28.9.17

a banalidade da nudez

Hoje a nudez é banal. Está desvalorizada. É gratuita. Está em todo o lado à distância de um clique. E pouco ou nada é deixado à imaginação. O que faz com que muitas pessoas olhem para a Playboy como uma revista porca e ordinária. Numa altura em que muitas pessoas falam da Playboy devido à morte de Hugh Hefner, desafio que percorram a história da publicação.

E não me refiro à primeira capa em que aparece Marilyn Monroe, cujas fotos eram antigas e foram compradas por qualquer coisa como 170 euros. Refiro-me à capa em que aparece uma mulher semi-nua com uma gravata. Uma rara troca de papéis com os homens. Ou a capa em que aparecem funcionárias do governo norte-americano. Ou mesmo as nove mulheres de Wall Street, sendo que sete foram logo despedidas quando a publicação foi colocada à venda. Ou mesmo a agente da polícia de Nova Iorque que aceitou despir-se.

Tudo isto hoje é banal. É apenas uma (ou mais) mulher nua. Mas quando vemos os anos destas publicações, percebemos que nem sempre se olhou para a nudez da forma como hoje se olha. E percebemos a importância de uma publicação como a Playboy. Mesmo para as mulheres. Podem ver as capas mais marcantes da publicação aqui.

pontapé no rabo

Já aqui tinha falado de pessoas que são convidadas a mudar de vida. E sempre defendi que muitas delas acabam por agradecer aquilo que lhes foi feito. Porque essa mudança acabou por obrigar a que fossem até onde acabariam por nunca ir. Principalmente por falta de coragem. Que é o maior obstáculo com que as pessoas lidam. O medo da mudança faz com que muitas pessoas, simplesmente brilhantes, nunca revelem a totalidade da sua qualidade.

Sempre defendi isto. E acredito ainda mais nisto quando sou o exemplo daquilo que defendo. Num passado não muito distante a minha vida mudou. Era uma mudança muito desejada mas que aconteceu sobretudo por factores que não dependem exclusivamente de mim. E até posso dizer que talvez a minha vida permanecesse igual sem o tal empurrão. Do qual temos tanto receio. A verdade é que desde então agradeço a mudança. Não há um dia em que não pense: "ainda bem que aconteceu".

A minha vida mudou. Estou muito mais realizado profissionalmente. Cada dia é uma aventura. Uma experiência nova. E sempre com entusiasmo, apesar das dificuldades e obstáculos inerentes a qualquer profissão. Em poucos meses já aconteceram coisas que não aconteceriam em anos da minha "vida" passada. Isto só me faz ter ainda mais a certeza de que o medo e o receio são dois inimigos que poucas pessoas conseguem derrotar por si mesmas. E que acabam por matar tantos sonhos que tinham tudo para ser uma realidade bem sucedida.

27.9.17

um encanto de nuestros hermanos

Quando vou a Espanha costumo passar sempre por uma loja da cadeia de supermercados Mercadona. É aquilo que considero o supermercado ideal. Ao ponto de considerar que vale a pena fazer uma visita até Espanha para fazer um avio de determinados produtos para casa. E considero que é ideal porque alia a qualidade à quantidade e ao bom preço. Aquilo que deveria ser a combinação perfeita de qualquer cadeia de supermercados. E quando lá vou não vou à procura de produtos da marca xpto que são mais baratos. Tirando uma ou outra excepção procuro produtos de marca própria.

Porque são muito bons. E há muito que encontro lá embalagens de tamanhos que não são comuns por cá. Por exemplo, o gel de banho é muito bom e é comercializado em embalagens familiares que se vendem a apenas um euro. Ou uns cêntimos mais barato. E esta regra aplica-se à maioria dos produtos. Quantidade, qualidade e um preço que conquista todos, até mesmo o consumidor que faz contas e tudo e mais alguma coisa. Além disso apresentam ainda embalagens "inovadoras" em alguns casos.

