Volta e meia os animais de estimação, mais especificamente os cães, são notícia. Infelizmente, na maioria dos casos só se dá destaque a um cão quando este morde/ataca alguém. Faz-se desse animal o maior mal que existe no mundo. Depois, quando um cão salva alguém, consegue algum destaque mas nunca o mesmo daqueles que morderam alguém e que meio mundo deseja que sejam abatidos. Depois, e infelizmente, surgem notícias em que os cães são as vítimas de maus tratos por parte de energúmenos. Mas, mesmo estes, só conseguem ser notícia depois de conquistar as redes sociais. Algo que aconteceu com Simba.
Para quem não conhece a história de Simba, trata-se de um Leão da Rodésia, que alegadamente terá sido assassinado com tiros de caçadeira por um vizinho que é caçador profissional. Andreia Mira, a dona de Simba, ouviu dois tiros de caçadeira e o ganir de um cão. Por precaução chamou Simba que acabou por aparecer ensanguentado, acabando por morrer nos seus braços. Esta história foi partilhada nas redes sociais por Diogo, marido de Andreia e a história tornou-se viral fazendo de Simba um símbolo da luta contra os maus-tratos a animais pois os donos estão dispostos a tudo para que seja feita justiça e nem as ameaças de morte de que foram alvo os irá travar.
Quando surgem histórias infelizes como esta surgem sempre (e em grande número) comentários de pessoas indignadas. Mas não estão indignadas com a morte do animal. Revoltam-se com o tempo de antena que é dado a um cão. “Simba? Que se f***, é só um cão”, é uma boa forma de resumir o modo de pensar destas pessoas. Pessoas essas que defendem que existem problemas muito maiores por resolver. Este modo de pensar faz com que estas pessoas vejam os maus-tratos a um animal de estimação como algo completamente banal e inferior.
Quem já teve um cão, e eu tive um durante 14 anos, sabe que não é apenas um cão. É um membro da família. E não é tratado como inferior apenas porque ladra. É tratado como mais um. É um dos nossos. Sofre-se tanto quando está doente como acontece com outro qualquer familiar. Planeiam-se férias a contar com ele. Dizer que é um membro da família é a melhor forma de resumir tudo. E quem já teve um cão saberá o bem que sabe chegar a casa e ser recebido com a maior alegria do mundo. Alegria essa que é pura e despida de interesses pois nada pedem em troca. Sei o que aquele casal está a sentir porque apesar de o meu cão não ter sido abatido, morreu nos “meus” braços. E sei o vazio que senti e que ainda sinto. Sei aquilo por que os meus pais passaram. Sei o que é entrar numa casa e ficar sempre à espera que ele apareça sabendo que isso não irá acontecer.
Quem nunca teve um cão e acha que não passa disso mesmo, de um cão, experimente ter um. Caso tenham coragem para isso. E predisposição para um amor como provavelmente nunca tiveram nas suas vidas. Ou percam algum tempo a ler relatos, como é o caso deste casal, de pessoas cujas vidas mudaram no dia em que decidiram ter um cão. Como foi o caso de Luís Franco-Bastos que já explicou isso mesmo nas redes sociais. O talentoso humorista é um bom exemplo daquilo que um cão adoptado, neste caso Balotelli, pode fazer por uma pessoa.
Quanto às pessoas que defendem que a morte de Simba não merece destaque porque existem problemas maiores. É um facto que existem problemas maiores. Mas isso não retira importância ao facto de um animal de estimação ter sido abatido com tiros de caçadeira. Não significa que se ignore o problema e que se olhe para o lado aceitando esta barbaridade como algo normal. E isto aplica-se a este caso como a todos os problemas considerados menores. E o problema nunca vão ser os problemas menores. O problema mais grave passa pelas mentalidades menores. Essas é que lixam isto tudo.
Eles mudam-nos. Tornam-nos melhores pessoas.
ResponderEliminarAcredito (e muito) nisso.
EliminarSem palavras tenho um cão e um gato ambos abandonados aminha cadela foi atirada porta fora para a linha do comboio dentro de um saco plastico por isso tudo tem que haver justiaça
EliminarGostei muito deste teu artigo porque é exactamente assim que penso. Ter um animal de estimação é muito mais do que simplesmente um animal. Ele é família, é um amigo. Quem diz que era apenas um cão, que diz que devíamos dar atenção a temas mais importantes normalmente é o 1.º a não dar atenção aos mesmos. Não existem causas superiores a outras. Todas são válidas e têm o seu espaço. Depois, as relações fazem-se de sentimentos e de partilha, seja entre humanos ou com outras espécies. Quem gosta de animais normalmente gosta de pessoas. O contrário não é tão verdade e repetindo um cliché bastante batido "quem não gosta de animais não pode ser boa pessoa". É exactamente isso que penso e dessas pessoas quero distância.
EliminarNão me choca mas espanta-me que as pessoas não consigam compreender que existem outras que gostam de animais e que não os reduzem a isso mesmo. Conseguem ver algo mais.
EliminarTive 2 cães ao longo dos meus 25 anos de vida, pelo que sei perfeitamente o que é ter um cão.
ResponderEliminarAdorei a minha primeira cadela, que me acompanhou desde o meu 1º ano até aos 14; adorei o meu cão e que veio quando tinha 16 e morreu, à minha frente, quando tinha 24. Isto para dizer como preambulo que adoro cães, claro que sofro com a sua morte e nunca os tratei mal.
Dito isto, os cães não são membros da família. (Pausa para choque). Fica bonito de dizer, sim senhora, o meu irmão de 10 anos também dizia que o nosso cão era o melhor amigo dele, mas na prática não é verdade. Ele não te pergunta como foi o teu dia. Não quer saber. Quer que tu brinques com ele, lhe dês de comer, o passeies. Fica triste quando vais embora porque não vai ter isso (desinteressado? Yeah right). Um cão não sabe o que faz - é educado. Por isso é que há cães que atacam, cães que vão para o quintal do vizinho (não sei se foi o caso do Simba) e cães que roem os tapetes. Ele só sabe que não o deve fazer se nós o educarmos (diferente de "explicar por A+B"). Repito: adoro cães, dão alegria a uma casa, adoro as brincadeiras e as festas quando chego a casa - mas isso não o torna humano.
