Vivemos numa época em que vizinhos passaram a ser pessoas estranhas que vivem no nosso prédio, condomínio ou rua. Longe vão os tempos em que se conheciam todas as pessoas que moravam perto de nós. Quando era pequeno, na praceta onde os meus pais ainda habitam era assim.
Actualmente, moro num condomínio onde as pessoas simpáticas são uma minoria e onde imperam os sisudos que não têm tempo para um bom dia, boa tarde ou boa noite. Refiro-me a eles como sisudos para ser educado.
Felizmente, a cerca de 200 metros da minha casa mora e trabalha "o homem do talho." Trato o senhor desta forma porque não sei o seu nome e porque é dono de um estabelecimento que vende carne.
Em quase quatro anos, fui ao talho deste amável senhor apenas duas vezes. Não vou mais vezes porque não tenho o hábito de comprar carne com frequência e quando o faço é noutro local onde compro mais coisas e num horário diferente do seu. Mesmo assim, o homem do talho mete-se comigo todos os dias. Tem sempre um sorriso guardado para cada vez que nos cruzamos e um aceno de mão nas alturas em que passo de carro. Quando vou correr, ouço sempre "lá vai mais uma corridinha" ou "hoje já está" quando regresso.
Não tenho qualquer ligação com o homem do talho mas sinto que é uma espécie de avô! E a cada sorriso, a cada aceno e a cada palavra simpática, esqueço por completo os sisudos que vivem no mesmo sítio que eu.
Enviado do meu BlackBerry® da tmn
Olha, acredita que às vezes é uma sorte não conhecer os vizinhos.
ResponderEliminarPelo menos não te estão sempre a pedir coisas e dinheiro. (não são todos assim, mas numa semana foram 3... e começa a fartar!).
Também quando estou na casa de Lis, os vizinhos não têm por hábito responder aos cumprimentos...ok que não passo lá muito tempo, mas um bom dia não custa dinheiro.
Isso que dizes pode ser um problema mas que até é fácil de resolver. Tenho saudades de viver no meio de pessoas maioritariamente educadas.
Eliminarahahaha jingas a velha?! lol
ResponderEliminarhsb que bom
DESBOCADO!
A velha que não é tão velha assim. É apenas inútil!
EliminarJingas a velha?!?
EliminarA vizinha do lado...
EliminarDia sim, dia sim senhor vai-me bater à porta a pedir tomates. A pedir bananas. A pedir dinheiro. A pedir para usar o telemovel porque não tem saldo...
E eu estou no meu limite.
Ontem, quando perguntei se ela não tinha nenhum familiar que a ajudasse, respondeu que não.
Ninguém a ajudava porque ia receber uma herança.
Na minha ingeniudade quis saber o que faltava para a receber.
- Ah, falta a minha avó morrer...
Não consigo parar de rir!
EliminarCá na Feira ainda se conhecem e cumprimentam os vizinhos.
ResponderEliminarQuanto a homens do talho, matadouros e afins, não gosto, não confio.
Tenho a noção que é entendido como preconceito mas quem tão fácilmente mata ou lida com animais mortos não me inspira confiança, por mais afavel sorriso que tenha nos labios.
Brenda
Se te cruzasses com este senhor mudavas de opinião
EliminarEu ando a desenvolver uma relação de ódio com alguns (felizmente poucos) vizinhos... e começo a sentir-me perigosa!
ResponderEliminarEu também, em especial com duas pessoas que são do pior com quem já tive de lidar!
EliminarTenho ideia de que as pessoas mais simples são as mais simpáticas!
ResponderEliminarNormalmente é assim
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarFelizmente ainda existem pessoas simpáticas! :)
ResponderEliminarFelizmente, dizes bem :)
EliminarMe, G., não ter problemas com vizinhos, expecto uns "animais humanos" que se instalaram à frente da casa há anos (que ainda são família) decidirem por uma oficina e uma estufa de pintura para automóveis. Mas unimo-nos, cartas e mais cartas, comunicação social à grande e eles bateram as botas para outro lado. São uns tristes! Andam sempre às gargalhadas, mas são uns pelintras que vivem de aparências. Para mim não existem e aquela casa é invisivel.