Felizmente por cá começa a existir uma guerra frequente de promoções entre várias cadeias de hipermercados. O que beneficia o cliente. Mas, com muita pena minha, ainda compensa ir até Espanha para comprar muitos produtos Mercadona. E as pessoas que conheço que lá foram acabaram por ficar conquistadas com aquilo que por lá encontram.

26.9.17

mesmo a horas

Em tempos fui convidado a marcar presença numa conferência de imprensa que decorreu em Barcelona. Estava relacionada com uma marca de suplementos alimentares cuja imagem era Ronaldinho Gaúcho. O jogador brasileiro estava para o Barcelona daquela época como o Messi nos tempos que correm. Além disso, o jogador já não falava com a imprensa há coisa de dois meses. Já não me recordo do motivo mas tinha acontecido algo. O que fez com que estivessem presentes jornalistas de todo o mundo. Já não sei precisar a hora a que estava marcada a conferência mas sei que teve início no preciso minuto para que estava marcada. Sem qualquer atraso.

Nesta viagem a Sevilha fui ver o concerto de David Bisbal, que estava agendado para as 21h30 locais. E que teve início menos de cinco minutos depois da hora marcada. E este é apenas um dos exemplos pelos quais gosto tanto desta realidade espanhola. Por cá é charme chegar atrasado. Pelo menos meia hora. Parece que fica bem. Que uma pessoa deve chegar atrasada. Marcam-se eventos para uma determinada hora e o evento começa uma hora (ou mais) depois. E quem convida já sabe do atraso. Só quer que se acumule um grande número de pessoas. Que ficam à espera de alguém.

E isto é do mais errado que existe. Porque os atrasos não dão classe a ninguém (só às noivas). Classe é chegar a horas. É iniciar aquilo que se marca à hora combinada previamente. Por mais que se pense que a nossa realidade é a melhor, a verdade é que a cultura espanhola está muitos anos à nossa frente. Neste aspecto e em muitos outros. Quanto ao concerto, é algo que recomendo a todos. Vale muito a pena conhecer a repertório do cantor que se deu a conhecer em Operação Triunfo, numa altura em que os programas de televisão eram movidos por outros valores que não apenas a audiência fácil que vive de mãos dadas com sexo e polémica.

um encanto difícil de explicar

É complicado explicar o encanto que sinto por Sevilha. Já lá fui três vezes num curto espaço de tempo e volto sempre mais encantado do que no momento em que cheguei. Na primeira vez visitei a cidade em Julho. É aquilo que chamo uma opção para duros. Porque não é qualquer pessoa que aguenta andar a pé quando estão quarenta graus. Mesmo assim, fiquei encantado. Completamente apaixonado pela cidade. Pela beleza da rua. Pelas pessoas. Pela forma como vivem a vida. Sem esquecer a comida e o convívio.

A segunda visita serviu para entrar neste ano. Uma experiência diferente. Mas igualmente encantadora. Deu para passear. Para viver uma passagem de ano especial e diferente, com um jantar que passou por uma sandes e uma lata de cerveja. Nesta visita descobri pormenores que me tinham escapado na primeira visita. Estive em locais que me encantaram ainda mais. Não me esquecerei da noite 30 de Dezembro no Mercado Lonja del Barranco. Naquela que era a festa de final de ano dos funcionários e clientes. Um ambiente descontraído que conquista qualquer pessoa.

Voltei agora, na última semana. O objectivo era ir ver o concerto de David Bisbal e um jogo do Bétis de Sevilha. O segundo plano caiu por água que o jogo foi adiado um dia. Mas a viagem voltou a ser divinal. Tal como a primeira. Ou segunda. E mais uma vez a experiência foi diferente. Uma temperatura mais simpática (apesar de ter vindo embora com 36 graus e ter apanhado trinta à noite) que fez com que visse muitos mais turistas. O mesmo encanto nas ruas, nos restaurantes e nos mercados. Muitas pessoas dizem que os espanhóis são antipáticos para os portugueses mas não tenho nada a apontar a ninguém. Em nenhuma das visitas. Em nenhuma das experiências.