E portanto, não quero dissertar sobre o tema "Simba" porque não sei o que se passou, se foi maldade pura, se houve alguma atenuante (não me digam que não há atenuantes possíveis, todas as histórias têm dois lados), mas o Simba era um cão. Ponto. Não era uma pessoa, e quem o matou não é um homicida - apesar de poder ser mau, estúpido e julgado.
Que o amor pelos animais não nos tolde o racíocinio (competência que os próprios nao têm).
Compreendo a tua análise mas não consigo ser tão "frio" nem "distante" do meu cão em relação aquilo que pareces ser (peço desculpa se estiver errado) em relação aos teus.
EliminarEu não digo que o meu cão era da minha família porque fica bem dizer (apesar de não aceitar que exista quem o faça) mas porque foi o que senti ao longo do tempo de vida em comum. Há quem me faça perguntas e não tenha nem metade do interesse que o meu cão tinha por mim. E existem muitas pessoas que fingem preocupar-se comigo por coisas que podem ser comparadas aos brinquedos, biscoitos e passeios.
Tal como existem cães que atacam, existem pessoas más. Sem querer comparar cães e pessoas acho que a base é semelhante. Tornam-se naquilo que lhes é dado a conhecer. Absorvem o meio que os rodeia. E isto dava pano para mangas.
Também não sei o que se passou. Sei apenas o que li e parece que o vizinho diz que disparou para o ar. E espero que as autoridades dediquem algum tempo a perceber o que se passou.
O amor pelos animais não me altera a forma de pensar. Como defendi no texto, aceito que digam que existem problemas mais importantes. Mas isso não implica que se ignorem casos destes. Porque, se assim for, importam meia dúzia de crimes e o resto passa a ser banal.
Parabéns pelo comentário, disse exactamente aquilo que penso.
EliminarDe facto o amor pelos animais, a muitas pessoas, tolda o raciocínio lógico. Muitos desses são os mesmos que criticam o extremismo religioso, mas que quando se trata dos animais são eles próprios os extremistas. São aqueles que dizem sem pudor, a célebre frase que me choca imenso: "Quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais".
Um cão não é humano e não o tratem como tal. Tratem-no com respeito que o animal merece.
A tua última frase é bastante objectiva. "Tratem-no com respeito que o animal merece". Isto pode é levar a outra discussão: quem define o respeito e os seus limites.
EliminarIa fazer um comentário deste género. Concordo na íntegra. As pessoas não podem assumir que toda a gente que já teve cães pensa assim. Tal como não podem assumir que todos os gays são a favor do casamento gay ;) Tb tive um cão, custou-me a morte dele, gostei mt dele e esteve comigo durante 16 anos. Mas dizer que é da família? Não. Isto "Sofre-se tanto quando está doente como acontece com outro qualquer familiar." é REDONDAMENTE mentira. Pode ter-se aplicado a ti. Mas generalizar... Se alguma vez na vida eu ia sofrer tanto com a doença do meu cão como com a doença do meu filho/pais/marido/irmã... é que nunca. Nem sequer consigo conceber como é que isso possa ser comparável.
EliminarA questão aqui não é assumir que todos gostam de animais ou que todos odeiam animais. Eu gostar e tratar o meu cão como um membro da família é uma opção pessoal. Não é uma regra. Tal como odiar animais é uma opção e não uma regra. Se existem pessoas que maltratam outras pessoas, quanto mais animais. Não perceberes como é comparável é algo perfeitamente normal. Haverá quem perceba o que disse e haverá quem discorde. Nada disto é um problema.
EliminarAgora, a lei é igual para todos. Para aqueles que adoram animais e para aqueles que os detestam. Existe uma lei contra os maus-tratos aos animais. A questão é essa. E isso é uma lei igual para todos. Não vamos ignorar a lei porque é apenas um cão até porque essa lei existe por causa dos animais.
homem sem blogue,
EliminarRespondendo à tua resposta para mim:
"Há quem me faça perguntas e não tenha nem metade do interesse que o meu cão tinha por mim. E existem muitas pessoas que fingem preocupar-se comigo por coisas que podem ser comparadas aos brinquedos, biscoitos e passeios."
E as que não fingem? Têm um interesse por ti equivalente ao teu cão? Ou menor, ou maior? Não se trata de competir, apenas de comparar o comparável - um membro da tua família vai-te educar, vai-te fazer pensar, crescer, vai-se preocupar contigo, vai-se zangar contigo quando o mereceres, vai-te ver ao hospital, vai contigo à polícia fazer queixa de X Y ou Z.
Um cão? Vai-te fazer companhia. Vai-te fazer ter bons sentimentos (às vezes), mas nem tu sabes explicar porquê - é um animal de estimação, estima-se, mas não é um membro da família... Desculpa-me, mas só o sentimento não chega. Ou melhor, chega para gostares dele, mas não chega para o equiparares à pior das pessoas, simplesmente porque não é uma pessoa. E até tu dizes isso de seguida:
"Tal como existem cães que atacam, existem pessoas más. Sem querer comparar cães e pessoas acho que a base é semelhante. Tornam-se naquilo que lhes é dado a conhecer. Absorvem o meio que os rodeia."
