Lá em casa o primeiro dia de Dezembro é sinónimo de montar a árvore de Natal. E assim foi! Além disso, o tempo convidou a que me entregasse ao sofá. E à Netflix, mais especificamente à série Narcos. Ontem foi dia de colocar os episódios em dia, ou seja, acabar de ver a segunda temporada. Que teve o final que esperava.
Narcos é somente uma das melhores séries dos últimos tempos. O que não é fácil para um projecto que mistura realidade com ficção e que tem ares de documentário. O que é certo é que dei por mim preso à série. E à vida de Pablo Escobar. Se disser que a segunda temporada acaba no dia da morte do traficante de droga não estarei a dar novidade a ninguém porque todos sabem como acaba a história de Pablo Escobar.
O que foi uma novidade para mim é que tive pena do final de vida deste homem. Mesmo dando o desconto de que a série tem pessoas que não existiram, outras que são inspiradas em pessoas reais e momentos que são pura ficção e outros ligeiramente adulterados. Dei por mim a não desejar a morte do traficante para que a série tivesse mais de si. Mas tendo em conta que conheço a foto da sua morte, bastou ver a roupa dos personagens para saber que era o dia em tudo teria um fim.
Senti pena de Pablo Escobar. Senti empatia pelo traficante. Mas não deveria. E na “realidade” não sinto. Porque este homem matou muitas pessoas. Roubou a vida a muitos inocentes. É certo que também fez coisas muito boas e ajudou muitas pessoas. Mas isto acaba por não se destacar quando comparado com as vidas que destruiu sem hesitar. Sem se preocupar com essas baixas.
Mas Narcos consegue dar um lado humano e uma figura como Pablo Escobar. E o mérito é da equipa que produziu esta série. Sendo que o grande destaque vai para Wagner Moura, actor brasileiro que dá vida ao temível traficante. A série e o actor fazem com que muitas pessoas olhem para Pablo Escobar com outros olhos. Por momentos, especialmente na primeira temporada, quase que se cria a ideia de que ser narcotraficante é algo cool.
Por isto tudo, e muito mais, Narcos é uma série que recomendo a todas as pessoas. É daquelas, como gosto, que viciam. Que nos fazem querer ver mais um episódio. E mais um. E mais outro. E este é o melhor elogio que se pode fazer a uma série, seja ela qual for. E quase que aposto que não serei o único a ter momentos de pena e empatia por uma pessoa que na realidade não merece nada disso.
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