Tinha tudo para ser apenas mais uma entrevista de Jason Momoa. Neste caso ao afamado The New York Times. Só que uma pergunta, considerada nojenta pelo actor, acabou por estragar tudo. Durante a conversa, o norte-americano, de 42 anos, é questionado sobre as cenas sexualmente violentas que protagonizou quando deu vida a Khal Drogo, em A Guerra dos Tronos. Como é o caso da violação a Daenerys Targaryen, protagonizada por Emilia Clarke, na noite de núpcias de ambos.
“Encara hoje de forma diferente essas cenas? Faria uma agora? Tem algum arrependimento? Esse tipo de cenas pode ser vistas como pertencendo a um momento cultural mais antigo?”, questionou o jornalista David Marchese. Algo a que o actor respondeu normalmente. “Bem, era importante retratar Drogo e o seu estilo. Está-se a interpretar alguém como Genghis Khan. Foi uma coisa muito, muito, muito difícil de fazer. Mas o meu trabalho era interpretar algo assim, e não é uma coisa boa, e é o que era aquela personagem. Nunca me perguntaram: ‘Arrepende-se de interpretar uma personagem?’. Vamos colocar desta forma: ‘Já o fiz. Não o vou fazer outra vez’”, respondeu.
“Era importante retratar o Drogo e o seu estilo”
Só que tudo foi diferente a partir desta resposta. Jason Momoa ficou à defensiva e as respostas dadas passaram a ser muito curtas. Como se seria “capaz de articular” a sua visão para a saga Aquaman. Algo a que respondeu com um simples, monossilábico e seco “não”. Quando a entrevista estava prestes a chegar ao fim, o actor fez questão de explicar o porquê de ter mudado de postura na entrevista.
“Queria falar de uma coisa que me deixou uma sensação desconfortável no estômago. Fiquei chateado quando me perguntou aquilo. Apenas parece nojento, colocando sobre mim [a responsabilidade] de remover alguma coisa. Como se um actor tivesse sequer a escolha de fazer isso. Não temos realmente permissão para fazer o que quer que seja”, começa por dizer. “Existem produtores, existem argumentistas, existem realizadores, e não se pode entrar e dizer ‘não vou fazer isso porque agora é kosher e não está correcto neste clima político’. Isso nunca acontece. Portante, é uma pergunta que parece nojenta. Só queria que soubesse isso”, terminou.
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