Gerard Piqué não tem papas na língua. Prova disso são as mais recentes declarações do defesa-central e capitão do Barcelona ao programa de televisão La Sotana. Um dos temas abordados foi a relação com Pep Guardiola, antigo treinador dos catalães. Com a namorada, a cantora Shakira, a não ser esquecida. “Do ponto de vista pessoal, a minha relação com o Guardiola piorou quando conheci e comecei a namorar com a Shakira”, começa por dizer.
“Agora temos uma boa relação, mas a verdade é que no verão de 2012 pensei abandonar o Barcelona”, revela. Além de Shakira, também José Mourinho, então treinador do Real Madrid, fez parte do problema. “Houve uma altura em que chegámos a um ponto de tensão e ruptura com ele [Guardiola]. A luta constante contra o Real Madrid de Mourinho foi desgastante e o Pep queria controlo absoluto sobre tudo”, conta.
“A luta constante contra o Real Madrid de Mourinho foi desgastante”
Com 34 anos, Piqué confessa ainda que muitos duvidavam que chegasse a este ponto da carreira. Algo que foi comentado em 2008/09, altura em que saiu do Manchester United para regressar ao Barcelona. “Quando cheguei ao Barcelona saía mais do que o Sol e todos diziam que não ia chegar aos 34 anos como futebolista. Também é verdade que isso foi a chave para a minha estabilidade emocional”, refere. E será que esta é a sua última época? “Retirar-me do futebol? Vou vendo temporada a temporada. Sempre penso que é a última e depois vou logo para outra. O dia em que não puder dar Mais à equipa, ir-me-ei embora. Sempre soube gerir o meu corpo”, diz.
“Renunciei a uma parte do meu salário fixo e também do variável”
Houve ainda tempo para falar sobre a polémica saída de Lionel Messi do Barcelona. “Laporta chamou-nos a todos para informar-nos. O clube estava na expetativa para ver o que se ia suceder com Messi porque o acordo já estava tratado. Os capitães baixaram o salário para que as novas contratações pudessem ser inscritas na Liga. Renunciei a uma parte do meu salário fixo e também do variável”, explica. Por fim, o jogador foi desafiado a dizer se Josep María Bartomeu foi o pior presidente da história do Barcelona. “Não estou capacitado para dizer se foi o pior. Todos temos culpa, mas é certo que o clube não foi no caminho que todos os culé queriam. Estou convencido que os próximos cinco ou dez anos serão muito bons para o Barcelona”, termina.
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