Este é um dos textos mais complicados que me chegaram. Em primeiro lugar, pela situação em si. Depois, por ser de alguém especial, as palavras e atitudes mostram que o é, que me acompanha há muito tempo e a quem me atrevo a chamar de amiga, esperando que não leve a mal. O que está escrito neste texto é partilhado por mim e já tive oportunidade de escrever sobre o tema. Existem pessoas cuja sensibilidade em torno da gravidez dos outros é completamente nula. Acredito que não seja por mal, mas muitas pessoas não colocam a hipótese de que simplesmente existem casais que tentam muito ter um filho mas que, infelizmente, não conseguem. E, quando as pessoas até ponderam sobre essa hipótese, nunca têm coragem para falar dela. Optam sempre por outros caminhos. E a ausência de sensibilidade faz com que não percebam a dor que pode provocar uma simples e aparente divertida frase como “vais ficar para tia/tio” ou passar dias a perguntar por filhos. Quero agradecer a quem me enviou este texto, e que me pediu anonimato, pela coragem para dizer tantas coisas certeiras que muitas pessoas pensam mas que poucas têm coragem de dizer.
“Tu não és mãe, não sabes!
Desta forma exteriorizo aquilo que não posso com muitas (ou todas) as pessoas que conheço. Desta forma exponho os meus sentimentos, os mais crus e sinceros. O grito, a dor, o desabafo:
NÃO SOU PORQUE NÃO CONSIGO!
Todas adoram falar-me das experiências da maternidade, muitos adoram confrontar-me com o facto de ainda não existirem na minha vida, poucos (para não dizer nenhuns) são capazes de abrir um pouco mais os olhos e tentar compreender o que se pode passar do lado de cá.
Uma mãe que pressiona, uma sogra (na verdadeira aceção da palavra) que menciona (demasiadas vezes, para ser simpática) o assunto, amigos que se mostram um pouco insensíveis.
Quero, QUERO MUITO! Se calhar é melhor não, não fui talhada para isto! Não, não quero, se calhar nem mereço… um ciclo de pensamentos que se vai repetindo ao longo do tempo e que oscila entre a expetativa, a esperança e a defesa causada pela desilusão, mês após mês, ano após ano…
Às vezes até me engano, digo que não penso nisso… digo que a prioridade é o trabalho, gozar a vida, aproveitar enquanto não os tenho… tudo mentiras! Tudo camuflagens do sofrimento que não quero que os outros vejam.
Alturas há em que não compreendo esta sorte madrasta, em que me sinto sob um desígnio maldito qualquer. Sei que muitos passam por isto, mas quando olho para trás e vejo o tempo que já passou sou egoísta porque me sinto incompleta.
Quero tanto aquele amor incondicional. Quero tanto abraçar, mimar, encher de beijos alguém meu, de mim. Quero aquela preferência que os bebés têm sempre pela mãe em preferência de qualquer outra pessoa. Quero passar noites em claro e estar sempre a prestar atenção às asneiras. Quero sorrisos e quero preocupações. Quero saber! Quero ser mãe!”
É este o verdadeiro socorro. Um beijinho enorme para a tua amiga. <3
ResponderEliminarÉ mesmo o verdadeiro socorro. Obrigado pelo apoio <3
EliminarUm texto excelente. Que só quem passa pelo "Quero saber! Quero ser mãe!" pode entender na totalidade. Como mãe que sou, provavelmente iria lê-lo com compaixão. Provavelmente ainda hoje acabaria por esquecê-lo. Mas a verdade é que este texto remeteu-me para uma fase da minha vida, muito bem explanada neste texto. É um tema que mexe muito comigo...
ResponderEliminarNão conheço a pessoa que escreveu o texto, nem lhe sei o nome, mas conheço o sentimento...(não perca a esperança).
Beijo aos dois.
O apoio que aqui estão a deixar vai ter um impacto muito forte na pessoa. Tenho a certeza disso. E sei que o futuro será risonho.
Eliminarbeijos
meu deus..como compreendo esta mãe na vontade de ser mãe. a diferença é que tive uma sorte imensa de engravidar à primeira e ter gémeos.
