Existem histórias que ouço e que nunca mais esqueço por considerar que são verdadeiras lições de vida. Esta foi partilhada por Luís de Matos, numa entrevista concedida a Daniel Oliveira, no programa Alta Definição (peço desculpa se estiver enganado). Não me recordo se a história foi protagonizada pelo mágico ou por um amigo. Mas isso pouco importa. O que tem relevo é mesmo o momento e o seu significado.
A história (real) teve lugar num comboio. Onde viajava Luís de Matos ou o seu amigo. Que estava instalado numa zona mais reservada e mais cara do comboio. Numa determinada estação pai e filho entraram no comboio. E foram para a mesma zona onde estava calmamente instalado o ilusionista ou amigo. O pai era a calma em pessoa. Ao contrário do filho que estava bastante agitado.
O pai permanecia calado. Por sua vez, a criança corria, saltava e gritava. Algo que incomodava os restantes passageiros que tinham gasto mais dinheiro para estar descansados durante a viagem. Com o passar do tempo o pai permanecia calmo. Enquanto a criança estava cada vez mais agitada sem que o pai nada fizesse. O que incomodava ainda mais os passageiros. Até que um deles decidiu confrontar o pai do rapaz.
“Já viu o que o seu filho está a fazer? Está a incomodar os passageiros”, disse-lhe.
“E o senhor nada faz”, acrescentou.
“Peço imensa desculpa. Mas acabámos de vir do hospital onde a minha mulher, mãe dele morreu. Se me souber dizer o que fazer para o acalmar terei todo o gosto em o ouvir porque não sei mesmo o que lhe dizer ou fazer”, explicou o pai.
A leitura deste momento vai depender de pessoa para pessoa. Certamente existem pessoas que defendem que nada têm a ver com a morte da mãe da criança e que não têm de ser incomodados pelo mal dos outros. Haverá quem ache que todo aquele aparato e passividade do pai são mais do que aceitáveis. Mas acho que facilmente se percebe que não sabemos tudo dos outros apenas com base num detalhe que nos incomoda (ou não) e é também certo que nos preocupamos com coisas que em nada afectam a nossa existência.
So true!!!
ResponderEliminarConfere!
EliminarNinguém sabe nada de ninguém e julgar é muito fácil (por mim falo).
ResponderEliminarJulgar é muito fácil.
Eliminaresta história é do mais comovente!
ResponderEliminare sim, ajuda-nos quando, por vezes, temos tendência a fazer juízos precipitados.
É uma lição para quem tiver capacidade.
EliminarA mim a vida ensinou-me (à bruta) a não fazer juízos de valor dos comportamentos dos outros...
ResponderEliminarE mesmo assim dou por mim por vezes a criticar mentalmente este ou aquele comportamento... Mas tal como o velho ditado diz "Quem vive no convento é que sabe o que se passa lá dentro" e cada um de nós somos um "convento"!!!
Nem mais!
EliminarAí seria complicado decidir entre uma coisa e outra, pois quando se chama a atenção a alguém para tal facto, nunca se espera uma resposta dessas...
ResponderEliminarÉ uma lição.
EliminarSim, comovente e lindo. No entanto, contra factos não há argumentos e a verdade é que a criança ia efectivamente a incomodar os restantes passageiros e o pai nada disse. Uma coisa é a lei moral outra é a lei legal.
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