Sexo é tema tabu para muitas pessoas. A pornografia idem. Os sites pornográficos têm um número de visualizações gigantesco e a indústria dos filmes para adultos gera milhões mas aparentemente ninguém gosta de pornografia. Ou dito de outra maneira, ninguém assume gostar de pornografia. E ninguém vê pornografia. O número de pessoas que assume que vê é ainda reduzido e quase sempre catalogado de tarado sexual. No que tocas às mulheres, pior ainda. Até porque existe o mito de que as mulheres não gostam de pornografia. Que não passa disso mesmo, de um mito. E as que assumem ver são filhas do demo e umas badalhocas.
Uma verdade que ninguém pode negar é que, na sua generalidade, os filmes pornográficos são feitos para satisfazer o homem. São feitos a pensar no homem como consumidor final. Mas isto está a mudar. Ou já mudou! E o mérito é de Erika Lust, uma aluna de ciências políticas e sociais que passou a realizadora de filmes para adultos. “A mulher num filme porno é um objecto, satisfaz todas as fantasias masculinas e no fim sorri para a câmara com a maquilhagem desfeita e as mamas de plástico a cintilar. Eles são musculados, têm pilas maiores que o Burj Khalifa e são tão interessantes como um bloco de cimento. É preciso uma revolução”, defende a realizadora de 37 anos.
A crítica de Erika vai mais longe, considerando que os filmes pornográficos são chauvinistas e machistas. A realizadora defende ainda que os filmes não retratam a sexualidade real e que as actrizes escolhidas nem sempre correspondem às mulheres reais. Resumindo, a crítica central assenta na ideia que os filmes transmitem, ou seja, de que existe a subserviência da mulher que está ali apenas e só para servir sexualmente o homem. A realidade é assim?
Como tal, Erika Lust decidiu quebrar as regras da indústria pornográfica fazendo filmes que podem ser considerados de mulheres para mulheres. E enganem-se aqueles que pensam que isto significa filmes apenas com mulheres. São filmes que se destacam pelo bom gosto protagonizados por pessoas tão “reais” como qualquer uma que passe por aqui e leia este texto. Ignoram-se os clichés tradicionais dos filmes. Dá-se protagonismo ao erotismo e aos fetiches. Isto associado a histórias reais pois os filmes são feitos a partir de fantasiais reais do seu público.
Mãe de duas meninas, Erika Lust deseja que as suas filhas cresçam a lidar com a sexualidade sem a misoginia e chauvinismo presentes na generalidade da indústria pornográfica. Para quem estiver interessado, partilho o link para o seu site, onde são disponibilizados os seus filmes que são considerados como um lado bastante real da sexualidade. Erika Lust tinha a ambição de mudar a pornografia e parece que o conseguiu com diversas mulheres a assumirem que passaram a gostar de pornografia por sua causa. Por fim, enganem-se os homens que pensam que são filmes apenas para elas.
acho muito bem o que a Erica fez...
ResponderEliminarabraço
Também eu.
EliminarAbraço
Eu não gosto de pornografia, prefiro sim filmes com mais erotismo e menos pornográficos! Fiquei com curiosidade de espreitar o link =)
ResponderEliminarParece que está a fazer com que as mulheres gostem :)
EliminarMuito bom!
ResponderEliminarBem pensado. Encontrou a solução para um problema que sendo seu é de muitas outras pessoas.
EliminarInteressante!;) Concordo com muitas coisas escritas neste texto! ;)
ResponderEliminarBom fim de semana e boas leituras! :)
Obrigado!
EliminarBoa semana com boas leituras :)
Aqui no trabalho não posso seguir o link :) mas logo não me escapa!
ResponderEliminarDepois dou a minha opinião.
Fico à espera! :)
EliminarA industria pornográfica estar maioritariamente virada para o prazer masculino explica a grande quantidade de mulheres que, pornograficamente, procuram filmes lésbicos (não o sendo)!
ResponderEliminarPor isso é que a Erika decidiu fazer filmes.
EliminarForam várias as vezes que experimentei ver pornografia mas aquilo realmente não era para mim. Digo isto porque, tal como referiste, não é "real", e as mulheres são olhadas como objecto. Para além de que todos os filmes que vi eram demasiado carnais para o meu gosto. A pornografia é para ser carnal? Sim, se calhar é mas, depois com todos os outros aspectos desisti de procurar filmes ou até vídeos bons.
ResponderEliminarNo entanto, fiquei curiosa com este post e gostava que partilhasses o link comigo :) *
Não se nota muito bem mas o link está no texto. Aqui vai erikalust.com.
EliminarEla mudou aquilo que questionas :)
beijos
Realmente não reparei ali no link. Desculpa pelo lapso mas obrigada pela link :)*
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarE parece que está a ter muito sucesso :)
EliminarOntem vi o um bocadinho do Cabaret Desire e é pareceu-me realmente muito bom e diferente. É acima de tudo um filme, com uma história, algo que poucos filmes pornográficos que apanhei eram.
EliminarAcho que está a agradar a muitas mulheres. Ainda bem.
Eliminar"Dá-se protagonismo ao erotismo e aos fetiches. Isto associado a histórias reais pois os filmes são feitos a partir de fantasiais reais do seu público".
ResponderEliminarEspreitei o link e acho que sim, temos filmes erótico/pornográficos com estilo.
É algo mais real. E isso faz toda a diferença.
EliminarSem dúvida que a senhora tem uma visão diferente, e acho muito bem, para não ser mais do mesmo.
ResponderEliminarE está a ter sucesso. É porque estava certa.
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