Existem cães que atacam por 1 de 2 razões: Ou não foram educados para não atacar, ou independentemente de terem sido ou não seguiram os seus instintos naturais (partindo do principio, em que acredito, de que os cães só atacam quando sentem perigo para si ou para o seu [dono, território, filho]. As pessoas más tem pouco a ver com educação - muito mais a ver com reacções a experiências e sentimentos - inveja, raiva, rancor, "justiça"... Pior: um cão, quando ataca, dificilmente acha que fez algo errado. Uma pessoa sabe SEMPRE que o faz. Sabe, em parte por causa da sociedade e da família que lhe incutiram isso, mas eu acredito que sabe também por algo que lhe foi "impresso no coração" (pirosice não intencional, não sei como lhe chamar - consciência?). Os remorsos são reais, quem nunca os experimentou ponha o dedo no ar! Não é preciso teorizar muito sobre isso... E portanto o facto de sermos humanos com consciência e racícinio e livre arbítrio (liberdade, if you will), distingue-nos -a TODOS - inequivocamente de um cão. P ex, uma prisão de cães, faz-te sentido? Eles nem sentiriam o castigo! Era um canil! Mas o ser humano pode aprender, pode arrepender-se, pode-se transformar. Um cão educa-se, mas no limite é sempre um animal. De estimação, por isso sempre estimei os meus cães <3
Por último, só comentar uma resposta que não me foi dirigida, se me permites:
"Agora, a lei é igual para todos. " Médio.
Médio porque se tu deres uns tabefes num tipo qualquer, especialmente se o tipo for um pulha, não vais preso. Não pagas multa. A maioria dos defensores da lei dos maus-tratos dos animais nem sequer acha que devias ir preso! Então se o outro tipo bate nos filhos tu não lhe podes bater?!
A lei dos maus tratos dos animais deve ser aplicada ao vizinho.
MAS, depois, a sociedade devia pensar se quer ser coerente e ter leis que protejam de igual modo a nossa espécie, porque senão é como diz alguém por esta caixa de comentários "Quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais", e esta intolerância para com pessoas que são IGUAIS a nós, excepto nas opiniões, tornar-se num amor unidireccional para com animais DIFERENTES de nós, porque NEM SEQUER têm opiniões! Não seria mais fácil amar alguém que não tivesse opiniões políticas, não nos contradissesse e só quisesse festas a toda a hora?.....Sim, mas não vejo (ainda) ninguém a casar com cães... Somos pessoas, caramba... Não podíamos ser um bocadinho mais civilizados tanto para com os cães como para com as pessoas?!
Catarina
Olá Catarina (com um nome é mais fácil).
EliminarObrigado pelo teu extenso comentário. Começo por dizer que nada tenho contra o teu modo de pensar. E nem quero fazer do meu algo obrigatório para todos. Eu tratar o meu cão como membro da família não significa que toda a gente tenha de o fazer. Nem sequer me espanto que exista quem não o faça.
Não vou entrar num "duelo" de argumentos entre pessoas e cães. O que dizes é muito válido mas isso não altera o meu modo de pensar quando defendo que o meu cão era mais humano do que muitas pessoas que conheço. E isto nem tem de ser motivo de debate porque é a minha humilde opinião e tão válida quanto a tua que está muito bem argumentada.
O que é igual para mim, para ti e para todos são as leis. Essas não se alteram consoante o modo de pensar. Se tens um problema com um vizinho ou se simplesmente não gostas dele não lhe dás uns tabefes nem tiros de caçadeira. Porque haverás de fazer isso com um animal que pertence a uma família? Para mim a questão é esta.
Falas na hipótese de dar uns tabefes ao meu vizinho. Se o fizer nada acontece. Mas acredito que saibas se trocar os tabefes por murros, o caso muda de figura legalmente. E pode piorar por exemplo que se for uma pessoa com passado/presente ligado às forças policiais.
Pessoalmente, considero triste que tenham de existir leis que protejam os animais de atrasados mentais que os maltratam apenas porque sim. Apenas porque são animais. Apenas porque não são pessoas. Isto é que é muito triste.
Porque se tenho de ser tolerante com pessoas que considero parvas, por exemplo, também tenho de o ser com animais de que eventualmente não gosto.
A tua última pergunta diz tudo. Não podemos ser civilizados com pessoas mas também com animais? Ou será que o nosso civismo não é colocado em causa apenas porque é um cão?
Sim, o que é para ti não é para os outros e vice-versa. A minha opinião relativamente aos animais de estimação não vai de encontro à tua, mas estou inteiramente de acordo que a pessoa que matou o Simba devia ser castigada. Existe uma lei para isso e, sim, devia ser aplicada. Lá porque eu não sinto os animais como família e não tomo a defesa dos animais como uma causa minha, não significa que concorde que se desate a acabar com eles. Espero que se faça justiça.
EliminarPercebi mas não entendo. Se ao longo dos teus 25 anos, os teus pais não te tivessem educado e não tivesses frequentado a escola, o que sabias? Talvez menos que o teu cão.
EliminarPara si Cynthia, gostava que respondesse a uma pergunta:
EliminarNuma só palavra qual é a sua definição de família?
Para os anónimos:
EliminarPoderão achar à 1º vista a comparação absurda- que não o é- mas dizerem que um cão não é como um membro da família, porque não fala a linguagem dos humanos, só tem interesse em que lhe dês de comer, que brinques com ele, resumindo- palavras vossas- não sabe o que faz... Por essa vossa linha de pensamento, que dirão então vocês sobre os humanos portadores de deficiência, em que as faculdades de raciocinio, logica, linguagem foram afectadas ou não se chegaram a desenvolver por má formação genética? Essa condição para vocês e comparativamente aos cães, fará então deles menos humanos... Isso porque segundo a vossa percepção aqui explanada, a definição de SER HUMANO reside na posse de todas essas faculdades...e o que nos distingue dos demais animais. Pois eu só posso discordar e dizer que entre o SER HUMANO o os restantes animais apenas 1 particularidade os distingue inequivocamente, a consciência da sua finitude e nenhum de vós apontou essa característica na argumentação que fez. E consciência existe sim nos animais, assim como o processo criativo, os cientistas já chegaram a essa conclusão, para quem tem interesse nos mais recentes estudos científicos já pode encontrar essa informação. Daí e respeitosamente considerar o vosso conceito obsoleto.
