18.10.15

tem piada mas não pode ser dito

Já perdi conta ao número de casos em que as marcas metem os dois pés na lama porque tentam ter um momento de humor nas redes sociais, nomeadamente quando respondem a algum cliente. E foi o que aconteceu a Nikita Bellucci. Quem? Uma actriz pornográfica que decidiu pedir satisfações à Transavia, uma companhia aérea francesa.

Nikita estava em Budapeste e a hora de partida do seu avião já tinha sido adiada quatro vezes. Posto isto, enviou um tweet à companhia aérea a solicitar uma explicação. Acabou por receber uma resposta inesperada. "O voo está previsto para as 14h30. É só que consigo, nós preferimos que a coisa dure", respondeu a pessoa que tem acesso à conta oficial da companhia aérea.

Aposto que 90% (ou mais) das pessoas que leram a resposta esboçaram um sorriso. Porque até tem a sua piada. E não é politicamente incorrecto assumir que tem piada. Mas uma coisa é ter piada. Outra coisa é ser a resposta de alguém que está a dar a cara por uma companhia aérea. E isto já não tem piada nenhuma. Porque são respostas que não devem/podem ser dadas aos clientes. Por mais amigável que a marca pretenda ser. Fica mal e é incorrecto.

Casos destes são cada vez menos pontuais. E nos dias que correm tornam-se imediatamente virais. Até é assim com os nossos e recordo-me de dois num passado mais ou menos distante. E se é assim na nossa realidade, ainda pior quando o caso tem protagonistas com um alcance ainda maior. Por outro lado, as marcas que têm este tipo de respostas acabam por ganhar publicidade gratuita.

Por exemplo nunca tinha ouvido falar desta companhia aérea, tal como nunca tinha ouvido falar da actriz. Mas a notícia é das mais lidas em diversos sites noticiosos. Por fim, o apontamento de humor e a publicidade gratuita não impedem um eventual processo que pode trazer danos para as marcas e sobretudo para quem tem autorização para responder daquela forma. Basta que as pessoas queiram perder tempo.

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