13.5.16

vamos fingir que a marcela é a única mulher submissa?

Marcela Temer é a nova primeira-dama brasileira. Primeiro ponto: é uma jovem que tem menos 43 anos do que o seu marido, Michel Temer. Como seria de esperar, Marcela, uma antiga manequim, saltou para a ribalta a partir do momento em que o marido passa a ser o Presidente do Brasil depois do afastamento de Dilma Rousseff. Marcela Temer, de apenas 32 anos, está a ser dada a conhecer como uma mulher submissa. Algo que está a causar polémica.

Marcela é vista como uma mulher que foi preparada para a vida que tem. E é uma mulher que abdicou da carreira assim que casou com Michel Temer. É vista como uma mulher do lar e recatada. É uma mulher que vive para a família, não se importando de viver na sombra do marido. E isto, como referi, está a causar polémica. Mas polémica porquê? É isso que não compreendo! Ou será que o mundo inteiro vai fingir que Marcela é a primeira mulher submissa (por opção) do mundo? Será que Marcela é a única mulher que tomou a opção de viver na sombra de um homem poderoso (ou rico, se preferirem)?

Vamos fingir que não existem muitas outras mulheres que fazem o mesmo? Vamos, por exemplo, fingir que não existem mulheres de jogadores de futebol (e de tantos outros atletas) que assumem abdicar da carreira para dar apoio ao marido. Ou vamos fingir que não existem mulheres de milionários que assumem o mesmo, ou seja, que trocam a carreira pelo apoio à família, aceitando viver na sombra de alguém ao mesmo tempo que são conhecidas apenas e só por estar ao lado de determinado homem.

Submissão por opção é algo que não me incomoda, espanta ou sequer causa polémica. Existem muitas mulheres que o fazem. Tal como existem muitos homens que também vivem na sombra de uma mulher rica/poderosa por opção. Tal como haverá quem aceite esta submissão por amor e quem escolha este papel apenas porque dá muito dinheiro, vida fácil e porque a herança é algo de extraordinário no futuro. São opções.

Como quero acreditar não ser a única pessoa no mundo que conhece esta realidade – da submissão por opção – não percebo qual o motivo de tanta polémica. Mais uma vez, vamos fingir que a submissão por opção é algo exclusivo de Marcela Temer e vamos também fingir que os seus pais foram os primeiros a preparar uma filha para um casamento do género.

3 comentários:

  1. Inveja é lixada..... ;)

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  2. Concordo contigo, se foi por opção qual o problema?! Eu não conseguiria viver assim, mas é tão mau criticar alguém que o faz como alguém que segue o caminho oposto.

    Já os 43 anos de diferença fazem-me muita confusão, mesmo muita, confesso.

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