Lamento desapontar-vos mas por voces pensarem assim não significa que seja a verdade ou que seja a verdade para toda a gente. O meu cão é da familia. E preocupa-se e interage muito mais do que muita gente da minha familia. Vivo com ele mais tempo que muitos da minha familia. Gasto mais tempo do que com muitos da minha familia, cuido mais dele do que cuido da minha familia e sim não tenho vergonha nenhuma em dizê-lo como presumo que voces não tenham vergonha de dizer que o vosso cão que voces dizem amar não ser também um elemento da familia, só que em forma de animal. E qual o problema de ter não humanos na familia? Pessoalmente eu até preferia ter mais não humanos do que humanos na minha familia...
EliminarO meu cão é o meu filho de 4 patas. Pausa para choque.
homem sem blogue,
EliminarVou tentar ser breve porque nem a mim me apetece ler aquilo que escrevi, de tão extenso que ficou (sorry)
"Começo por dizer que nada tenho contra o teu modo de pensar. E nem quero fazer do meu algo obrigatório para todos."
Infelizmente, eu tenho algumas objecções ao modo de pensar que equipara um cão a um humano. Não tenho nada contra ti pessoalmente, atenção, tens sido correctíssimo nas respostas e respeitador. Mas essa opinião, que várias pessoas partilham contigo, muda a maneira como se olha o mundo e assusta-me. Explico.
Exemplos concretos dos comentários só deste forum:
"o meu cão era mais humano do que muitas pessoas que conheço"
"Se ao longo dos teus 25 anos, os teus pais não te tivessem educado e não tivesses frequentado a escola, o que sabias? Talvez menos que o teu cão."
"Pessoalmente eu até preferia ter mais não humanos do que humanos na minha familia... "
Não sei se preciso de explicar... Esta opinião faz com que se prefira cães a pessoas. Muitas vezes disfarçado por "um cão é melhor que um bandido", mas de repente também já é melhor que o meu namorado que não me liga de volta, ou que a professora que me ralha porque não fiz os TPC ou que a mãe que me obriga a fazer a cama ou que a comentadora, caso não tivesse educação (talvez nem tenha). Percebes? O distanciamento e ódio face à própria espécie humana e a incapacidade de discutir e respeitar ideias alheias (que tu não tens, mas outros têm, e tu sabe-lo!) fazem com que idealizemos o cão-amigo ou cão-filho.
Isto, para mim, é perigosíssimo. Num mundo em que as pessoas procuram desresponsabilizar-se ao máximo, em que a taxa de natalidade está pelas ruas da amargura, em que a educação (até a dos cães) dá demasiado trabalho... Vai-se pelo caminho mais fácil: fechar-se em si mesmo, socializar com um ser que não nos contradiz, não discutir opiniões porque as dos outros não me interessam.
Acho belíssimo que se tenha amor aos cães que acolhemos - mas acho deplorável que o custo disso seja o ódio a outros homens. "Preferia mais não humanos que humanos na minha família"... São melhores? Subsituem-se? Pergunta qual é o problema. O problema, é que o seu "filho" não lhe vai dar um neto, é que o seu "filho" tem uma vida por natureza curta, é que o seu "filho" não lhe vai colocar perguntas existenciais que a/o façam pensar, é que o seu "filho" não lhe vai dar o prazer de o ensinar a gatinhar, andar, ler, falar. and so on... O seu filho é um cão. Quando tiver um da sua carne, passe aqui e diga-me se é igual.
E o Anónimo tem razão, a consciência (não só da finitude, mas isso é um detalhe) é o que nos distingue dos cães. O sentido de bem e mal. O desejo de evoluir. E digo-lhe que a minha tia com Trissomia 21 tem isto tudo. Precisa de ajuda? Sim, precisa. Mas sabe quando faz mal (e faz asneiras que nem imagina!), quer fazer bem aos meninos que vê no telejornal, quer fazer igual aos crescidos, sabe que se morre, quer casar e ser amada. Portanto, sim, é humana segundo ambas as nossas concepções.
Chamar um cão de "cão", não é amá-lo menos. É amá-lo pelo que ele é.
Catarina
@Cynthia
EliminarA questão é essa: justiça. E não discutir que ama ou odeia animais.
@Anónimo 00h45
Não percebo porque as pessoas não aceitam que exista quem goste de animais de uma forma mais humana e intensa. É algo normal. E a questão nem é essa.
@VerDesperto
Obrigado pela coragem de dizer algo que choca muita gente.
@Catarina
Não tens de pedir desculpa pelo longo comentário. Uma das coisas boas de um blogue é esta troca de ideias e opiniões.
Resumindo para não correr o risco de ser tão longo como tu, acho que discutir quem humaniza os animais é desviar o foco da questão. Se as pessoas não resolvem os seus problemas (pelo menos na maioria dos casos) aos tiros também não o vão fazer com um animal. Que por acaso pertence a uma família. A questão é esta.
Existem leis contra maus-tratos aos animais e é isso que está em causa. Esta é a questão mais importante. E têm de ser as pessoas a defender os animais com base nessa lei que os defende. Ignorar a lei porque é apenas um cão é um erro. Porque a lei é para esse cão.
De resto, cada qual olha para os animais como quer. Eu agradeço ter o dom, porque considero que o seja, de olhar para eles como algo mais. Agradeço o dom de tratar o meu cão como meu irmão pois "só" tenho uma irmã.
Para o anónimo que me dirigiu a pergunta: família, para mim, não se resume em apenas uma palavra. Mas em nenhuma delas encaixo um cão, um gato ou seja que animal de estimação for. Respeito quem tenha uma opinião diferente da minha, apenas não percebo. Mas as opções das outras pessoas não me afectam, se optam por igualar um cão a uma mãe, um pai, um filho... é com eles. EU simplesmente não consigo.
Eliminar@Cynthia
EliminarCada pessoas tem a sua visão e todas devem ser respeitas. Tal como todos devem respeitar os direitos dos animais.
