qualquer coisa ilf

A primeira vez que ouvi falar de qualquer coisa “ilf” foi num filme American Pie. Na altura, dois personagens olhavam para uma foto da mãe do Stifler enquanto gritavam “milf, milf, milf, milf” vezes sem conta. Até que alguém lhes pergunta o que tanto gritavam e um deles explica que era o acrónimo de “mother i would love to fuck”. E assim fiquei a saber o que era uma milf. E a verdade é que existem “ilfs” de todas as categorias imagináveis.

Existem as celebridades com quem nos imaginamos a ter relações sexuais. “Será que é um(a) deus(a) na cama ou será um pãozinho sem sal que mal se mexe?” e “será que tem a escola toda ou será que é só fogo de vista?”, são apenas algumas das dúvidas que nos passam pela cabeça enquanto fantasiamos algo. E tanto fantasiamos com uma celebridade, como com o(a) vizinho(a) do lado, como com um(a) colega de trabalho ou até com aquela pessoa que costumamos observar na paragem do autocarro.

As fantasias estão em todo o lado. E são boas porque são isso mesmo: uma fantasia. São aquilo que gostaríamos (ou não) que fosse real. É tudo aquilo que nos imaginamos a fazer ou que imaginamos que nos façam, levando-nos à loucura sexual. Até mesmo à melhor e imaginária relação sexual da nossa vida. E outro dos encantos das fantasias é permanecerem, na sua maioria, nesse domínio. Ou seja, nunca saberemos se aquilo que imaginamos corresponde à realidade. E nunca sabermos é o que mexe connosco e que nos leva a fantasiar a ainda mais.

Por exemplo, se cada uma das pessoas com quem já tive fantasias sexuais ao longo da minha vida viesse ter comigo e me dissesse que me fazia isto, aquilo e aqueloutro na cama ou no banco de trás do carro, deixava de ser uma fantasia. Perdia esse canto e provavelmente seria uma desilusão. Pois, por mais que quisesse fantasiar, iria lembrar-me sempre das palavras do faço e do aconteço. E, para mim, uma fantasia é isso mesmo. É imaginar e até desejar sem saber se ultrapassei os limites reais. É isso que mexe comigo e que me excita.

É por isto que refiro que entendo que não devo pedir para votarem em mim na nomeação para BILF ou blogger i would love to fuck, leavada a cabo pela Pólo Norte. Até porque associei uma cara a um nome. E isso mata 90% das fantasias. Deixa de existir o misterioso “como é que ele será?” e quem não gostar do que vê, dificilmente terá uma fantasia comigo, mesmo que escreva o melhor dos textos eróticos. Depois, se começasse para aqui a dizer que sou assim e assado na cama, que faço e que aconteço, matava a restante percentagem do campo da fantasia tal como eventuais fantasias que já possam ter ocorrido.

E saber que existem mais de 170 pessoas que já votaram em mim chega-me. Massaja-me o ego o suficiente, deixa-me embaraçado o suficiente, a pensar que tipo de fantasias (se é que elas existem) se tratam e ainda mais embaraçado quando penso nisso. Obrigado a quem votou e boa sorte para os finalistas que faltam poucas horas para o final da eleição e não vou à fase final.