ResponderEliminarMas mudando de assunto, adorava não ser reconhecida e não ter que falar!!! Por exemplo, na quinta-feira houve a procissão da Rainha Santa Isabel, e eu, no final de uma ida a Lisboa, curso de Inglês, lá fui eu com uma amiga ver uma parte da procissão. Sei que muitas pessoas já estavam a vir para casa, a pé (ruas fechadas até à Quinta das Lágrimas) e nos a irmos para ver o fim... Nunca pensei que fosse tão vista naquela noite e tão chamada! Até pensei que era mais famosa que a Rainha Santa. Ehehe. (que me perdoe a nossa Rainha de Portugal que tanto gosto). Eram pessoas a puxarem-me, a chamarem e mensagens.. Ehehhe... Depois ainda vem uma tia, tu não me viste... Sou importante! :P
Havias de ter uma ex-emigrante como vizinha que ias ver como era. Até saltavas quando ela chamava, com voz esganiçada e com sotaque "française". Não para falar da outra vizinha que fujo a sete pés, que é uma "cusca" de todo o tamanho!! Mas, até gosto de me "meter" com a minha vizinha "française". Tento conter-me, mas rio tanto com tanta calinada no português. :)
Mas são pessoas simples, excepto aqueles matreiros que vivem aqui em frente.
Prefiro lidar com isso que revelas do que com má educação, falta de respito, falta de civismo e por aí em diante!
ResponderEliminarMas quando vivi em Lisboa até tinha uma velhota vizinha simpática. Um dia, sem me perceber sacudi a toalha de mesa com o telemóvel para o quintal dela. A senhora que mal conseguia andar veio devagar abrir-me a porta. Infelizmente era mais uma idosa que vivia sozinha e a filha com certa idade, chegava pelas 7h da manhã e eram berros, atrás de berros. Ela sentia-se tão só que começou a falar comigo a desabafar, sem me conhecer de qq lado. Sempre tive pena daquela senhora... Mas também quando ia à Calçada o senhor dos frengos do Marquês já me conhecia, assim como o da merceria. Era engraçado. Passado algum tempo, vim para Coimbra, mas voltei lá pq o meu ex-namorado foi viver para aquela zona. E o senhor do "bigode" continuou a cumprimentar-me e mencionou que não me via há muito tempo...
EliminarSinceramente não gosto muito de ser o centro das atenções, mas estes pequenos gestos fazem-nos bem. Pelo menos para mim, que fui naquela altura para Lx e arranjei " amigos" desconhecidos. E, não deixo de mencionar a minha ex-senhoria que sempre esteve muito preocupada comigo, mesmo quando ganhei uma gastroentrite e ela fez de tudo (mesmo depois de ter estado no hospital a soro) para ir ao médico dela. Tenho saudades da D. Mariana! Muito boas recordações que tenho daquele tempo que vivi sozinha com mais duas colegas. :)
Assim deveriam ser os vizinhos
EliminarTenho sorte, no prédio onde vivo conhecemo-nos todos, já vivemos aqui há alguns anos e mantemos os mesmos vizinhos, mas na minha rua mantenho uma "amizade" com o sr da tabacaria, a sra da florista, e os donos da mercearia. Quando saio de casa, ando durante 5 minutos a distribuir bons dias, e a dizer baboseiras aos vizinhos logo (sou assim mesmo)... mas sabe bem receber um sorriso logo pela manhã.
ResponderEliminarTenho saudades disso :)
EliminarJá não sei o que é isso, as cidades grandes têm esse mal :(
ResponderEliminarNão diria as cidades mas as pessoas. Quando era pequeno vivia relativamente perto de onde moro agora e as pessoas eram quase todas simpáticas
EliminarEu vivo no centro da cidade, num bairro popular....mas tudo tem o seu encanto..
ResponderEliminarToda a gente se conhece, todos se metem connosco principalmente com o MINI que viram desde projecto na minha barriga....o pior é conseguir o meio termo....e como falava ontem que eles consigam destinguir entre a simpatia e a intrusao da vida particular alheia ;)
Mas mesmo com essas "pequenas" coisas, continuo a preferir essa realidade :)
EliminarSim, sem duvida. Eu cresci num bairro popular aqui perto de onde vivo agora, onde todos se conhecem....
EliminarViver aqui é um pouco como quando vivi lá.....já estive fora de lisboa e agora sei q ESTA È A MINHA CASA :)
Quanto ao resto...é deixa-las falar..e dar pouca conversa :)))
Nem mais :)
EliminarPara mais homens do talho : " A Mulher do Homem do Talho" e é claro "Delicatessen"!
ResponderEliminarBoa semana :)
:)
EliminarBoa semana!
Isto de morar em cidades e em locais dormitórios onde não há senão um café como loja é como dizes. Tenho saudades do bairro onde vivem os meus pais, onde serei eternamente "menina" onde se sai a porta da rua e se encontram vizinhos e conhecidos,onde alguém pergunta como vais. Será o preço da não intrusão na vida alheia? Não creio.Deve haver o meio termo que me agradaria mais!!
ResponderEliminar