Disseste tudo.
ResponderEliminarDesde que nasci que sempre ouve cães em casa dos meus pais. Uns morreram de velhice, e
custou muito.
Os últimos foram dois, como o Simba, foram assassinados. O cão envenenado, e a cadela (eram mãe e filho) desconfiamos que tenha sido sufocada... infelizmente não conseguimos reunir provas, nem culpados...
É revoltante, frustrante, e dá uma sensação de impotência perante tal creuldade.
E como dizes, quem nunca teve um cão, dificilmente irá perceber o valor e a dádiva que é uma relação com um animal destes. E a dor que se sente quando eles se vão...
Beijinhos
Z.
"É revoltante, frustrante, e dá uma sensação de impotência perante tal crueldade", esta frase diz tudo.
EliminarDe resto, é como dizes e bem, quem nunca teve um cão não saberá a dádiva que é.
Mais de 10 anos com um cão, a vida muda... Fazem parte de nós
ResponderEliminarEu vejo as coisas dessa forma.
EliminarEu planeio fins de semana com o meu, ou com quem o deixar, o fulano tem 3 camas, mas se o chão da casa tem pêlo, lamento, aqui vive um cão, esta casa é dele também. Esta é a filosofia cá de casa.
ResponderEliminarFizeste-me recordar o meu cão :)
EliminarHá uma coisa que discordo, no que escreveste, pessoas dessas não deviam ter um cão ou qualquer animal de estimação, não são dignas disso!!
ResponderEliminarÉ um modo de pensar que está muito perto da verdade.
EliminarRevolta que alguém dê um tiro ( ou sequer um pontapé) num cão só porque sim.
ResponderEliminarMas...
Os animais não são seres humanos, nem podem estar sob alçada de leis feitas por e para humanos. Não humanizem os animais.
Os cães não têm livre arbítrio, não têm responsabilidade, e a sua maior qualidade (a fidelidade dita, canina) é no Homem um defeito.
Mas os maus-tratos aos animais já são punidos por lei.
EliminarDEnunciei o meu vizinho por ter há 3 anos a sua cadela fechada numa varabda pequena. Resposta da Junta de Freguesia: "o canídeo também é pequeno". Há 3 anos que o animal não vê nada sem ser parede e vidro.
EliminarUm claro exemplo de uma pessoa que devia ser proibida de ter um animal em casa.
EliminarSe detetarem animais maltratados, o nº para ligar é este - 808200520, a junta de freguesia não quer saber, e muitas não são bons exemplos neste campo. Este nº. tenho-o gravado no meu telemóvel, para quando eu achar necessário.
EliminarTambém temos dois cães, que são membros da nossa família, compreendo perfeitamente a dor que sentem os donos do Simba. Os nossos amigos de 4 patas, têm por nós um amor incondicional, merecem todo o nosso carinho.
Muito obrigado por esta partilha.
EliminarTem algum link com a história de que fala do LFB? Obrigada.
ResponderEliminarNão te sei precisar mas sigo o LFB nas redes sociais e se procurares imagens dele e do cão no instagram ou facebook irás encontrar vários testemunhos. Partilho um que encontrei. É um excerto do texto de homenagem à sua mãe.
Eliminar"(...) É impossível resumir ou explicar o que era a minha mãe. Mas, tentando, diria que era a pessoa mais dedicada e preocupada com tudo e toda a gente que a rodeava que alguma vez conheci. Teve medo de cães toda a vida. Nunca se aproximou de nenhum, não foi educada com animais. Até que conheceu um rafeiro chamado Balotelli - só porque era meu, tornou-se a segunda criatura que ela mais adorava. Tratava-o como o neto que nunca chegou a ter. Queria dar-lhe tudo. Dava-lhe do prato dela. Salsichas com couve-lombarda. Carne de porco à Alentejana. Eu tentava dosear isso. "É um cão, não pode comer essas coisas! Se lhe queres dar um miminho, dá-lhe pão que isso não faz mal", "Ah, ele pode comer pão? Boa, já não me esqueço!". Uma semana depois, chegamos a casa dela e somos recebidos com "Descongelei pão para o Balotelli!". Não se pode resumir, mas isto era e será sempre a minha mãe. Se sou o que sou hoje, devo-lhe a ela 99% ou mais (..)"
É claro que não é que se lixe o Simba, mas esta conversa vem de trás. Foi o canito da enfermeira com ébola abatido, foi o Zico, etc...
ResponderEliminarPor mais que doa às pessoas que têm animais e que os tratam como de família fossem, aqueles não são seres humanos. Não se regem pelas normas da sociedade humana, logo não podem ser tratados como se de humanos se tratassem.
Não obstante a crueldade deste caso em particular, matar um cão não equivale a matar uma pessoa.
Claro que a sociedade evoluída protege os seus animais domésticos, tal como protege os animais selvagens, as plantas e recursos naturais. Esse tratamento serve de bitola ao grau de evolução de uma sociedade. Mas daí a equipará-los... nada disso.
Olhar para um animal como um membro da família é uma opção de quem tem um animal. Isto não pode chocar uma pessoa que acha que um cão não passa de uma coisa que se alimenta, ladra, brinca e faz necessidades na rua. Tal como quem trata um cão como um membro da família não tem de ficar chocado por existir quem ache que isso é uma estupidez.
EliminarOutra coisa diferente é a lei de maus-tratos aos animais que já está em vigor. Se, neste caso específico, o vizinho realmente matou o cão, tem de ser feita justiça. Não se vai ignorar a lei apenas porque é um cão porque a legislação diz respeito ao animal. Que, neste caso não era um pobre coitado vadio. Era o cão de uma família.
Não vamos ver os animais como pessoas (pelo menos quem não quer ver) mas também não vamos ignorar que existem leis que muitos querem ignorar apenas porque se trata de um cão.