Tudo isto misturado leva-me a dizer que se fosse mais novo mudava-me para Sevilha. Já lá estaria a viver. É uma cidade ideal para pessoas da minha geração. Ou mais novas. Ali existe tudo para que se possa ser feliz. E vive-se de uma forma que a maioria dos portugueses não vive. Desde o convívio na rua entre amigos que é frequente e não uma excepção. Passando pela forma como se arranjam, nem que seja para ir comprar pão. Até ao estilo de vida. É impossível resistir a Sevilha. E é uma viagem que aconselho a todas as pessoas.

feliz ano novo

Não é a primeira vez que falo disto. Para mim o ano tem início quando terminam as férias de Verão. É nesta altura que faço planos, traço metas e faço um rascunho do futuro que desejo desenhar. É uma espécie de final de ano. Mas sem frio, espumante nem doze passas que se comem enquanto se pedem outros tantos desejos. Há muito que me habituei a isto. Por isso, feliz ano novo para todos.

16.9.17

óculos são coisa de ceguetas e pitosgas

A minha mãe usa óculos. Tal como o meu pai. Felizmente, nunca precisei de utilizar óculos. Nos exames que fiz até hoje, tudo está ok. Se fizer uma viagem aos tempos em que era mais novo, usar óculos era um pesadelo. "Caixa de óculos" e "quatro olhos" são apenas duas das alcunhas com que as crianças eram brindadas. E que eram um tormento para quem tinha de usar óculos. Não sei se ainda hoje é assim. Mas no meu tempo era. E as crianças conseguiam ser bastante más para aquelas que tinham necessidade de utilizar algo que a maioria não usa. Neste caso, óculos.

Esquecendo a minha infância e centrando-me no presente, os óculos deixaram de ser um objecto do demo para passar a ser algo ligado à moda. Parece mesmo um acessório que marca uma posição. Passou-se do receio de usar para a moda que chega mesmo às armações que se utilizam, sem qualquer lente. Esquecendo o factor moda e olhando para a minha profissão, acabo por olhar para os óculos com outro olhar, passe a redundância.

Passo o dia a olhar para dois ecrãs. Já para não falar do iPhone ou mesmo da televisão. E sempre que entrei em lojas fui aconselhado a usar óculos. Apenas para descansar a vista. Algo que fui recusando. Sempre achei que não era necessário. Até porque faço parte daqueles que têm uma visão "perfeita". Até ao dia em que comprei uns óculos. Decidi experimentar. Usei algumas vezes, sempre em ambiente de trabalho, mas acabei por não os usar durante muito tempo. Mesmo andando com eles diariamente.

Até que voltei a ser aconselhado a usar óculos. "Mas já tenho uns e não uso", expliquei. Foi nesta altura que me falaram das lentes Eyezen, criadas pela Essilor. E que são ideais para aquilo que considero geração digital. Leia-se pessoas como eu, que passam muito tempo a olhar para ecrãs de computador, tablets e smartphones. E, mais uma vez, para pessoas como eu, ou seja, aqueles que não precisam de usar óculos. Confesso que nunca olhei para os óculos como o inferno na terra. Até porque sempre vi os meus pais de óculos e sempre acreditei que seria uma questão de tempo até ter de usar. Mas também confesso que me "assusta" a quantidade de horas que passo em frente a um ecrã. E quando não é este é o telemóvel, o fiel companheiro do café depois de almoço. Pesando isto tudo, decidi uma nova oportunidade aos óculos.

15.9.17

mudei de nome

o poder de uma marca

Poucas marcas conseguem atingir o patamar da Apple. Marca que tem milhões de fãs em todo o mundo. Que juntam dinheiro para comprar as mais recentes novidades da marca da maçã. E que até dormem na rua, se necessário, para serem os primeiros a comprar o gadget mais recente. Isto tem muito de mérito. Pois o mais complicado para uma marca é atingir este nível. Sem quedas acentuadas de popularidade.

