Raras são as vezes em que o futebol, pelo menos por cá, é notícia por bons motivos. Preferimos a polémica, a ofensa, o insulto e as discussões em torno do desporto rei são ganhas por quem grita mais alto. Ainda assim, o futebol está cheio de bons exemplos. Basta apenas que tenham tanto destaque como aquilo que é mau. E a prova disso chega da Alemanha.
Provavelmente nunca terá ouvido falar de Daniel Frahn. Mas posso dizer-te que é um goleador do futebol alemão. Passou por clubes modestos mas foi capitão do Red Bull Leipezig, um dos clubes da moda do futebol germânico. Agora, e desde 2016, o avançado defendia as cores do Chemnitzer FC, um clube que disputa a terceira divisão do futebol germânico. Pouco importado pelos golos do jogador, que era também capitão de equipa, o emblema dispensou o jogador.
O motivo foi a ligação do atleta à extrema-direita. “O Chemnitzer vai continuar a agir de forma consistente para eliminar ideias anti-constitucionais e ideais fascistas entre os seus adeptos”, fez saber o clube através de comunicado. Já Romy Polster, acionista maioritário do clube foi muito mais duro nas declarações ao jornal Kicker. “Ele mostrou remorsos, mas foram uma farsa. Não percebeu que ser capitão de um clube é mais do que marcar golos e fizemos-lhe ver que aqui não há lugar para gente como ele”, disparou.
Estamos a falar de um clube modesto. Que poderia facilmente ter optado por manter o jogador (afinal é o capitão e goleador da equipa) ignorando a polémica. Em vez disso, ignorou a importância do atleta e deu maior importância aos valores que o clube defende. Um exemplo!
Sem comentários:
Enviar um comentário