ResponderEliminarSorte sim, benção até. antes de engravidar sempre pensei que nunca me sentiria completa se um dia não fosse mãe. vi algumas mulheres a terem dificuldades em engravidar e sempre tive medo que o mesmo me acontecesse. felizmente tudo correu bem e fui mãe quando quis. Sei que o mesmo não acontece a toda a gente e compreendo o desespero desta "mãe". chamo mãe porque acho que é algo que nasce connosco. sempre senti que queria ser mãe e esta mulher sente o mesmo. ela é mãe, sente falta de um filho que ainda não nasceu.
espero que a vida mude e que consiga o seu tão desejado filho, seja por gravidez própria, alheia, ou adopção. Boa sorte e espero que nunca futuro proximo alguém pequenino a venha a chamar mãe.
Há muitas pessoas que não imaginam as dificuldades de certos casais e até os problemas que isso pode causar. Por outro lado, existem muitas pessoas que pensam que para engravidar basta dizer é agora, e que acontece logo à primeira. Isto faz com que se perca a sensibilidade em relação ao tema.
EliminarAi que me doi tanto ler estas coisas! Por vários motivos: Primeiro porque tenho noção de ter sido abençoada e de cada vez que pedi um filho Deus enviou-mo à primeira. Ainda por cima nasceram saud´veis e lindas (saem as duas ao pai graças a Deus!). Não saberei nunca dar valor a tamanha dor! E por isso estas mães e pais que esperam pelo dia em que poderão verbalizar o que o seu coração já transborda pelos seus filhos têm para mim um valor que não cabe em palavras.
ResponderEliminarNão concebo gente má que sente prazer em cotucar uma ferida aberta em sangue e que ainda se rir por ver um coração sangrar...
À autora destas palavras, a todas e a todos que esperam pelo momento de sentir um filho nos braços só posso dizer que desistir não existe, existe acreditar...eu (há bué, bué de tempo lá atrás quando ainda não havia nada do que há hoje para tentar)...eu nasci depois vários tratamentos e depois da minha mãe ter desistido de mim...quando já ninguém acreditava...só para vos dizer que sim, é possível. Jinhooooooosssss
As pessoas não precisam de dizer que sentem a dor ou algo do género. Precisam é de perceber, de uma vez por todas, que estar sempre a pedir bebés e a fazer piadas pode ser algo que deixa uma marca brutal numa mulher ou homem que não está a conseguir ter o filho que tanto desejam.
EliminarE sim, tens razão. Desistir nunca é uma opção. Tal como deixar de acreditar.
beijos
Olá. Vim ter aqui através da Suricate que me indicou este post. Realmente é exactamente isto que sinto, e agradeço à pessoa que o escreveu porque soube descrever na íntegra o que é esperar por um filho que teima em não chegar. Dói muito, chega a um ponto em que quando vemos bebés na rua já nem olhamos porque senão é lágrima a cair na certa, e depois é o marido a perguntar "o que tens?". São dores mais sentidas pelas mulheres, que ninguém compreende, a não ser que (infelizmente) esteja a passar por isso. São meses de meses de espera, são exames que não demonstram nenhum problema, é o médico a dizer que "vá tentando" e são os anos a passar e eu a lembrar-me que já estou nos trintas.
ResponderEliminarAcabamos por nos afastar dos amigos, para não ter que dar satisfações. Acabamos por dar desculpas, dizer que estamos doentes, que ainda não juntámos dinheiro, tudo para que ninguém que na verdade não estamos a conseguir, e isso é uma dor só nossa que não queremos compartilhar com mais ninguém. E temos esse direito.
Por isso deixo um apelo a todas as pessoas que após um casamento se lembram de fazer perguntas alusivas ao tema: deixem os casais em paz, tratem da vossa vida.
Aquilo que consta no texto e também no teu comentário são coisas que muitas pessoas pensam e que poucas dizem. Quantas vezes dá vontade de dizer: "e se fosses à merda?" quando alguém pergunta todos os dias para quando um bebé? Acredito que as pessoas não o façam por mal mas têm de perceber o que está por trás de uma aparente brincadeira.
EliminarEu não sei se as mulheres não farão por mal... Perguntarem uma vez ainda pode ser curiosidade, mas vendo que a gravidez não chega, e continuar a perguntar como que a pedir satisfações...