Este poder é de tão grande dimensão que as pessoas acabam por olhar para os produtos da marca, neste caso a Apple, como um dádiva divina. Veja-se o mais recente caso dos novos iPhones. É a loucura. Partilham-se publicações. Todas as pessoas querem saber as inovações dos modelos. O que é novo. O que faz e acontece. Este é mais um exemplo da força que a Apple consegue ter.

Tenho visto muito mais pessoas "loucas" com os novos iPhones do que "lúcidas". E estas últimas são aquelas que comparam aquilo que o telemóvel faz com aquilo que outro, já existente no mercado, também faz. Neste caso falo da Apple e da Samsung. Mas existem exemplos de outras marcas que conseguem provocar tal efeito nas pessoas. Não são muitas as marcas que o conseguem fazer. Nem são muitas as pessoas que conseguem a tal lucidez de comparação.

13.9.17

ir a tribunal

Estive a ver o vídeo de Cristiano Ronaldo a ser interrogado num tribunal de Madrid devido às acusações de fuga ao fisco. Primeiro começo por dizer que passei a admirar ainda mais o homem. Porque quanto ao jogador pouco pode ser dito. Gostei da forma como respondeu às questões e como falou das limitações que tem e que quase todos temos.

Mas aquilo que mais destaco não é isso. É a forma como as pessoas são interrogadas. As perguntas são feitas até à exaustão. Repetem-se as perguntas. Nunca se contentam com a resposta. Insistem, insistem, insistem e voltam a insistir.

E destaco isto porque acho que é muito fácil que uma pessoa acabe por dizer algo que não quer. Tudo é levado nesse sentido. Parece que o objectivo é confundir a pessoa ao maximo. O que faz com que qualquer inocente possa dizer algo que não quer dizer.

Para quem não viu o vídeo, recomendo vivamente que o façam. Principalmente as pessoas que não gostam do homem. Dará uma visão diferente daquilo que é.

não é mais do que espelho da vida

Muitas pessoas queixam-se do futebol. Fazem diversas críticas. É porque há muito dinheiro. É porque os jogadores são burros. É porque as mulheres deles são umas tontas ocas. É o destaque dado ao futebol. Tudo temas que poderiam dar diferentes textos. Mas existe outra forma de analisar o futebol. E é olhar para ele como o espelho da vida das pessoas.

E posso dar um exemplo muito pratico. Quando uma equipa ganha um jogo tudo está bem. Tudo é perfeito. Tudo é fantástico. Vão ser campeões. Ninguém os trava. É só elogios. E também acontece o oposto. Quando uma equipa perde um jogo tudo está mau. É o inferno. É uma desgraça completa. Não há nada bom. Nada se aproveita.

E isto é o espelho da vida das pessoas. Nos mais diferentes cenários. Quando algo corre bem, tudo é perfeito. Ou quando conhecem alguém fazem dessa pessoa a melhor do mundo. Ou quando um namoro começa tudo é perfeito.

Até que algo corre mal. E é o fim do mundo. A tal pessoa que era fantástica passa a ser a pior do mundo quando faz algo menos bom. A pessoa que parecia perfeita para uma relação passa a ter muitos defeitos quando acontece algo menos bom.

O futebol é o espelho disto. Ou melhor, é o espelho da vida das pessoas e daquilo que elas são. Com destaque para a ausência de um meio termo.

12.9.17

não ajudas nada siri, só atrapalhas

Não sou grande fã da siri. Conheço muitas pessoas que adoram e que usam com frequência esta funcionalidade dos iPhones. Quanto a mim, é algo que atrapalha. E dou como exemplo o que aconteceu hoje.

"Ligar Macedo", disse de forma passada e sem comer letras.

"A ligar Mercedes", respondeu ela, dando uma morada de um concessionário desta marca.

