29.8.13

não há nada como ser tratado pelo dexter

A minha segunda ida ao dentista esta semana começou com um apontamento de humor. “Então! Traz aí um kinder”, disse-me o dentista assim que meti os pés dentro do consultório e mal olhou para a minha cara inchada, com aspecto de quem foi picado por abelhas. Apesar das dores e do desconhecimento da situação porque nunca tive a cara nestas condições, não evitei esboçar um sorriso ao mesmo tempo que pedia por tudo que saísse do consultório sem dores.

Até que uma súbita mudança transformou o dentista bem-humorado e com piadas de algibeira no Dexter, o serial killer que mais fãs tem no mundo. Sem me levar a jantar ou ao cinema ou sem sequer me pagar um café, convidou-me a deitar. Um convite daqueles que soa a ordem e que só tem uma resposta possível. E lá me deitei.

Ao jeito de Dexter, olhou bem de perto para mim enquanto eu permanecia deitado, imóvel e um pouco assustado. A única diferença para as vítimas do serial killer é que não estava embrulhado em celofane. Aproximou-se com um bisturi. Mas não me golpeou a cara de lado para recolher uma amostra de sangue como troféu. Foi mesmo dentro da boca que me cortou, de modo a aliviar-me a dor que me apoquentava.

Tudo isto fez com que me sentisse uma vítima de Dexter, com a vantagem de ter sobrevivido para contar a história. E em vez de sentir dores, saí de lá com muito menos dores do que quando lá entrei. Não há nada como ser tratado pelo Dexter.

5 comentários:

  1. Olha a tua sorte. Imagina que ele se engana no dente a tratar???
    Eheheheh..

    Piegas:)))
    Beijoooooo

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  2. Ser tratado pelo Dexter não é sempre assim tão mau...
    beijinho

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  3. Ser tratado pelo Dexter, não é mau.... Pelo menos, no fim, ninguém se queixa....

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