É certamente um dos momentos mais emocionantes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Tudo aconteceu quando Flora Duffy cortou a meta, sagrando-se vencedora da prova de triatlo feminina. Naquele momento, a atleta contou com o caloroso apoio de umas “simples” 64 mil pessoas. É que esta é a população das Bermudas, país que conquistou a primeira medalha de ouro da sua história. Trata-se do país mais pequeno que alguma vez conquistou uma medalha de ouro.
Por tudo isto, e muito mais, Flora Duffy não escondeu a emoção quando cortou a meta. “É um momento incrível, muito especial para todas as pessoas das Bermudas”, disse no momento de glória. E se a história do pequeno país é digna de registo, o que dizer da atleta. É que a vida de Flora Duffy não tem sido nada fácil. É certo que desde pequena que começou a nadar e andar de bicicleta, mas conquistar uma medalha olímpica parecia uma miragem. Um sonho que a vida teimava tornar impossível.
Troca triatlo por loja de roupa
Em 2006, um distúrbio alimentar levou a que Flora Duffy entrasse numa profunda depressão. Isto, aliado ao facto de não se ter qualificado para os Jogos Olímpicos de Pequim levou a que mudasse radicalmente de vida. Deixou o triatlo, passou a trabalhar numa loja de roupa e acabou os estudos em Sociologia. Decidiu depois voltar ao desporto. Até que, em 2013, é detetada uma anemia. Foi obrigada a parar, voltando mais forte e conquistando dois títulos mundiais (2016 e 2017). Em 2019 acaba por partir um pé, ficando assim em risco a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nos quais acaba por fazer história.
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