"Ligar puto Macedo", disse, acrescentando o puto pois está no contacto e poderia despistar da Mercedes.

"A ligar tutu Mercedes", responde-me, sem que faça qualquer associação entre as duas palavras que percebeu.

Só à terceira, e quando já estava prestes a dizer coisas de que ela não iria gostar, é que me deu a opção da chamada. Como isto acontece sempre que tento usar, prefiro não recorrer à suposta preciosa ajuda da siri.

PS - o que não invalida que ocasionalmente não ocupe o meu tempo a brincar com ela enquanto digo coisas absurdas para testar a sua reacção. 

semana de regresso às aulas

Esta é a semana do regresso às aulas. O que significa recuperar diversas memórias. A começar pela escola primária. A primeira imagem que recordo é de um ano em que tive uma lesão na virilha. Recordo que tinha tantas dores que não conseguia colocar o pé no chão. Relembro também os dias em que me sujava todo. Que coincidia sempre com o dia em que o fotógrafo ia à escola fotografar os alunos. O que faz com que tenha fotos com roupas que não eram minhas e que não combinavam entre si.

Nos outros anos vivi de tudo um pouco. Desde o encanto pelo regresso às aulas desde o desejo que as férias não tivessem fim. Das horas passadas (com o meu pai) a forrar os míticos cadernos pretos até aos cadernos azuis sem qualquer adereço na capa.

Até que chega a faculdade. Que já encarava com um ar mais profissional. Talvez por ter sido feita sempre a par com diferentes empregos que tive. E por ter alternado horários ao longo do curso. Só fica a faltar viver o regresso às aulas enquanto pai. E pelos relatos que vou lendo e ouvindo, deve ser algo muito intenso.

11.9.17

a toalha de que elas tanto falam

Muitas vezes no Shark Tank vejo os investidores aplaudirem as pessoas que detectam um problema e encontram solução para o mesmo. Nesse caso, Erin Robertson merece uma salva de palmas. Isto porque detectou um problema - transpirar das mamas [peço desculpa a quem não gosta da palavra, mas é a correcta] - e encontrou a solução. Inventou uma toalha que seca as mamas. Costuma dizer-se também que ser génio é uma mistura de 1% de inspiração com 99% de persistência. Neste capítulo, a jovem que inventou a Ta-Ta Towel também está de parabéns.

De forma resumida, este era um grande problema para Erin. Que tentou várias coisas até encontrar a solução. Aquilo que não estava à espera é que fosse um grande sucesso. E que acabasse por ser utilizado por diversas mulheres em situações diferentes da sua. Mulheres que estão a amamentar e mulheres que vão ao ginásio ficaram fãs da toalha. Quem tem dado que falar.

As opiniões são diversas. Existem os que dizem que é algo fantástico. E aqueles que consideram ser apenas ridículo. Opiniões à parte, é um sucesso que andam nas bocas do mundo.

então e o despacito?

Existem músicas que se transformam em grandes sucessos. Se que perceba os motivos. Até porque não tenho nada a ver com isso. Um destes exemplos é o Despacito, a música deste Verão. Sinto que sou a única pessoa que não gosta da música. E dentro do género recordo-me de duas que são, na minha modesta opinião, muito melhores e que passaram mais ou menos despercebidas. Principalmente a segunda.



mudanças não são para nós!

As pessoas são animais de hábitos. Tal como um animal de estimação, que tem muitas coisas programas, as pessoas também têm os seus hábitos. Por mais que digam que não. Que o neguem. E que apontem isso apenas a outras pessoas.

E isso facilmente se descobre quando existe uma mudança. Na hora de mudar facilmente se percebe que as pessoas estão mais presas às rotinas do que julgam. E isto acontece nas mais variadas áreas.

Quantas pessoas não mudam de profissão com medo da mudança. Quantas pessoas não acabam relações amorosas porque estão presas à rotina que, assim pensam, lhes traz seguranca. E podia passar o dia a dar exemplos.