Talvez isto choque algumas pessoas mas valorizo muito mais o meu cão que muitas pessoas que "conheço". Para mim, o meu cão era muito mais humano do que essas pessoas vão conseguir ser no melhor do seus dias. Mas isto é a minha maneira de pensar e ser e isto não é uma lei universal.
Também nós temos um Simba em nossa vida. A vida mudou muito com a chegada dele, para melhor.
ResponderEliminarO efeito que tem causado na melhoria da auto-estima da minha filha mais nova é abismal. Na realidade com o Simba nunca nenhum de nós se sente só. A alegria com que nos recebe quer seja depois de cinco minutos de ausência, ou de dia de trabalho é contagiante. Sé deveria ter animais quem consegue respeitá-los como seres que sentem e sofrem.
Obrigado por mais um bom exemplo do poder de ter um animal de estimação.
EliminarDesculpem a franqueza mas eu sou daquelas que toldam-se-me as ideias, estão a perceber?
ResponderEliminarE novamente pedindo desculpa pela franqueza, se o Simba fosse o meu cão, eu deixava de ter vizinho. Eu ia para a cadeia mas ele para o cemitério. Era o que fazia se alguém fizesse uma barbaridade destas a alguém da minha família (e claro que na minha família está indiscutivelmente a minha cadela).
Num ato de desespero, não iria responder por mim certamente...
Compreendo-te muito bem.
EliminarTantos comentários e nem um único fez referência àquilo que realmente interessa: um animal é um ser vivo, sofre e sente dor quando o magoam, e sabe donde vem o mal. E a única forma de se defender é ladrar e morder. É um acto de falta de caracter e de cobardia tratar mal um animal porque não tem as mesmas defesas e o mesmo entendimento que um ser humano. Portanto somos nós que devemos ter bom senso e sermos racionais para não ajudarmos de um ser vivo que pouco mais pode fazer que ladrar ou miar para se defender. Mas como não somos, de todo, animais racionais como nos querem fazer crer, existem seres que tratam cães e gatos como seres inferiores, como se não sentissem nada e não fossem dignos de existir. Pois eu digo aqui a tida a gente: tenho um gato, chama-se Oscar, e se alguém tivesse a coragem de lhe tocar, não viveria nem mais um momento.
EliminarO meu cão também se chamava Oscar ;)
EliminarTocas num ponto importante. Mas, mais do que isso, acho que discutir quem ama ou odeia animais é ignorar que existem leis que defendem os animais. Isso é algo que tem de ser igual para quem ama ou odeia um animal.
Sim, Concordo que fui um pouco redutor, mas as leis são constantemente ignoradas por quase toda a gente e, mesmo quando são evocadas, como no caso do Simba, toda a gente tem a mesma reacçao: "tanta coisa por um cão". Não consigo entender. E sim, a partir do momento em que um animal entra numa casa, passa a fazer parte da família. Não concebo que possa ser de outra maneira.
EliminarSe entramos nessa do tanta coisa por um cão temos dificuldade em perceber o que importa. E ficamos apenas por um ou dois crimes.
EliminarJe ne suis plus Charlie
ResponderEliminarPorquê?
EliminarPorque tanto de um lado (os que dizem que já chega de falar do simba) como do outro (os que dizem que os que dizem que já chega falar do Simba não o deviam dizer, já não são mais "Charlie".
EliminarTendo em conta a manifestação pró-liberdade da altura hoje já ninguém quer saber.
Só isso. Daí que o meu comentário é apenas uma reflexão (pelo menos é a intenção) disso mesmo.
Somos todos charlie. Neste caso a discussão acabou por fugir do importante que é a lei. Isto está a ser ignorado com base no gosto ou não gosto de animais.
EliminarPatabens pelo belo texto e que pie odedo na ferida...
ResponderEliminarObrigado!
EliminarEstou de acordo a 101% com o texto numa escala de 0 a 100! O amor não se define por géneros ou espécies, e quem não entende isto é porque não sabe ainda respeitar o próximo. O sentimento que grande parte, e já para não dizer a maioria dos seres humanos possui, de que é superior a tudo e a todos só o torna cada vez mais pequenino. Infelizmente nem todos podemos evoluir espiritualmente durante o pouco tempo que existimos. E sim o cão, o gato e até o periquito para muita gente é um filho ou um familiar, e não, não estão maluquinhas. São evoluídas, é diferente! E só para terminar e sem querer faltar ao respeito a ninguém, mas quem não entende dá-me pena!
ResponderEliminarPartilho esse modo de pensar. Quanto mais ouço/leio sobre o Simba mais percebo que amar um animal é um dom.
EliminarSempre tive cães e cadelas e sempre foram tratados como "filhotes". Com carinho, cuidados médicos, alimentação e muito amor! Foram e são muito felizes nesta casa. Mas, posso garantir que esses patudinhos só precisam dos cuidados já por mim descritos. Mas nós, os donos, precisamos deles muito mais!! As suas lambidelas dizem tanto... Só que os tem e os ama, é que percebe o que escrevi. Simba e outros tantos assassinados um ... Até sempre! <3
ResponderEliminarEu sempre precisei mais do meu Oscar do que ele de mim. E isto não se diz por ser bonito é porque é sincero.
EliminarTive um cavalo durante 6 anos e a dor de ter de o vender/separar-me dele foi enorme. Durante 5 anos não pus o rabo em cima de nenhum cavalo.
ResponderEliminarTive um coelho durante 9 anos, nos últimos 6 meses de vida dele gastei uma pipa de massa numa operação que sabia lhe daria apenas mais 6 meses. Tive de o mandar abater e chorei que nem uma menina no colo do meu pai (tenho 35 anos).
Pela primeira vez na vida tenho um gato. Está neste momento a dormir enroscada em cima das minhas pernas.
Sempre tive cães. Tenho uma a dormir encostada às minhas pernas.
Posto isto, adoro animais. Mas são animais e têm de ser tratados como tal mas com mimos também. Têm de ser ensinados e educados e temos de nos responsabilizar por eles.