EliminarCheguei a um ponto em que já respondo mal. Inicialmente o meu marido dizia-me sempre que ninguém tem culpa de não conseguirmos, e eu calava-me, mas aquilo ia criando um nó na minha garganta. Não mando as pessoas à merda, mas penso-o e traduzo-o por palavras como "isso é um assunto pessoal" ou "não está á espera que lhe diga quando vou fazer um filho, pois não?". Não gostam mas a minha avó ensinou-me que "quem diz o que não deve, ouve o que não quer".
Tens toda a razão. Não altero nada ao que dizes.
EliminarPorque as coisas mesmo difíceis, que custam e quase arrancam um pouco de nós, raramente são compreendidas pelos outros...
ResponderEliminarÀs vezes parece que um "então e um bebé" é o mesmo que "tudo bem? como estás?"
EliminarMais uma vez as tuas palavras acertam na muche e outras deixam-me sem jeito. Pela tua compreensão soube que eras a pessoa certa para partilhar estes sentimentos. E só posso sentir orgulho por me considerares amiga. :)
ResponderEliminarQuanto aos comentários que já tive oportunidade de ler: obrigada! Este quentinho no coração é muito mais do que poderia alguma vez pedir. Abriram as comportas, lágrimas correram, mas simultaneamente um sorriso... compreendem-me! :)
Beijinhos e obrigada, obrigada mesmo!
Eu é que te agradeço um dos momentos mais emotivos que passaram pelo blogue e um dos emails mais sentidos que li.
EliminarForça!
beijos :)
Bom dia
EliminarNão sou mãe por opção mas compreendo o que sentes ... a mim só me sabem perguntar se não gosto de crianças? Gosto muito das minhas sobrinhas e dos filhos das minhas amigas mas nunca quis ser mãe!
Não desistas do teu SONHO :)
Força
É uma opção que tem de ser respeitada.
EliminarObrigado :)
Pois, parece que me estou a ver neste texto! Sim, somos mães!! Interiorizamos, a partir do momento que queremos ser! Sim, somos mães! Só que não temos a quem dar esses mimos de mãe!
ResponderEliminarE quando me dizem:" Se soubesse que o meu filho ia ser assim tão irrequieto e que dava tanto
trabalho, nunca era mãe! "
É cruel sentir falta de alguém que nunca tivemos, nem sabemos se vamos ter!
A partir do momento que queres e não consegues começas a ver tudo com uma perspectiva diferente.
Eliminar
ResponderEliminarMuitas vezes as pessoas não têm consciência do quão fortes e duras podem ser determinadas palavras. "Então, para quando um bebé?Já está na hora!" Parece uma frase inofensiva, mas para quem tenta e não consegue é como se nos tirassem o chão.
ResponderEliminarPodemos conseguir engravidar e não correr bem (e muita gente se esquece da dor e dos processos psicológicos dolorosos a que as pessoas são submetidas), podemos criar tanta ansiedade e expectativa em nós e no nosso parceiro, que acabamos por nos desiludir mês após mês....
Há tantos factores que podem contribuir para isso, que um dia, quem sabe um dia, o ser humano vai começar a ter consciência das palavras, das atitudes e do facto de a vida não ser igual para todos. É uma situação muito complicada e delicada! Mas enquanto há vida.. há esperança! Muita força para a tua amiga!
P.S.- Conheço casos de pessoas que não conseguem engravidar e têm de recorrer a tratamentos, que são um balúrdio... uma vergonha de dinheiro! É duro e triste teres de ter milhares de euros para conseguires realizar o sonho da tua vida!!!!
Beijinhos
Perfeito. Podia ser uma continuação do texto.
Eliminarbeijos
Um texto magnífico que entendo tão mas tão bem...entendo também o anonimato...mas a minha experiência até ser mãe (fui pela primeira vez mãe aos 44 e a segunda aos 46),quem sabe pode ajudar...o meu mail é proximacurva@hotmail.com, teria todo o gosto em ver por lá quem escreveu assim...passa o recado amigo:))?
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Obrigado pelo apoio. A pessoa está aqui e a ver-te. Sei que saberá que, caso o entenda, poderá enviar-te um email.