As pessoas toleram muitas coisas. Menos mudanças! Mas o que é curioso é que quando uma mudança é forçada as pessoas rapidamente percebem que lidam muito bem com a mudança. Que são animais que se adaptam às diferentes realidades. É tudo uma questão de medo, outro dos problemas das pessoas.

por que os políticos fazem isto?

Os políticos costumam falar de mudança. Dizem que fazem isto. Que mudam aquilo. Que melhoram mais não sei o quê. Que são a melhor opção. Mas depois (quase todos) tiram fotos de braços cruzados. Que é a imagem oposta do que defendem as suas palavras. Porquê?

8.9.17

o tamanho realmente importa

O tamanho importa. E não há volta a dar. Por mais que se diga que não, o que é verdade é que o tamanho é realmente importante. E quando é pequeno não dá prazer a ninguém. Quando é muito grande também não funciona. E quando é médio mas aproveitado até ao limite também deixa as suas marcas. E estou a referir-me ao tamanho das férias.

O tamanho, ou duração, das férias é algo que importa. Férias muito curtas, por exemplo de uma semana, sabem a pouco. Ainda a pessoa está a acabar a frase "estou de férias" e já está a voltar ao trabalho. Férias muito grandes, por exemplo quatro semanas, são exageradas. Deixam o resto do ano a parecer gigante. A pessoa volta ao trabalho desesperada a pensar que irá esperar mais um ano para novas férias. Quando as férias são de duas semanas e aproveitadas até ao limite, também deixam as suas marcas. A pessoa quase que sai directa das férias para o trabalho e começa a trabalhar com o corpo em ritmo de férias. É uma espécie de jet lag esquisito.

Sobra aquilo que dizem ser o melhor. Três semanas de férias. Mas com uma atenuante. Que é guardar alguns dias para estar em casa sem fazer nada. De modo a que o corpo perca o ritmo de férias ao mesmo tempo que não leva com a intensidade do trabalho. Mas duvido que existam muitas pessoas a tomar esta opção. Porque quando a pessoa está de férias quer aproveitar tudo ao máximo. O que faz com que o regresso ao trabalho, por melhor que seja a profissão e o cargo, custe sempre um pouco mais. Parece que o corpo fica em negação.

7.9.17

quem tem maior desejo sexual?

Encontrei diversos estudos sobre o tema. Mas prefiro não falar dos resultados. A questão em si é que tem a sua piada e até consegue ser interessante. Afinal de contas, quem é que tem maior desejo sexual: homens ou mulheres? Se é que se pode discutir desejo sexual consoante a diferença de sexo. Os estudos dizem que sim...

olá senhor. quer provar?

Durante a semana costumo beber café, depois de almoço, quase sempre no mesmo sítio. Em cinco dias de trabalho, vou quatro vezes ao mesmo local. E no meu percurso passo por uma bancada que vende doces e outras coisas. Onde por norma está sempre a mesma mulher a trabalhar. E não é preciso uma grande memória para saber que é a mesma mulher. Passo por lá tantas vezes que é impossível não reconhecer a pessoa.

Mas se a reconheço, acredito que não se lembre de mim. E digo isto porque todos os dias pergunta se quero provar algo. "Olá senhor. Quer provar?", pergunta, esticando o saco que tem na mão e que contém uma das especialidades que vende. Ao que respondo "Não, obrigado". Quando digo que não se deve lembrar de mim é porque me pergunta isto praticamente todos os dias. E a minha resposta é sempre a mesma. "Não, obrigado". Já perdi conta ao número de vezes que fui abordado, ainda que de forma simpática, pela mulher em questão. Tanto que já vou a andar e a pensar "Olá senhor. Quer provar?"

