De acordo com a ciência, aqueles que sofrem de alguma doença coronária podem ter no álcool um excelente aliado para que não venham a sofrer de problemas mais graves. Como é o caso de angina, AVC ou, no pior dos cenários, morte prematura. Esta é a conclusão de um estudo publicado na BMC Medicine e que teve especial destaque na CNN.
“Esta [descoberta] não é para a população em geral. O estudo aplica-se somente a pessoas que já tiveram algo relacionado com a saúde cardiovascular”, alerta a investigadora Emmanuela Gakidou. “O que descobriram é que se continuar a beber depois de um evento cardíaco, não é assim tão mau para a pessoa, contando que mantenha o consumo baixo”, acrescenta. A equipa de investigadores analisou os dados de mais de 14 mil pessoas que já tinham tido um ataque cardíaco, derrame ou angina. E que foram acompanhados durante um período de tempo que chegou aos vinte anos. Além disso, foram tidos em conta outros 12 estudos. O que resulta numa amostra (total) de mais de 48 mil pessoas.
“Esta [descoberta] não é para a população em geral”
A conclusão é a de que o consumo até 105 gramas de álcool por semana é algo que protege as pessoas que já tiveram problemas cardiovasculares. Isto em comparação com aqueles que não consomem bebidas alcoólicas. Este valor está ligeiramente abaixo daquele que a Organização Mundial de Saúde aconselha para homens e mulheres. Que se fica pelas 166 gramas semanais. “Se o seu principal risco de saúde é o cancro de qualquer tipo, então o nível mais seguro de bebida é provavelmente zero”, salienta Gakidou. “E se tem menos de 40 anos ou mais, o nível seguro de álcool ainda é zero, porque os adultos mais jovens morrem de lesões relacionadas ao álcool em todo o mundo”, conclui.
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