EliminarMuito obrigado
beijos
Obrigada Maria pela Luz que fizes te agora brilhar nos meus olhos.
EliminarSer mãe aos 44 e 46 ! Que mulher de coragem, parabéns .
Contrariando todos os medos que metem ás mulheres destas idades.
Aqui está o exemplo.
Grande beijinho para ti e para quem escreveu esta carta de dor de não ser Mãe, como a entendo!
Queria deixar a dica de experimentar a acupuntura do Pedro Choy, tem havido bons resultados . Quem sabe Deus vai dar uma ajudinha!
Interiorize e e vai ver que acontece.
Depois quero ser Madrinha!
Xis para vocês e um especial para o nosso Bruninho.
Maria
Muito obrigado :)
Eliminarbeijos
Olá, gostava só de deixar uma palavra de esperança e de fé à tua amiga e a todos os casais que passam por este drama. Tive a bênção de não saber o que é esta dor. Mas talvez porque acompanhei muito, mas muito perto este drama de anos e anos, de exames de tratamentos, por aí fora, sempre tive a sensibilidade de não fazer este tipo de comentários a ninguém, e sempre me irritaram quando fui alvo deles ( quase 5 anos após casamento sem filhos, por opção). Ora bolas, que têm os outros a ver com o lado mais íntimo das nossas vidas?
ResponderEliminarDesejo força, fé, esperança, o caso que melhor conheço, deu 2 frutos maravilhosos, quando já parecia terem-se esgotado todas as hipóteses!
Beijinhos
Muito obrigado pelo apoio. E pode ser que as pessoas comecem a perceber que existem temas sobre os quais não devem falar da forma como falam.
Eliminarbeijos
Passo pelo mesmo, podia ter sido eu a escrever este texto... Vivi de perto os vários tratamentos frustrados de uma amiga ao mesmo tempo que tinha outras que "sem contar" engravidaram logo. Destas tive inveja e chorei quando soube que ia ser tia. Senti-me mal pela inveja que senti, mas não consegui controlar. Amo os meus sobrinhos, às vezes parece que são meus tal é o amor que nos une... mas não são meus, têm pai e mãe.
ResponderEliminarHá pessoas que continuam a perguntar quando é que vamos ter bebé, mas torna-se pior quando alguma família, a mais atenta, já não fala no assunto, mesmo sabendo que sou a única e não sendo a mais nova, que não tem filhos. É um assunto de que já não se fala.
Às vezes também acho que se calhar não nascemos todos para o mesmo, mas sempre que há um teste de gravidez negativo parece que o chão desaparece.
Somos mais nesta situação do que se imagina.
O pior é que começas a pensar que o problema és tu e que há algo de errado no mundo contra ti. Isso arrasta-se para todas as áreas da tua vida e pode levar a problemas maiores. O mau é mesmo isso. Eu sei que é um número grande de pessoas. Mas poucas têm coragem de abordar o tema.
EliminarBruno, este é um post muito delicado.
ResponderEliminarO que posso desejar a esta "mãe" é esperança.
Nem sei mais que dizer, fico tão sem jeito (se não nasvcem crianças em Portugal, se há mulheres que querem ter filho, o estado devia proporcionar tratamentos GRATUITOS a estas mulheres.
Um beijinho para esta mulher e força.
Para ti, Bruno, um abraço.
O pior é que os tratamento são muito caros e nem toda a gente tem dinheiro para os mesmos. O que é mau.
EliminarBeijos
Este texto é um grito de dor numa situação limite. Fala em camuflagem desse grito. Como pode o outro saber desse grito de dor se tu o escondes?
ResponderEliminarFizeste-te ouvir e soube-te bem, continua.
Lembra-te uma voz calada não se ouve!
Eu não censuro este grito mudo. Porque, se fosse audível iria ser incompreendido por um grande número de pessoas que provavelmente atacavam a pessoa.