Pelo que li, o Simba já tinha atacado umas galinhas deste senhor e, possivelmente, estava novamente a fazê-lo. Com isto quero dizer que era da responsabilidade dos donos mante-lo longe das galinhas do senhor. Não concordo com o que o senhor fez mas fartou-se e para ele era só um bicho. Podia ter levado só com um pau...mas não.
Se tiver um pomar e o meu vizinho me for à fruta não lhe dou tiros de caçadeira. Primeiro aviso. Caso não me ouça, alerto as autoridades. Tendo em conta que se trata de um cão com donos e que o tal senhor deveria saber quem são, só tinha de falar com eles. (não sei se o fez nem sei se isto é verdade. só sei que o homem assumiu o disparo mas para o ar). E caso não se resolvesse nada, alertava as autoridades.
EliminarPela minha saude e honra lhe digo, o meu cão nunca atacou outro ser vivo. O que o vizinho disse a dois canais ttelevisivos (sem querer dar a cara) foi a pura mentira....quis arranjar uma desculpa para fazer o gosto ao dedo. Houve um caso no passado de um Husky atropelado por maldade....serão genes de maldade? Nao sei. Muitas verdades mais relativamente a este caso virão à tona, a seu devido (e legal) tempo.
EliminarObrigado pelo esclarecimento.
EliminarBem... Nem sei por onde começar...
ResponderEliminarPrimeiro agradeço a sinceridade das palavras que li.
Eu sempre tive animais, sou acérrima defensora da causa animal e também sinto que as minhas cadelas são parte da minha família. Não creio que o facto de as ver como filhas me tolde o raciocínio, mas também não sou a pessoa mais indicada para me defender. Luto pelos animais como luto pela paz, pela justiça, como me preocupo com os sem abrigo ou com outras questões mais "humanas" se lhe quiserem chamar. A minha cabeça só não consegue perceber porque é que é tão difícil para alguns que se queira justiça "só" por ser um cão... Os humanos somos nós, os seres racionais somos nós (às vezes tenho dúvidas...) e a agressão foi feita a um ser indefeso. Posto isto, e creio que sem fundamentalismo, exige-se justiça por ele e por tantos outros. Sendo família para uns ou bom companheiro para outros o que interessa é que quem deu o tiro seja responsabilizado. O que interessa no fundo é que os "maluquinhos dos animais" estão é fartos de ver a culpa sempre do lado do cão, que não se defende sozinho (ou quando o faz é de uma maneira primitiva e dá direito a abate). Não me importo de ser uma maluquinha com 2 filhas de 4 patas, o que me importa é que isso aborreça tanta gente... Eu tento fazer o bem a quem acho que merece e precisa, uma causa não invalida a outra. Se calhar gosto de viver aflita com os problemas do mundo.
O teu brilhante comentário resume toda esta conversa de forma genial. Pouco posso acrescentar porque concordo com cada palavra.
EliminarPois eu depois de tudo o que li, mantenho a minha opinião, Gosto mais de animais do que de pessoas, aliás não gosto muito de pessoas no geral, somos a pior espécie neste planeta com a nossa arrogância.
ResponderEliminarPelos vistos quem assume algo assim só pode ser maluquinho. É pena!
EliminarQuanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais. Os meus pertencem á familia. Isto choca algumas pessoas? Não sei porquê. É um sentir e cafa um sente á sua maneira.
ResponderEliminarNem mais!!!
EliminarEu também concordo com a Jelly Pearl, se fizessem isso ao meu cão.... quem iria para a cadeia seria eu, porque dava cabo daquele homem. Não me venham com balelas das atenuantes, blá blá, não é um humano, blá blá, tiros de caçadeira? A um ser vivo? Ao meu cão que provavelmente me tem mais amor do que todos os meus amigos juntos????
ResponderEliminarTambém não deixava que tratassem o meu cão assim.
EliminarPara quem não acha que abater um animal de estimação com tiros de caçadeira é um mal menor, mas sim uma barbaridade e que não podemos olhar para o lado. Deixem de olhar para o lado. Não deixem passar as mentalidades menores sem consequências.
ResponderEliminarNem mais!
EliminarFelizmente não somos todos iguais, pois há quem prefira os animais aos humanos!! As pessoas são más, interesseiras, invejosas, calculistas, sempre com problemas, sempre a reclamar de tudo e mais alguma coisa. Este mundo está cheio de pessoas amargas, frustradas, monstros que matam sem piedade seres puros e indefesos e outros monstros ainda piores que os defendem. Já não se aguenta... Resta - nos a alegria e companheirismo dos patudinhos, os membros mais queridos das minha família <3 Esta sociedade está podre!!
ResponderEliminarNão percebo a dificuldade de perceber esta linha de raciocínio.
EliminarSe existe alguém que diz que "gosta" de um animal, mas que não o considera parte da família, desculpem, mas não devem gostar lá grande coisa. Devem ter um animal só porque manda a tradição: têm uma casa, têm um cão. E já agora com uma corrente ao pescoço.
ResponderEliminarIsso não é gostar.
Eu tenho 4 cães e 4 gatos, quase todos adoptados já adultos, e cada história que nem é bom pensar.
Se fazem parte da família? Também, mas eles são mais do que isso, fazem parte de MIM !
E sim, não há nada que pague a sensação de chegar a casa e vê-los a correr na minha direcção aos saltos como se não houvesse amanhã! Posso ter saído de casa durante uma hora, mas quando chego a casa, parece que já não me viam á semanas :)
Não há nada que pague, quando me deito no chão com eles e sou literalmente atacada por lambidelas ferozes ! Sinceramente, amo aqueles seres!
E eles não são só uns gatos ou uns cães, são parte da minha felicidade!
Lamento que existam pessoas que não consigam perceber o que explicas tão bem.
Eliminar"A construção de uma casa não se inicia pelo telhado, e sim pelas fundações!"