A minha outra teoria vai além da memória da mulher. Poderá estar a travar uma espécie de luta comigo. A tentar descobrir até que ponto resisto à tentação de provar o tal doce (?) que tanto me tenta oferecer. Até dou por mim a pensar na hipótese de estar a desperdiçar uma iguaria fantástica que me deixará a lamentar os dias em que a recusei. Porém, isto deverá manter-se eternamente uma dúvida para mim pois não perder este suposto duelo.

acidentes estúpidos

Existem ocasiões em que passo por acidentes de viação e fico a pensar como terá sido possível ocorrer um acidente naquelas condições. As estradas são boas, existe visibilidade e nada leva a crer que possa acontecer um acidente. A não ser por qualquer comportamento menos próprio de um condutor. Que até se pode distrair com algo.

Depois cruzo-me com condutores estúpidos como aconteceu hoje. E aí penso como é que não existem mais acidentes. Um estúpido daqueles que se mete à nossa frente, mesmo sabendo que não tem condições nem espaço para isso. E que obriga a que diversos condutores façam manobras e travagens desnecessárias.

São estúpidos como este que arranjam problemas a outras pessoas. Que vão a conduzir dentro da normalidade e depois levam com estes estúpidos que nasceram para tudo menos para conduzir um carro.

6.9.17

tenho um herói, chamo-lhe pai

Hoje é um dia muito especial para mim. Uma das pessoas mais importantes da minha vida está de parabéns. O meu herói faz anos. Hoje é dia de festa para o meu pai e para a família.

Nunca cresci a idolatrar heróis. O meu herói é o meu pai (e a minha mãe) e foi sempre nele que procurei inspiração, sabedoria, sensatez, educação e postura. Ensinou-me a saber escolher caminhos. Deu-me liberdade com responsabilidade. Tudo coisas que fazem com que seja um orgulho ser seu filho. E que são impossíveis de agradecer justamente.

Por isso celebro. Festejo. Festejamos. Hoje o mudo dá destaque e protagonismo ao seu maior herói. A quem felizmente (e com um orgulho tremendo) posso chamar pai. Espero um dia ser metade do homem que és! Amo-te muito Anhuca. Parabéns pai!

quando o tema são mensagens escritas, existem dois grupos

Quando se fala do envio de mensagens escritas existem dois grupos de pessoas. De um lado estão as pessoas que fazem questão de ter a última mensagem. E que não desistem enquanto a outra pessoa continua a responder. E existem aquelas que não nada preocupadas em ter a última palavras. E até creio que existem mais pessoas no primeiro grupo.

4.9.17

a moda do rabo à mostra

Chamem-me aquilo que quiserem mas não perecbo esta moda do rabo à mostra. E não me refiro aos reduzidos biquínis utilizados na praia que praticamente nada escondem. Aí, tudo bem! É o habitat natural dessas peças de roupa. Refiro-me aquelas mulheres que passeiam com calções que mais parecem cuecas que encolheram na máquina de lavar. E que o fazem em locais como centros comerciais e hipermercados.

É que se a maxima a seguir é "o que é bom é para se ver" mais vale que as pessoas andem nuas. Acho de mau tom andar pela rua com calções que deixam metade do rabo a descoberto. Os tais calções que parecem cuecas ou que transmitem a sensação de que a pessoa se enganou no tamanho escolhido.

E só posso acreditar que a decisão é ponderada. Não é obra do acaso. As pessoas experimentam os calções, percebem que ficam com metade do rabo a descoberto e decidem que assim é que fica bem. Não sou nenhum especialista em moda nem está em questão os corpos que (pouco) se escondem naquelas roupas reduzidas.

Defendo apenas que nenhuma pessoa sai valorizada com roupas assim. Defendo também que não são as roupas que fazem as pessoas. Nem julgo as pessoas com base no que vestem. Acho apenas feio e desnecessário. 

nunca confies...

O mês de Setembro marca o início das manhãs escuras. Quem, como eu, sai da casa por volta das sete da manhã, começa a preparar-se com a escuridão. Quem, como eu, pensa que ainda é Verão, arrisca sair de casa apenas de tshirt... num dia chuvoso. Mais vale nunca confiar.