Existem pessoas que acreditam ser possível descobrir os verdadeiros amigos e quem verdadeiramente gosta de si quando estão na mó de cima. Naqueles momentos de euforia que naturalmente tendem a atrair mais pessoas. São aqueles que contabilizam o número de amigos pela quantidade de palmadinhas nas costas que recebem nesses momentos em que tudo está bem. Em que ninguém tem motivos para se afastar de nós pelo facto de que tudo está bem.
Nunca acreditei nisto. Ao longo dos tempos tenho descoberto as pessoas que realmente são importantes para mim nos maus momentos. Quando tudo corre mal e mesmo assim fazem questão de estar ao meu lado, independentemente de terem algo ou não para me dizer. Ficam ali e nada pedem em troca. Apoiam quando seria mais fácil afastarem-se e esperarem que o mau momento tivesse um fim.
No dia em que a minha mãe me contou aquilo que se passava, tinha a minha mulher comigo. Que ouviu tudo aquilo que ouvi. E que se desfez em lágrimas à frente da minha mãe. Coisa que eu me esforcei para não fazer. Quando chegámos ao elevador, voltou a chorar. Tal como eu, que já não precisei de me fazer de forte como quando estava em frente à minha mãe. Quando chegámos a casa eu nada dizia. Tinha a cabeça a mil e não conseguia verbalizar um único pensamento. A minha mulher olhou para mim, desatou a chorar e fez questão de me dizer que estava ali para mim, para tudo aquilo de que precisasse.
Ao longo dos dias que se seguiram, a minha mulher foi o meu grande apoio. Foi ela quem mais lidou com o meu turbilhão de sentimentos. Perdi a conta ao número de mensagens que me enviou enquanto estava no hospital com a minha mãe. “Então?”, e mais outros tantos, sempre a querer saber o veredicto. Até que lhe liguei a contar as notícias, que felizmente eram animadoras. E senti nela um alívio tão grande como aquele que também eu estava a sentir.
Numa perspectiva fria e estúpida podia dizer que não fez mais do que a sua obrigação. Namora comigo há quase onze anos, vive comigo e dá-se bem com os meus pais. Como tal, não fez mais do que cumprir o seu papel de mulher. Mas, estúpido seria eu se pensasse assim. Porque nas relações não existem obrigações nem papéis que se representam. Se existem, é porque algo está mal no casal. Se um apoia o outro apenas porque é o seu papel, é porque não existem motivos para que continuem juntos. É porque provavelmente nem se amam. É porque a relação não é mais do que uma rotina igual à de tantos empregos.
Mas não é isso que sinto. Por isso, assim que as coisas acalmaram e assim que tive cinco minutos para acertar os pensamentos fiz questão de lhe agradecer por tudo. E também não o fiz porque é minha obrigação agradecer o seu apoio. Agradeci porque seria muito mais complicado lidar com tudo sem o seu apoio. E sem o seu amor. E fiz também questão de lhe dizer que é em momentos como este que vivemos que tenho a certeza de que não podia fazer uma melhor escolha. Falei do brilho dos seus olhos e também do seu sorriso único. Mas referi que eram nestes momentos maus em que questionamos tudo na vida que verdadeiramente percebo o quanto a amo. Obrigado por tudo!
Lindo! :,)
ResponderEliminarObrigado ;)
EliminarÉ nessas alturas que sabemos quem são as pessoas que queremos que fiquem por perto ao nosso lado! Fico feliz por teres essa pessoa!
ResponderEliminarAbraço
Nos momentos maus, em que muitos querem fugir, é que sabemos com quem podemos contar.
EliminarAbraço
Concordo é nos maus momentos que se "revelam " os verdadeiros amigos ( que se contam pelos dedos de uma só mão..) "aqueles que ficam num tempo que passa".
ResponderEliminarBonita publicação e agradecimento HSB. O verdadeiro amor está numa amizade assim! :)
Penso como tu :)
EliminarO que importa é que está tudo bem, e de certeza que o que contas não foi novidade para ti. Quando há amor a preocupação dificilmente fica ausente. Sim, os amigos também se amam. :)
ResponderEliminarPS: Detesto palmadinhas nas costas, nem permito o gesto, quanto mais o toque!
Andas a viciar-me no "PS".
Eu desconfio sempre das palmadinhas nas costas nos momentos bons. Trazem água no bico.
EliminarPS - Não faz mal :)
Sem dúvida!
ResponderEliminarTens aí uma Mulher à maneira! ;)
E sim, também acho que é nas horas más que vemos quem realmente gosta de nós! E para esses estará sempre reservado lugar nos horas de imensa alegria! :)
Tenho que ir dar um beijinho ao meu homem, acho que não lhe agradeço que chegue... Dá-me sempre colinho para eu chorar e chama nomes a quem me faz "mal"... :)
Quando me deparo com certas situações também tenho essa reacção, de agradecer a quem devo agradecer :)
EliminarParabéns pela mulher que está do/ao teu lado.
ResponderEliminarBeijinho
Obrigado :)
Eliminarbeijos
Lindo o vosso Amor! Beijinhos aos 2!
ResponderEliminarMuito obrigado!
Eliminarbeijos
Parabéns por isso! Muito bonito!
ResponderEliminarForça!
Obrigado pelo apoio!
EliminarÉ nos maus momentos que sabemos quem "lá" está.
ResponderEliminarQuanto mais escreves e te descreves, mais te admiro. A ti e aos bocadinhos que da tua menina deixas que aqui transpareçam...Parabéns aos dois por se terem, a vida assim é muito mais bela.
Jinhooooosssss Bruninho e Companheira:)
De certeza que sentes estas palavras de forma especial e sei que podiam ter sido escritas por ti :)
Eliminarbeijos e obrigado pelo apoio
Não tens que agradecer. E sei que não precisavas sequer que o dissesse. Porque tu sabias e sabes. Não sabia o que dizer, mas tinha de dizer alguma coisa.
ResponderEliminar"Estou aqui para ti..." Sempre!
Amo.te.nos muito
Todos os agradecimentos que te faça vão sempre ser injustos e curtos.
EliminarAMO.TE´NOS Muito
É nos maus momentos que vemos quem está ao nosso lado.
ResponderEliminarAinda bem que tens ao teu lado esse apoio incondicional :)
Felicidades para ambos!
É isso mesmo!
EliminarAbraço e obrigado