Volta e meia surgem projectos que têm por objectivo dar a conhecer as informações que alguns alimentos “escondem”. O objectivo passa, quase sempre, por dar a conhecer a quantidade de açúcar que contém determinado alimento. Como é o caso do recente, a nível de mediatismo, projecto Sin Azucar.
Quando este projectos ganham destaque as pessoas (ainda) ficam surpreendidas com os torrões de açúcar que são fotografados ao lado dos alimentos que consomem diariamente. Confesso que aquilo que me surpreende é que as pessoas ainda fiquem estupefactas com estas informações, que de novo têm muito pouco.
Porque isto revela que ainda existe muita falta de cultura no momento de fazer compras. As pessoas olham apenas para marcas e preços. E raramente perdem a ler a informação que consta no rótulo. E onde estão as informações que realmente interessam. Basta que, numa qualquer grande superfície, as pessoas olhem para as outras. E percebam quantas é que estão a analisar produtos não apenas com base nos preços mas nas informações que interessam.
E esta falta de cultura acaba por ter outro efeito. É que quando surgem projectos destes as pessoas partem imediatamente para o extremo mais radical. “Nunca mais como isto ou aquilo. Tem tanto açúcar”, dizem. A quantidade de açúcar não significa que determinado alimento não deva ser consumido. Alerta sim para o risco de um consumo exagerado. O perigo está aí. Não é pela quantidade de açúcar que nunca mais vou comer as bolachas de que tanto gosto. Simplesmente não preciso de comer um pacote por dia.
Quando as pessoas começarem a analisar os rótulos vão deixar de ficar surpreendidas com notícias e imagens como estas. Vão perceber que aquilo que é mais caro nem sempre é melhor para o corpo. Vão descobrir que certas campanhas acabam por relegar para segundo plano algumas informações que até são importantes. E não custa nada. Basta analisar um rótulo.
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