dieta vs reeducação alimentar

Há pouco mais de dois meses dei início aquilo que gosto de chamar reeducação alimentar. Há quem insista em chamar dieta. Há quem não perceba o que pretendo dizer quando refiro que aquilo que estou a fazer é reaprender a comer. Pessoas que me dizem que isso não é mais do que uma dieta. Pessoalmente, não vejo as coisas dessa forma. E não digo que não estou de dieta por vergonha ou algo do género. Simplesmente, defendo que não é isso que faço.

Para mim, estaria de dieta se estivesse proibido de comer o que quer que fosse. Estaria de dieta se a minha alimentação fosse feita apenas com sementes de algo e com sumos. Estaria de dieta se comesse sopa ao almoço e ao jantar, dia após dia. Ou se me alimentasse apenas de barras de cereais ou mesmo só de peixe, igualmente a todas as refeições. Porém, não é isso que faço.

O meu plano alimentar, a que gosto de chamar reeducação alimentar, tem tudo aquilo que comia antes de dar início ao mesmo. Continuo a beber álcool, a comer pão, chocolate, fiambre, queijo e por aí fora. Não fui obrigado a deixar radicalmente de comer o que quer que seja. A grande diferença, pelo menos para mim, está em saber quando se deve comer o quê. Por exemplo, se é um dia de treino físico, é boa altura para comer algo que não é muito recomendado quando não se treina.

É por isso que acho mais justo – e volto a reforçar que estou a falar do meu caso – falar em reeducação alimentar do que falar numa dieta. Até porque, se as coisas forem analisadas ao detalhe, todas as pessoas fazem dieta. Porque a dieta refere-se a hábitos alimentares individuais. Nesse sentido, há quem faça dieta com base em alimentos saudáveis, tal como há quem faça dieta com base em comida prejudicial à saúde.

Como tenho vindo a aprender as melhores alturas para comer tudo aquilo que desejo, sem ter que sofrer por não poder comer o que quer que seja, prefiro falar em reeducação alimentar e não em dieta. Essa é a diferença para mim.