O Gustavo Santos faz parte daquelas pessoas que conseguem dar vida ao ódio de muitas pessoas. Existem algumas figuras públicas de quem poucas pessoas (aparentemente) gostam. São fenómenos que acontecem sem grandes explicações. Assim de repente recordo-me dos UHF e dos Delfins, com os seus vocalistas à cabeça, como dois exemplos de projectos que (aparentemente) são odiados por muitas pessoas.
E mais uma vez Gustavo Santos volta a ser alvo do ódio de muitas pessoas. Só que não se trata de nenhuma frase ou pensamento que partilhou nas redes sociais ou algo retirado de um dos seus livros ou vídeos onde aparece a falar sobre o modo como encara a vida. Desta vez a culpa é do filho. E celebridades e filhos são meio caminho andado para que exista confusão.
Aliás, no que diz respeito a crianças, todos sabem tudo. Até aqueles que não são pais sabem tudo aquilo que os pais dos outros devem fazer. E aqueles que já são pais nunca cometeram nenhum erro e sabem tudo aquilo que os outros pais fazem de forma errada. Como dizia uma pessoa que conheço: “também dizia que o meu filho nunca haveria de fazer uma birra num centro comercial... até ao dia em que se sentou no chão a fazer birra”.
Voltando ao Gustavo, parece que as pessoas não gostaram que partilhasse uma foto nas redes sociais em que o filho tem parte do rosto tapado com um edredão. Se Gustavo já não é muito amado, isto bastou para que os insultos se multiplicassem a uma velocidade veloz. E o apresentador, acusado tantas vezes de dizer coisas sem sentido, respondeu de forma bastante certeira.
“As pessoas que não sabem de si mesmas são as primeiras a opinar sobre tudo e todos, a invadir a nossa casa e a julgar ao desbarato para ver se ganham a atenção que não se dão”, refere. E isto é muito certeiro. Sobretudo quando diz respeito a pessoas que não se contentam com uma crítica construtiva ou minimamente educada. E aplica-se às redes sociais e à quantidade de pessoas que se escondem atrás de um perfil, muitas vezes falso, para ofender tudo e todos de forma gratuita.
O fenómeno da ofensa gratuita é muito comum nas redes sociais. Mas sobe de tom quando se misturam figuras públicas (ou não) e os respectivos filhos. E isso é algo que ainda não percebi. Como é que uma foto de uma criança consegue gerar tanto ódio nos outros. Mesmo que considerem que algo está mal feito. Só me ocorre que as pessoas andem tão saturadas com as suas vidas e com os seus problemas que acabam por descarregar em pessoas que não conhecem de lado nenhum e que não se apresentam como um “adversário” que tenham de enfrentar na vida real.
Gosto do seu texto e da resposta do Gustavo.
ResponderEliminarOs pais que criticam os outros são os melhores do mundo. Fomos tão bons que eles estão-nos pagando com a indiferença e o abandono. Nada que na nossa ânsia de melhorar a vida já não lhes tivéssemos feito, quando para não ter que passar umas horas com eles, lhe pusemos nas mãos o último grito de tecnologia.
Todos os criticamos, porque já quase não se convive presos a telemóveis e afins.
Fomos nós pais, que os pusemos assim. Eu nem gosto de falar nisto, tal a tristeza que sinto.
Bruno, eu não me esqueci do seu livro. Quando puder, envie-me o preço e o seu NIB.
O endereço é elviracarvalho328@gmail.com
Abraço
Coisas que envolvem crianças dão sempre confusão. E é tema em que todos sabem tudo sobre os outros.
EliminarIrei enviar o email.
Obrigado!
Abraço
Mas se for necessário, existem pais a maltratar os filhos, os vizinhos sabem mas não abrem a boca para denunciar estes casos. Atrás do monitor dum PC somos todos muito corajosos e benfeitores :)
ResponderEliminarSabemos tudo aquilo que os outros devem fazer :)
EliminarOlá :)
ResponderEliminarNeste caso acredito que a grande raíz do problema reside na dificuldade que muita gente tem em distinguir o salutar exercício democrático de discordar de uma pessoa, e o errado acto de atacar a pessoa. Ninguém tem que gostar de ninguém, ou estar de acordo, mas todos devemos ao próximo o respeito, sem excepção.
Neste campo talvez não fosse aproveitar uma qualquer disciplina escolar para educar desde pequenino sobre estas pequenas grandes diferenças, e assim acabar com os "haters" no espaço de uma geração ou duas.
Também há que educar a população do grande e intocável princípio que quando há crianças ao barulho, estas são intocáveis, e não devem ser alvo de opiniões, brincadeiras, ou seja lá o que for. Mais respeito no mundo, pff!
Deveria ser tão simples de perceber quanto a tua explicação ;)
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