defendem." --> whaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaat? o.O

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  13. A praia tinha muita areia???? Morri.... ahahahahah

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