quem salvavas? a tua namorada ou a tua mãe?

Cenário hipotético. Uma casa a arder. Pessoas em risco: mãe e namorada. Cenário possível: salvar apenas uma pessoa. É impossível salvar as duas pessoas com quem se mantém uma forte relação. Perante este cenário, quem é “merece” ser salvo? A mãe? A namorada?

Olhando para a questão colocada, a maioria das pessoas dirá que é um dilema moral. Mas decidir entre salvar a vida da pessoa que se ama ou daquela que nos criou pode ser também uma questão legal. Pelo menos na China. Pois a pergunta: “em caso de incêndio, quem salvaria: a sua mãe ou namorada?” foi uma das questões de um exame nacional obrigatório para exercer as profissões de advogado ou juiz.

Antes de abordar a questão mais a fundo, vou à resposta correcta. Pelo menos na China. A única resposta possível era salvar a mãe. Isto porque é considerado “crime” escolher a pessoa de quem se gosta em vez de se optar pela pessoa que criou quem está a responder. Até porque naquele país existe um vínculo entre pais e filhos que é reconhecido por lei.

Esta questão está a espalhar-se em diversos fóruns um pouco por todo o mundo. E as discussões em torno da questão estão muito longe de ser consensuais, embora a maioria das pessoas acabe por admitir que optava por salvar a mãe. Mas será assim tão linear? Será que esta questão não levanta muitas outras? Por exemplo, optar entre uma má mãe e uma excelente namorada que o destino juntou num incêndio de onde só pode escapar uma pessoa?

Por fim, um dado curioso. A discussão entre a opção de escolher uma vida em detrimento de outra dominou as discussões. Existe uma espécie de equipa mãe e uma equipa namorada. E, eventualmente perdidos nesta discussão, poucas pessoas repararam que não se coloca a opção pai nem a opção namorado. A pergunta é feita apenas com mãe e namorada.