28.9.17

a banalidade da nudez

Hoje a nudez é banal. Está desvalorizada. É gratuita. Está em todo o lado à distância de um clique. E pouco ou nada é deixado à imaginação. O que faz com que muitas pessoas olhem para a Playboy como uma revista porca e ordinária. Numa altura em que muitas pessoas falam da Playboy devido à morte de Hugh Hefner, desafio que percorram a história da publicação.

E não me refiro à primeira capa em que aparece Marilyn Monroe, cujas fotos eram antigas e foram compradas por qualquer coisa como 170 euros. Refiro-me à capa em que aparece uma mulher semi-nua com uma gravata. Uma rara troca de papéis com os homens. Ou a capa em que aparecem funcionárias do governo norte-americano. Ou mesmo as nove mulheres de Wall Street, sendo que sete foram logo despedidas quando a publicação foi colocada à venda. Ou mesmo a agente da polícia de Nova Iorque que aceitou despir-se.

Tudo isto hoje é banal. É apenas uma (ou mais) mulher nua. Mas quando vemos os anos destas publicações, percebemos que nem sempre se olhou para a nudez da forma como hoje se olha. E percebemos a importância de uma publicação como a Playboy. Mesmo para as mulheres. Podem ver as capas mais marcantes da publicação aqui.

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