23.9.16

há sempre uma primeira vez

De tempos a tempos dou uma volta à roupa que tenho no roupeiro. Algo que serve para separar aquilo que visto do que já não visto. Há vários anos que faço isto e existia sempre um denominador comum a estas arrumações: guardar sempre a roupa do futebol. Podia já não jogar há meses. Sabia que quando fosse jogar acabaria por comprar roupa. Mas nunca colocava de parte a roupa do futebol. Essa ficava sempre comigo.

Esta foi a primeira vez que separei roupa desde que fui operado ao tendão de Aquiles. E pela primeira vez olhei para a roupa de futebol e coloquei tudo dentro de uma caixa. Não fiquei com nenhuma camisola de futebol. Pegava, olhava e colocava na caixa. O mesmo se passou com as meias de futebol. Só sobreviveram os calções porque acabo por usar para correr ou para o ginásio.

A vontade de jogar existe. Mas ainda não é assim tão forte que impeça que, pela primeira vez, arrume a roupa do futebol e que a tire de casa. Diz-se que há sempre uma primeira vez para tudo. Neste caso foi para arrumar as camisolas de futebol que marcam diferentes momentos da minha vida.

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