EliminarSe quem se insurge contra o "tempo de antena" deste tipo de noticias pretende terminar com a fome e miséria do mundo ou decretar a Paz mundial (como se tal fosse feito por decreto), gostaria que me explicassem como tal é possível sem resolver os problemas estruturais da nossa sociedade! Maus tratos a animais, minorias, bulling (...). É que sem ter uma boa base... o telhado cai!
Para terminar digo apenas que tenho 12 cães e uma gata... E cá em casa não somos 4... Somos 17!
Ora nem mais!!!!!!
Eliminar@Anónimo 13.02
EliminarAs pessoas que falam de causas menores podiam explicar o que é isso das causas menores porque na realidade todas são. Eu não tenho poder para mudar o outro lado do mundo. Mas se arrumar a minha casa e se ajudar o meu vizinho a arrumar a dele e se ambos dermos um jeito à nossa rua já estamos a mudar algo. Se toda a gente o fizer, a mudança chegará ao outro lado do mundo. O problema é que as pessoas não querem mudar. Querem é que os outros resolvam tudo.
Ontem comentei a agradecer, algo deve ter falhado. Mas obrigado pelo seu texto, muito. Aos que amam os seus companheiros de qualquer numero de patas....fazem muito bem. Aos que não: deviam. Aos que maltratam: cuidem-se porque as coisas vão mudar ja que nas vossas cabecinhas aparentememte não e impera o "que se lixe".....com F. O mal vence-se com o Bem. Abraço e obrigado. Diogo Castiço, co-dono/amigo/companheiro do Simba.
ResponderEliminarNão sei o que se passou e as minhas desculpas por isso.
EliminarPrefiro ser tratado por tu, ok? Quero agradecer o facto de te teres dado ao trabalho de vir aqui ler o que escrevi, os comentários e também de deixares a tua opinião. O mal será sempre vencido pelo bem. Tenho a certeza disso.
Infelizmente, o Simba é a vítima desta história. Hoje debate-se tudo isto porque ele já cá não está mas espero mesmo que tudo isto faça como que a morte do Simba não tenha sido em vão.
Muito obrigado. Abraço
Sabes o que mais me chocou? Saber que houve um ser humano capaz de matar um animal por pura maldade. Porque, segundo o relatório apresentado, o Simba foi morto de costas para a espingarda. Estamos a falar de uma pessoa que, sem quaisquer remorsos ou peso na consciência aponta uma arma e mata um ser vivo só porque sim.
ResponderEliminarE é este factor primordial que muitos parecem não compreender: como é que aquele homem é capaz de se olhar ao espelho todos os dias e sentir-se orgulhoso da decisão que tomou? Como é que aquele homem - capaz de apontar uma arma e matar - tem moral para educar um filho ou um neto ou ser o exemplo da família?
Quanto às outras pessoas não sei, mas eu teria muita vergonha de ser filha ou esposa de um homem assim. Porque se alguém é capaz de matar um cão indefeso só porque sim, então também é capaz de actos muito piores. E isso sim, é assustador.
Dizes tudo. E tocas nos pontos que muitos querem ignorar porque é apenas um cão. Que moral tem esse homem caso lhe batam num familiar apenas porque sim. Apenas porque sim. Por nada mais do que isso. Será que também se dá um tiro nessa pessoa?
EliminarRealmente é assustador.
Boa noite, e adorei o texto. Está divino.
ResponderEliminarNão! Não vou cometer o erro de tentar comparar os humanos aos animais. Não posso, não devo, e não quero! Não quero, porque não vou ofender os meus animais. Tenho 1 cão, 1 cadela, 4 gatas e 1 gato. Vieram todos da rua ou de abrigos. Não foram abandonados por animais, foram abandonados por homens...
Sou um defensor da causa animal, e como tal tenho visto situações que nem ao diabo lembra. Abandonos, apenas em Portugal, devem ser às centenas por dia... Animais que nunca estiveram sozinhos na rua, vêem-se de repente sem tudo o que conheciam, e não sabem sair daquela situação... Tinham mãos que lhes afagavam o pelo, tinham comida e água, tinham um tecto para se abrigarem, e uma manta onde se deitar, mas de repente, ficaram sem nada... Abandonados no campo ou num parque de estacionamento de um hipermercado qualquer... E agora? O que vão comer? O que vão beber? Toda a gente foge deles, como se de leprosos se tratasse... Tinham tudo, não fizeram mal a ninguém, e ficaram sem nada... Centenas por dia, assim...
Os humanos são a pior espécie que já pisou o planeta. São capazes de tudo por um único motivo: Dinheiro! E por esse motivo, são capazes de assassinar, de fazer guerras onde morrem outros homens, mulheres, crianças... Também são capazes de poluir o planeta inteiro, apenas para terem mais dinheiro. Poluem o ar, a terra, o mar, e não poluem mais porque não existem mais para poluir. Os homens também são capazes de furar animais sencientes, de uma forma repetida, numa prática mórbida à qual apelidam de arte... Batem palmas enquanto o animal é torturado, e ainda se congratulam quando conseguem mutilar o animal com sucesso... Também são capazes de roubar, são capazes de violar, de violentar crianças...
Por isso é que não comparo, nem tenho motivos para, os humanos com os animais... Tínhamos muito que evoluir para nos podermos comparar...
Os meus cães são da minha família, e não são por nascimento, porque essa família não se escolhe, são por escolha porque eu escolhi assim. E quem tentar fazer-lhes mal, é alguém que gosta de comida de hospital...
Os humanos não conseguiam sobreviver no planeta terra sem os animais, mesmo com toda a nossa inteligência... Já os animais viviam muito melhor, mas mesmo muito melhor sem nós. E agradeciam...
Olá Mário, tudo bem? Obrigado pelas simpáticas palavras.
EliminarAs coisas que dizes dão muito que pensar. Mas, para aqueles que olham para os animais como seres inferiores e nada mais, é capaz de ser um choque do tamanho do mundo.
Os meus parabéns pelas tuas palavras.