EliminarAqui falei apenas porque tive o privilégio do anonimato, assim como a sorte de poder confiar no Bruno. Como deverá compreender a principal pessoa a quem poderia dizer isto seria o “pai” que perante a situação atual está tão triste como eu e por isso nunca iria colocar este peso adicional em cima dos seus ombros. Talvez até esteja errada, mas não consigo sobrecarregar com a minha tristeza a pessoa que mais amo. Quanto aos amigos, como referi no texto, a insensibilidade e a ligeireza de que me apercebo por vezes fere-me e por isso opto por não falar. Até ao dia de hoje o Bruno foi a única pessoa que me disse: “Acredito em ti!” e "Força" e não imagina o impacto que teve estas 4 simples palavras que nunca antes me tinham dito. Por isso mantenho a minha postura, com o simples facto de me sentir mais aliviada, pelo facto de ter desabafado. E com uma nova energia pelas palavras de alguém que considero amigo.
EliminarPercebo-te na perfeição e fico feliz por teres sentido confiança em mim. Obrigado!
EliminarCerto, mas ainda ontem o escreveste, só entra em minha casa quem eu quero!
ResponderEliminarE na partilha da dor o fardo fica bem mais leve, porque sem o conhecimento em causa todos somos ignorantes.
Bom fim de semana.
Percebo e concordo com o teu ponto de vista. Mas, e neste caso existe um mas, este tema é muito mas muito sensível.
Eliminarboa semana
Não posso passar sem deixar o meu desejo de que esta "mae" realize o seu sonho, nem tao pouco deixar de dizer que sei extamente ao que se refere. Na verdade, so senti essa dor e essa infelicidade sete anos apos o nascimento do meu filho. Filho, desejado e fruto de uma amor de juventude. Tudo havia corrido muito bem na gravidez, no parto e no crescimento do meu bebe. O desejo de um outro filho era crescente e todos me cobravam esse segundo filho, ja que pais filhos unicos nao podiam ser egoistas ao ponto de quererem um filho unico. Este era um dos magnificos comentarios que ouvi. Seguiram-se meses e meses de tenativas, de dores horriveis, de descoberta de uma doença que inviabilizava a realizacao do meu sonho de ter dois ou tres filhos. Decobrir a infetilidade aos 31 anos foi um dos momento mais duros da minha vida. A dor, a sensaçao de fracasso, o ter que me justificar a amigos e familiares e sobrtudo o ter que perceber o porque de tao grande castigo. Nao teria desistido se nao tivesse ja um filho que me preenche e alegra os dias mais cinzentos, pois mesmo correndo risco de vida teria continuado. Nao desista e de a importancia a esses comentarios que os mesmos tem. ZERO. E o melhor a fazer, acredite. Força e continue a acreditar pois será sem dúvida uma excelente mãe.
ResponderEliminarMuito mas muito obrigado pelo teu testemunho.
EliminarNunca fui daquelas mulheres que o sonho era ser mãe. Que crescem a pensar em serem mães. Que o relógio biológico, ou raio que é, dá sinal. Nunca pensei muito nisso... Até me terem dito que não podia ser mãe...
ResponderEliminarTudo muda quando nos dizem não podes. Por mais que seja algo a que não ligamos.
EliminarTanta coisa que me ocorre escrever agora!
ResponderEliminarA primeira é propor que haja um "Agora escrevo eu" escrito pela mesma pessoa (se ela aceitar e o escrever, obviamente!) depois de ser mãe! Em 2015 ou quando for!
Outra coisa, que espero não venha a ser mal interpretada, mas que testemunhei em tantos casais que não posso deixar de partilhar. Esses casais não passaram todos pelo mesmo percurso, mas têm em comum o terem engravidado quando aceitaram, depois de testes e tratamentos falhados, que não iriam ter filhos biológicos. Num deles, a mulher foi escolhida para madrinha da primeira sobrinha e o que disse foi: "Pronto, não vou ser mãe, mas vou ser a melhor tia e madrinha que existe, vou dedicar-me à minha sobrinha!". Um ano depois tinha um filho nos braços.
Já não me lembrava deste post, estive a ler alguns do "Agora escrevo eu" e vim cá parar. Espero que não haja problema em perguntar: Já houve novidades? (passaram 20 meses, não estou a perguntar "em cima do acontecimento/post"! Espero que a resposta seja afirmativa, mas, se ainda não for, pensamento positivo! Ânimo!
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