Tenho tido conhecimento do final de diversas relações que duravam há largos anos. Relações daquelas sobre as quais não se conhecem problemas de maior que vão além dos problemas normais com que qualquer casal tem de lidar. Relações daquelas em que se apostava que seriam para sempre. E isto leva-me a pensar num eventual prazo de validade nas relações. Será que existe?
Algumas pessoas falam da crise dos sete anos das relações. Outros juntam a dos onze anos. Não sei onde surgiram estes números nem o que leva algumas pessoas a temer estes números por acreditarem que é certo que vão ter um problema grave naquela altura da relação. Aquilo que me parece é que as pessoas cada vez têm menos paciência umas para as outras. Mais depressa se muda de vida do que se tenta resolver um pequeno percalço.
Assusta-me a ligeireza com que se coloca tudo em causa. A facilidade com que se ignora uma história de vida a dois (ou mais quando existem filhos). Com isto não quero dizer que as pessoas devem ficar juntas apenas porque namoram há muito tempo ou porque têm filhos em comum. Quando não dá, cada um segue o seu caminho e procura a felicidade noutro sítio. Aquilo que me assusta é que um pequeno problema – que mais tarde se percebe que era apenas um grão de areia – é o suficiente para tantas pessoas mudarem de vida como quem muda de camisa.
Sou apologista que os problemas devem ser resolvidos. Que não se deve deitar fora algo que não funciona, sem tentar arranjá-la. Se depois de se tentar tudo o que estava ao alcance de cada um, não funcionar, pronto, c'est la vie como se diz por aqui. A mim também me assusta essa ligeireza e essa falta de paciência das pessoas uma para com as outras. Em que relações forem.
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Penso dessa forma. Tal e qual. Assusta-me a ligeireza.
EliminarNão sei se terão prazo de validade. Se uma relação começa sem haver amor verdadeiro, então é certo que um dia terminará.
ResponderEliminarAbraço
Mas essas não devem durar muito tempo.
EliminarAbraço
Não sou pessoa de acreditar nessas "superstições", mas estou numa relação há 7 anos e estamos numa fase terrível, a pior até hoje.
ResponderEliminarNão encaro isto com leveza. Não existem filhos à mistura, é um facto, mas é uma fase em que os sonhos para a vida dele não coincidem minimamente com os sonhos que eu tenho para a minha vida. Mas é como tu dizes, quando não há mais nada a fazer, iremos ter que ir cada um para seu lado, mas por enquanto estamos lutando. :)
Se querem lutar por algo já é bom sinal. E será o que o tiver de ser. Mas tiro o meu chapéu por se darem ao trabalho de perceber se tem pernas para andar :)
EliminarJá tive a crise dos 7 anos, e estava numa fase da minha vida, que mesmo a lutar não nos estava a fazer bem, o filho já se estava a ressentir e mais tarde ou mais cedo íamos nos magoar com palavras feias, e iríamos sair muito machucados. Optamos pelo divorcio. Ficamos amigos. Ano e meio depois voltamos a casar. Já lá vão 10 anos e mais um filho. Ao todo vão 20 anos. Confesso o divórcio fez nos bem. Sim tenho o mesmo marido 2 vezes. Adelaide
ResponderEliminarIsso leva-me a outro tema. Só temos noção do que temos quando deixa de ser nosso.
EliminarMts vezes não são problemas, é só a vida. As pessoas passam tanto tempo fora de casa, a trabalhar, a fazer desporto, agarrados aos telemóveis e computadores, autocentrados, que chegam A um ponto e não se identificam com a pessoa que tem ao seu lado. Uma relação exige investimento de amor, tempo, atenção, respeito e partilha de opiniões, de gostos, de projectos. Mas essas coisas por vezes dão trabalho!
ResponderEliminarAcho que dizes tudo nestas linhas. É uma das consequências da forma como as pessoas vivem hoje.
Eliminar" Aquilo que me parece é que as pessoas cada vez têm menos paciência umas para as outras. Mais depressa se muda de vida do que se tenta resolver um pequeno percalço."
ResponderEliminarNinguém tem paciência para ninguém o que lamento.
Beijinho
A paciência podia ser excluída do dicionário.
EliminarBeijos
Já disse isso muitas vezes, a descartabilidade das relações hoje em dia é assustadora. É a política do "não estamos bem, mas não vou tentar entender...acaba-se e pronto". Ninguém faz o esforço de tentar ver se a relação é salvável, haja filhos, casamento ou não. A procura da paixão eterna é muitas vezes mais forte. Também sou da opinião que mais vale felizes e separados do que infelizes juntos. Mas os casais têm que entender que a paixão transforma-se, que o amor cultiva-se e que ninguém é adquirido...conquista-se todos os dias.
ResponderEliminarNão há relacionamentos sempre no auge, há altos e baixos, mas os baixos não querem sempre dizer que chegou o fim...são fases normais e muitas vezes ultrapassáveis com amor e compreensão.
Casei há 12 anos, começamos a namorar há 15, tinha eu 22 anos...acho que acima de tudo, crescemos e aprendemos juntos ao longo dos anos. Se é para sempre? Espero que sim, vale a pena fazermos por isso. ;-)
http://thelusofrenchie.blogspot.pt
Hoje em dia tudo é descartável. Mesmo as pessoas e os grandes amores.
EliminarTu tens toda a razão, se não dá, não dá, não vale a pena forçar, porque o que não dá certo, não vai dar e pronto. Pelo menos, é o que eu acho.
ResponderEliminarMas existem pessoas que desistem de tudo sem saber se dá ou não.
EliminarAssusta-me a falta de paciência e a falta de principios que se vê por ai. Tenho pena que as pessoas ja não se respeitem ( nem a elas próprias ).
ResponderEliminarAcho que passa por aí.
EliminarNamorei 12 anos e estou casada já fez 10 anos...
ResponderEliminarSe todos os dias foram felizes? Não
Se tivemos problemas??? Infertilidade e perda de 2 filhos foram os nossos maiores problemas.
Se vacilamos na relação? Não
Se pusemos tudo em causa? Sim
Se alguma vez questionamos o nosso amor? Não
Se vai durar para sempre? Estamos a trabalhar para isso...
Certezas? Só no fim do jogo
Gostava que todos os casais lessem o teu comentário e fizessem essas perguntas a si próprios.
EliminarEstão de Parabens, um exemplo para todos...
ResponderEliminarGosto destes momentos de partilha.
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