somos quem menos nota

Iniciei o meu plano de reeducação alimentar no final de Fevereiro. Estabeleci um objectivo ambicioso mas que considero adequado para mim e meti na cabeça que iria ser bem sucedido. Este “meter na cabeça” não significa que fosse fazer o possível e impossível para alcançar a meta que tanto desejo o mais depressa possível. Quer apenas dizer que o empenho era (e continuará a ser) total.

Neste empenho não entra pesar-me todos os dias. Em primeiro lugar, porque não sou nem quero ser escravo da balança. E também porque dispenso a ansiedade desnecessária de saber o que mudou de um dia para o outro. Ou mesmo de dois em dois dias. Peso-me ocasionalmente e isso basta-me. Evito também olhar para o espelho com frequência, à procura de mudanças no corpo. Até porque essas, vão sendo sentidas no roupa que visto.

Também não passei a treinar que nem um louco nem passo o dia no ginásio. Desde que iniciei o CrossFit até tenho treinos mais curtos que raramente excedem os trinta minutos. São muito mais intensos (por exemplo, ontem fiz 100 elevações, 150 flexões, 200 abdominais e 250 agachamentos em cerca de 30 minutos com um intervalo de três minutos entre cada uma das cinco séries) mas não me ocupam muito tempo. Resumindo, a grande mudança foi aprender a comer e sem loucuras levadas ao extremo. 

Quem se submete a um plano de reeducação alimentar é quem mais demora a notar as diferenças físicas. Tal como quem está consigo todos os dias. No meu caso, poucas são as pessoas que estão comigo diariamente que me dizem que estou mais magro. Por sua vez, quem me vê ocasionalmente, é das primeiras coisas que destaca. 

Ontem, a pessoa que me treina, disse-me que o meu corpo tinha mudado muito ao longo deste tempo (menos de três meses). Como tal, hoje tirei esta fotografia para perceber as mudanças de que falava. E não vou mentir. Senti orgulho ao perceber que o meu empenho e entrega foram recompensados. Senti que vale a pena lutar pelo que queremos. E que tudo é possível, mesmo que algumas pessoas duvidem de nós.