Existem estudos que colocam os portugueses na cauda da Europa em diversas áreas. Existem outros que colocam os portugueses no topo. Como é o caso deste. De acordo com um estudo internacional da Nielsen, os portugueses são daqueles que mais se deixam influenciar pelas promoções. São dos que mais comparam preços. Este estudo revela ainda que as mulheres, entre os 25-34 anos, são quem mais se preocupa com os preços na hora de ir às compras no supermercado. Este grupo representa 51%.
Existem duas formas de olhar para estes dados. Numa primeira análise, até porque os tempos que vivemos não são os melhores, poderá dizer-se que o dinheiro está todo contado, que faz-se tudo e mais alguma coisa para poupar dinheiro. Ou seja, trata-se de um reflexo da crise. Quem não tem muito dinheiro olha para os preços detalhadamente, de forma a poupar dinheiro. Mas esta não é a única análise.
Prefiro a leitura de que os portugueses estão mais inteligentes no momento de ir às compras. Não nego que esta aprendizagem poderá ser um dos reflexos da crise. Mas vejo esta poupança como sinal de inteligência. Qual o motivo de pagar x por um produto se é possível pagar y e poupar dinheiro que pode ser canalizado para outras coisas? Fazer o oposto é que seria de estranhar. Acho que o impacto seria maior caso os portugueses não se preocupassem com os preços.
Por outro lado, e ainda bem, são os próprios supermercados que alimentam esta inteligência dos consumidores. Lutam pelos melhores preços, apregoam as melhores promoções e tudo isto faz com que as pessoas escolham onde querem fazer compras. Onde podem comprar tudo aquilo de que necessitam pelo menor preço possível. Algo que por exemplo também é feito na hora de abastecer o automóvel, com a maioria das pessoas a comparar preços. Olho para tudo isto como um claro sinal de inteligência dos consumidores. E ainda bem que os portugueses estão no topo.
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